A biografia Sinfonia Minas Gerais: a vida e a literatura de João Guimarães Rosa (2007), de Alaor Barbosa, revela que o autor de Grande sertão: veredas, já em 1961, tinha em mente um romance de ficção científica sobre a falta de água. No enredo imaginado por Guimarães Rosa “a água começou a secar progressivamente no planeta. Foi secando até que só numa determinada cidade existia água (…) Os problemas da concentração humana em um só lugar. Só lá havia água, e diminuindo.”

Passadas cinco décadas, a crise de água afeta várias regiões do Brasil. A situação fica ainda mais visivelmente alarmante diante de recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o qual o dano causado pelo aquecimento global pode ser irreversível. 

 

Para debater a importância de olha para essa questão, o NET Educação conversou com o ecoeducador da Fundação SOS Mata Atlântica, Cesar Pegoraro. Ele aponta que, mesmo sabendo que a quantidade de água estava diminuindo em função da poluição e da falta de um planejamento adequado, pouco foi feito para mudar esse quadro. 

O biólogo fala sobre a crescente contaminação da água, tanto nas grandes cidades como no meio rural, por causa do uso de agrotóxicos e do desmatamento. Também, Pegoraro explica como as cisternas podem ser úteis. Nas cidades, a água da chuva pode ser armazenada e aproveitada para lavar carros, calçadas e ainda para descarga, o que auxilia o uso racional da água. 

 

– Acesse o Dossiê – Águas, em Experiências Educativas  

– Em 2012, Cesar Pegoraro apresentou outras dicas sobre o uso racional da água 

– Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU alerta que os danos causados por estas mudanças poderão ser irreversíveis

– Movimento incentiva e dá dicas para utilização de cisterna em São Paulo

– Conheça o Projeto Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica

 

Créditos: a música sobre o tema, utilizada na edição do material, é “Água Doce”, de Ivan Lins e Vitor Martins.