Estudantes e pesquisadores brasileiros estão na mira do Canadá. No dia 25 de abril uma missão com mais de 30 reitores de universidades canadenses desembarca no País para conhecer instituições brasileiras e firmar acordos, alguns deles no âmbito do programa Ciência Sem Fronteiras. A comitiva passará por Rio, São Paulo, Campinas e Brasília e vai se encontrar com reitores de algumas das maiores universidades do Brasil, representantes do governo e da iniciativa privada.

“É a maior missão deste tipo que o Canadá já realizou”, afirma o presidente da Associação das Universidades e Colleges do Canadá (AUCC), Paul Davidson. Ele conta que a comitiva está interessada em reforçar laços de pesquisa e inovação, além de aumentar o intercâmbio de alunos e pesquisadores entre as universidades dos dois países. “Reconhecemos que há uma competição global pelos maiores talentos e gostaríamos de ter alguns dos melhores estudantes e pesquisadores brasileiros trabalhando colaborativamente conosco.”

Há áreas de pesquisa que interessam especialmente aos reitores canadenses. São elas biotecnologia, nanotecnologia, engenharia, tecnologias de comunicação, energia limpa e ciências da saúde. Segundo o presidente da AUCC, a lista atende às necessidades determinadas pela Comissão Mista de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, criada por Brasil e Canadá em 2010.

Apesar da ligação de algumas parcerias com o Ciência sem Fronteiras, Davidson afirma que o trabalho de aproximação entre os dois países existe há mais tempo, antes de o governo federal criar o programa. “Nossas intenções se fortaleceram depois que o governo anunciou o Ciência sem Fronteiras, afinal é uma ótima oportunidade para chamar a atenção dos estudantes brasileiros para o Canadá.” Pesquisa feita no ano passado pela Belta, associação que reúne empresas das áreas de cursos, estágios e intercâmbios no exterior, mostra que o Canadá é o destino mais procurado dos brasileiros para viagens de estudo.

Interesse no Brasil. Davidson diz que é impossível ignorar a sexta economia do mundo, ainda mais quando ela é uma forte parceira comercial. “É interessante observarmos que os investimentos canadenses no Brasil são maiores que os nossos investimentos na Índia e China juntos.” Apesar disso, o intercâmbio acadêmico com os outros países dos Brics está mais adiantado. Há dois anos, uma missão parecida com a que vem ao Brasil esteve em Nova Délhi; a parceria das universidades canadenses e chineses existe há 40 anos.

Programação. A comitiva de reitores canadenses inciará a viagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no dia 25 de abril. No dia 27, visitam a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) em São Paulo. No dia 28 será realizada a maior cerimônia de assinatura de parcerias, com a presença do governador geral do Canadá, David Johnston, na Unicamp, em Campinas. Dia 30, eles retornam ao Rio para conhecer a Universidade Federal Fluminense (UFF), e encerram a jornada na Universidade de Brasília (UNB), no dia 2.

 

 

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