Há mais de uma década, Adriana Klisys fundou a “Caleidoscópio – Brincadeira e Arte”, instituição que tem entre seus pilares o trabalho com adultos que não querem esquecer o lado inventivo da infância. Psicóloga e autora de uma série de artigos e livros sobre a importância do lúdico para uma formação integral, ela conversou com o NET Educação.

 

 

Para Adriana, a brincadeira é um antídoto contra um tipo de vida que muitos levam, focado somente em trabalho e tarefas. Segundo ela, o brincar propõe outra lógica, que é fundamental: o espaço da brincadeira é o espaço da relação. No mundo da brincadeira, o outro é um parceiro de jogo, independente do papel que exerce fora deste contexto.

 

Adriana aponta que brincar é algo tão importante e envolve tantos conhecimentos que deveria ser permanente na vida das pessoas. Ali estão presentes o conhecido (aquilo que sei e trago comigo) e o desconhecido (o sonho, a imaginação e a indagação). Ela convida os educadores, sobretudo os que ensinam as crianças mais velhas, a reinventar a educação de maneira que a brincadeira não esteja presente somente nas séries iniciais, com as crianças pequenas, mas possa acompanhar os estudantes ao longo da vida. 

 

Com 14 anos de vivências centradas no brincar, a Caleidoscópio inaugurou há pouco seu espaço na capital paranaense. Ali ocorrem cursos, palestras e jogos, destinados ao público adulto, que buscam a reaproximação com a criatividade e a brincadeira no cotidiano. As vivências lúdicas propiciam um espaço para a experimentação em torno de temas da arte e da cultura. Dentre as atividades do espaço, estão as Terças Lúdicas que pretendem mobilizar os sentimentos.

 

– No site da Caleidoscópio, você tem acesso às publicações de Adriana Klisys.  Algumas, estão em versão gratuita para download, em PDF.

 

– Conheça mais da Banda Mirim, por meio de músicas e peças de teatro publicados no canal do grupo no YouTube

 

Créditos: as músicas utilizadas na matéria são da Banda Mirim. Por ordem de entrada: “Aurora”, “Tcha Tcha Tcha” e “Felizardo”, de autoria de Tata Fernandes.