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 “Hoje, enquanto eu estou falando com você, tem homens, mulheres e crianças, 
muitas crianças no Brasil, vivendo nessas condições.” 
 (Klester Cavalcanti)
 
 
Arte da capa da biografia, criada por Graziella Iaccoca
 
 
"A Dama da Liberdade" é o quinto livro do escritor recifense Klester Cavalcanti. Jornalista desde 1994 e com passagens por veículos como Veja, IstoÉ e Estadão, Klester já conquistou – entre outros prêmios – três Jabutis, a mais importante premiação literária do Brasil. 
 
No recém-lançado "A Dama da Liberdade", o autor traz a história da auditora fiscal do trabalho Marinalva Dantas. Desde 1995, ela se dedica à causa da libertação de pessoas, adultos e crianças, em situação de escravidão no Brasil. Marinalva, durante dez anos, chefiou o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, criado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso que, na década de 1960, já havia tratado o tema em sua obra "Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional".
 
No áudio, Klester relata em que condições vivem os trabalhadores escravos rurais, que moram em barracos no meio do mato, recebem alimentação precária, são obrigados a beber água suja e não têm nenhum direito trabalhista. Por outro lado, conta a história de José Divino que, após dez meses trabalhando em situação degradante, foi resgatado e reconstruiu a sua vida. Ouvimos também Marinalva Dantas, que fala sobre alguns avanços alcançados no combate ao trabalho escravo, como a criação do Projeto Ação Integrada (PAI) no Mato Grosso.
 
 Divino Salvador, um dos personagens do livro, foi resgatado na situação de
escravidão (Crédito: Janaina Pessoa)
 
Klester  afirma que não pensava em ser um escritor. “Nunca foi um projeto meu, mas de 1998 a 2000 eu trabalhei como correspondente da Revista Veja na Amazônia. Então, eu fazia matérias em toda a região amazônica. Nessas viagens é muito comum a gente passar por histórias curiosas, aventuras engraçadas ou perigosas, histórias que não faziam parte da matéria e sim do processo da reportagem. Muitos amigos meus diziam que podiam render um livro legal, interessante, divertido. Daí eu resolvi escrever o meu primeiro livro ‘Direto da Selva’”, conta.
Depois, vieram “Viúvas da Terra” (sobre conflitos agrários), “O Nome da Morte” (biografia de um assassino de aluguel que matou centenas de pessoas no Brasil) e “Dias de Inferno na Síria” (em que conta o período em que esteve preso, foi ameaçado de morte e torturado, mesmo estando legalmente na cidade de Homs para fazer uma reportagem sobre a guerra). 
 
LINK:
– Assista à matéria do Fantástico com Marinalva Dantas e Klester Cavalcanti
 
 
Créditos: as músicas utilizadas no podcast, por ordem de entrada, são “Bandeira do Divino” (Ivan Lins/Vitor Martins), com Ivan Lins, e “Asa Branca” (Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga), com Luiz Gonzaga.
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