Em 2016, o governo brasileiro investiu 4,2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação básica. Contudo, quando é analisado o valor gasto por ano com cada aluno, o investimento é menos da metade da média realizada pelos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são do relatório “Education at a Glance 2019” (versão em inglês), da instituição.
Segundo a publicação, o governo brasileiro destinou cerca de US$ 3.800 por aluno do ensino fundamental, enquanto a média da OCDE foi de US$ 8.600. Já no ensino médio, estudantes brasileiros contaram com US$ 3.700, contra US$ 10.200 das nações que compõem a organização.
O pouco investimento por aluno no Brasil também reflete nos baixos salários dos professores. Os valores médios no Brasil variam de US$ 22.500 para docentes da pré-escola a US$ 23.900 para os do ensino médio. As médias da OCDE são de US$ 36.200 a US$ 45.800. Os salários desses profissionais no Brasil também são inferiores aos de outros trabalhadores com educação superior no país. Os educadores do ensino médio, por exemplo, ganham 13% menos que a média dos trabalhadores com ensino superior no país. A média da OCDE é de 7% menos.
Salários mais altos são considerados uma prioridade para quase 93% dos professores do ensino médio no Brasil. Foi a maior participação entre todos os países participantes da Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem (Talis, tradução de Teaching and Learning International Survey), da OCDE, e bem acima da média da organização, de 64%.
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