Nascido em Salvador, na Bahia, Jorge Tinoco Correia Neto, 13 anos, ganhou do pai o primeiro equipamento eletrônico aos 6 anos, um computador Pentium 1. Desde então, passou a se interessar por jogos em CD vendidos em bancas de jornal, até ganhar o primeiro vídeo-game e passar de usuário a pesquisador de programação, com um único detalhe: tudo sozinho. “A internet me abriu portas, foi por meio dela que passei a ter acesso às informações e a ter mais conhecimento” comenta Jorge.
Durante sua participação na Campus Party Brasil 2014, o estudante contou que fez o primeiro teste de QI (quociente de inteligência) online, em uma ferramenta que ele achou na internet. O teste dizia que se ele completasse todas as etapas, ele seria considerado mais inteligente que 98% das pessoas. “Consegui completar, mas não acreditei no resultado, achei que era algo normal” explica Jorge.
Jorge Tinoco Correia Neto, durante a Campus Party, em São Paulo
Na escola, aos 9 anos, ele passou a se interessar por robótica e a se focar mais em programação. “Foi então que resolvi fazer o teste de QI de verdade, com psicólogo e o resultado foi que eu tinha um QI de 153”, conta Neto.
Para o estudante, o maior problema das pessoas com altas habilidades é a falta de incentivo do governo. “Não temos um apoio especial, não podemos pular série e não temos escolas com estrutura para atender pessoas como eu. Isso atrapalha no nosso desenvolvimento, acabo sempre buscando conhecimento fora”, lamenta Jorge. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 3% da população brasileira sejam superdotados.
Sobre se relacionar com as pessoas intituladas normais para sua idade Jorge ressalta, “sou muito nerd, mas não sou daqueles nerds fechadões. Costumo dizer que tenho o melhor dos dois mundos, gosto muito de estudar e sou bastante extrovertido, com isso me relaciono sem diferença entre os amigos”, finalizou o estudante.
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