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Marcelo Abud

Motivado pelo período de mais uma Copa do Mundo de Futebol Feminino, o Sesc-SP promove atividades e debates relacionados ao tema. O Instituto Claro foi até a unidade da Pompeia, zona oeste da cidade de São Paulo (SP), para ouvir mulheres que buscam recuperar terreno quando o assunto é o esporte. “Ninguém sabe mais do que a própria pessoa o que ela gosta de fazer. Não importa que digam que não pode fazer, uma hora você vai lá e joga”, defende a fundadora do projeto, sem fins lucrativos, Joga Miga, Nayara Perone.

A opinião dela é compartilhada pela historiadora e pesquisadora do Museu do Futebol, Aira Bonfim; por uma das fundadoras da “Liga feminina de futebol amador”, Maria Amorim; e pela assistente técnica da gerência de desenvolvimento físico-esportivo do Sesc-SP, Ana Paula Feitosa.

Debate sobre futebol feminino no Sesc Pompeia, em São Paulo. Da esquerda pra direita: Ana Paula Feitosa, Aira Bonfim, Maria Amorim e Nayara Perone (crédito: Marcelo Abud)

 

Todas estão neste podcast e falam sobre as dificuldades que tiveram para jogar futebol na infância e como fizeram para driblar as barreiras do preconceito. “Em virtude de uma iniciativa que conheci, tenho jogado só com mulheres”, exemplifica Feitosa.

Um dos projetos que segue no sentido de se colocar a igualdade em campo é o Joga Miga, no qual Nayara Perone é uma das voluntárias. “Somos em 12 voluntários. Só rateamos os custos da quadra e dos profissionais, como o técnico do time”, explica.

Responsável por coordenar as atividades esportivas junto às unidades do Sesc, Ana Paula Feitosa explica que é diferente quando as equipes são exclusivamente femininas. “Há aceitação e identificação e ao fazer esforço físico igual, a gente tem desempenhos melhores.”

“Dentro do nosso trabalho, a ideia é trazer as pessoas mais pra perto do que tornar o ambiente competitivo, no sentido tóxico da palavra. Imagina um cenário em que você nunca teve chance e chega pra aprender alguma coisa e é rechaçada”, conclui Nayara Perone.

Link:
Conheça o mapa do futebol feminino, do Joga Miga, que ajuda mulheres a encontrar locais para a prática do esporte em várias regiões do país.

Crédito:
A música utilizada na edição do áudio é “Jogadeira” (Cacau e Gabriela Kivitz), interpretada pela seleção brasileira de futebol feminino. A versão instrumental é tocada por Daiana Oliveira. A música de fundo é criada e tocada por Reynaldo Bessa.

Crédito da imagem principal: Carolxribeiro

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