Organizando a Sala de Aula (Sem Fileiras) Muito se fala em tornar a futura geração uma sociedade unida, coletiva, crítica e consciente de seus direitos e deveres, porém, na prática isso pouco acontece! As tradicionais fileiras criadas há muitas décadas atrás e instituídas ainda hoje de modo errôneo nas escolas públicas e particulares de todo o país, tiram o aspecto coletivo tão bem proposto na educação infantil, ou seja, pequenos grupos formados a fim de estabelecer um vínculo emocional, onde as atividades eram realizadas de modo coletivo e o professor circulava por toda a sala mediando às atividades de cada grupo. O sistema de fileiras é o que Paulo Freire chama de educação bancária, pois se preocupa apenas em depositar nos alunos inúmeras informações sem diálogos, debates ou discussões sobre as mesmas cujos objetivos eram apenas aprovar os melhores de cada sala e reprovar os demais.
Por ai vemos quantos talentos foram desperdiçados ao longo de décadas!As fileiras representam bem essa educação bancária, pois o aluno que senta nos fundos da classe tende a achar que seus colegas que se sentam à frente dele logo nas primeiras carteiras são mais inteligentes ou mais importantes do que ele. As fileiras também já foram alvos de preconceitos e discriminações tais como: Filas A e B sentavam-se somente os alunos com notas boas,considerados os mais inteligentes da classe enquanto que,nas fileiras C,D e E os alunos considerados regulares,fracos e piores da classe! Eliminar as fileiras significa criar novos espaços para a aprendizagem, valorizando a coletividade, a criticidade,maior participação nas aulas além do professor circular mais pela classe o que diminui quaisquer tentativas de indisciplina e aumentando assim o foco na aprendizagem dos conteúdos além é claro de melhorar a harmonia entre professores e alunos. Pode-se dizer que são inúmeras as vantagens em se colocar os alunos em duplas ou mesmo trios.
A primeira delas é a amenização da indisciplina, seguidas de maior concentração dos alunos e melhores resultados nas atividades curriculares. Na questão da indisciplina, por exemplo, o professor pode optar em colocar um aluno considerado “bagunceiro” e um que não o seja e de preferência, do sexo oposto e que faça todas as tarefas, pois isso fará com que diminuam as forças do aluno “bagunceiro” frente aos demais colegas principalmente com os demais “bagunceiros” uma vez que estarão separados por duplas ou trios e não se sentarão tão próximos uns dos outros.