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Em fase de lançamento, com palestras em instituições de ensino, o livro “O Palhaço e o Psicanalista” promove um diálogo entre Cláudio Thebas e Christian Dunker. O que une ambos é a necessidade de escuta empática que lhes é exigida pelas atribuições do dia a dia.

“A obra nasce do encontro entre mim, o Thebas e a Ana Cristina, em função do que está acontecendo em relação às escolas e aos pais. Há uma nova relação em que eles e também outros públicos da comunidade escolar precisam ser escutados”, explica o professor titular do departamento de psicologia clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Dunker.

Troca de experiências entre Christian Dunker e Cláudio Thebas resultou no livro “O Palhaço e o Psicanalista” (crédito: Camila Oliveira)

 

A publicação traz uma análise sobre o processo de “desescutação” que a sociedade moderna promove e a proposta de que se aprimore a escuta para algo lúdico e empático, como possibilidade de melhorar ambientes, inclusive ligados à educação.

“Quanto mais toda a comunidade se reúne em torno de suas inquietações, mais se fortalece. Quanto menos certezas tiver, mais buscas acontecerão e a sala de aula tem de ser ambiente de dúvidas e perguntas. As certezas soterram o espaço para que a escuta aconteça”, esclarece o palhaço, escritor e educador Cláudio Thebas.

Os autores defendem que é cada vez mais difícil escutar a si mesmo e aos outros, mas buscam reflexões sobre a arte de se praticar a empatia mesmo em uma sociedade cada vez mais individualista e competitiva.

Ana Cristina Dunker fala durante encontro com pais na Escola Carandá Vivavida (crédito: divulgação)

 

Além de Dunker e Thebas, o Instituto Claro ouve também, neste podcast, a diretora da escola Carandá Vivavida e coordenadora do centro de estudos Madalena Freire, Ana Cristina Dunker. Para ela, o projeto político pedagógico (PPP) das instituições de ensino deve ser feito por várias vozes.

“A gente tem de olhar pras pessoas todas e não reconhecer apenas a função que ela exerce (professor, porteiro, aluno etc.). Antes de mais nada, a gente se relaciona com pessoas e essas relações têm de ser mais horizontalizadas. Ninguém faz nada sozinho. Temos de reconhecer a importância de cada um”, defende ela.

Créditos:
As músicas utilizadas na edição do áudio, por ordem de entrada, são: “Fala” (João Ricardo / Luli), com Secos e Molhados; “Lenha” (Zeca Baleiro), com Rita Benneditto; e “Mulher de Coronel” (Gilberto Gil), com Gilberto Gil e Margareth Menezes. A música de fundo é composta e executada por Reynaldo Bessa.

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