Conteúdos

– Material dourado

Objetivos

– Explorar o material dourado
– Desenvolver o pensamento numérico
– Relacionar quantidade e número
– Entender ações de agrupamento e inclusão
– Ler e escrever números

Série/Ano:
1º ano do ensino fundamental
Vale destacar que apesar da sugestão de atividade ser para o 1º ano, esse conteúdo pode ser retomado durante o 2º ano do ensino fundamental, ou quando for necessário.

Previsão para aplicação:
2 aulas (50 minutos/aula)

1ª Etapa: Explorando o material dourado - nomeando e percebendo a equivalência

Professor(a), você precisará de um material dourado. Em um primeiro momento, a existência do material concreto é necessária; à medida que os(as) alunos(as) conseguirem entender a lógica de funcionamento do material, você pode apenas desenhá-lo.

Para a utilização do material dourado, lembre-se de primeiramente deixar os(as) alunos(as) o manusearem de forma livre e lúdica. Você pode dividir a sala em grupos de até quatro alunos(as) e deixá-los(as) explorarem o material. Dialogue com eles(as) e os(as) incentive a nomear as peças; na sequência, questione-os(as) quanto ao nome que deram e ressalte o fato de que os grupos, possivelmente, devem ter escolhido nomes diferentes para as peças. Aproveite a situação para mostrar para os(as) alunos(as) a necessidade de padronizarem o nome das peças e tente direcioná-los(as) para a nomeação descritiva: cubinho (ou cubo), barrinha (ou barra), plaquinha (ou placa) e cubão.

Em seguida, tente questionar os(as) alunos(as) para que façam relações entre as peças. Questione-os: “Quantos cubinhos precisam estar enfileirados para formar uma barra?” ou “Quantas barrinhas são necessárias para formar uma plaquinha?”. Faça as questões, deixe-os(as) explorarem e, na sequência, enfatize e anote na lousa de giz que:

– 1 cubinho equivale a 1 unidade;
– 10 cubinhos equivalem a 1 barrinha (ou uma dezena);
– 10 barrinhas equivalem a 1 plaquinha (uma centena);
– 10 plaquinhas equivalem a 1 cubo (uma unidade de milhar).

Exemplo de material dourado que representa unidade, dezena, centena e milhar.

Foto: Olívia Rall

 

2ª Etapa: Relações de agrupamento e inclusão

Nessa etapa, professor(a), você pode também propor questões para as crianças, de modo que elas passem a estabelecer relações de agrupamento e inclusão. Você pode questioná-las se “com sete cubinhos é possível formar uma barrinha”. Peça que expliquem a resposta que derem; a verbalização das hipóteses, das tentativas e erros é muito importante para que as crianças formem os raciocínios e para que repensem suas ideias. Continue perguntando e oriente os grupos a manusearem o material para responder: “E com treze cubinhos?”, pergunte, “É possível formar uma barrinha?”. Caso as crianças não percebam, você pode direcioná-las, mostrando que é possível formar uma barrinha, mas que sobram três cubinhos. Questione-as: “E se agruparmos as sobras com aqueles sete cubinhos, o que formamos?”.

Com questionamentos dessa natureza, adicionando ou retirando cubinhos, faça-as investigar o material e incentive-as a elaborar hipóteses e a refletir sobre as relações de agrupamento ou inclusão que se estabelecem entre as unidades, e entre as unidades e a dezena.

Progressivamente, inclua as barrinhas e as plaquinhas e questione: “Será que 12 barrinhas é igual a 120?”, “E como podemos formar 120 a partir dos materiais para não sobrar peça?”. Estimule-as para que percebam essas relações entre as peças e oriente-as que, nesse caso, seriam necessárias: 1 placa e duas barrinhas para formar 120; ou 12 barrinhas; ou 120 cubinhos, e que todas essas possibilidades equivalem a 120. Esses paralelismos e analogias são muito produtivos e aguçam as crianças na elaboração de hipóteses e de testes; incentive-as a se aventurarem na manipulação do material.

3ª Etapa: Representando numericamente os experimentos com o material dourado

Além da concretização sensorial que o material dourado permite, há também outras funcionalidades que ele assume, as quais podem ser utilizadas especialmente naquilo que se refere à representação numérica, ou seja, a quantidade e o algarismo que correspondem àquilo que se representa.

Nessa etapa, professor(a), você pode oferecer uma folha de papel sulfite para os grupos e pedir para registrarem seus achados a partir do manuseio do material dourado. Oriente-os para que organizem o registro do seguinte modo:

Material dourado Número/Quantidade Número por extenso

 
Informe que a coluna do “material dourado” pode ser preenchida a partir de desenhos que representem o material utilizado: cubinho, barrinha, plaquinha e cubão. O número deve conter a representação em algarismo da quantidade de materiais que estão querendo representar. O número por extenso se refere à escrita do nome do número. Incentive-os a explorar a maior quantidade de opções possíveis.

Materiais Relacionados

Professor(a), o material dourado foi idealizado pela médica e educadora Maria Montessori (1870-1952) para o ensino de aritmética. Partindo de uma perspectiva sensorial, o material dourado permite que a experiência concreta com os objetos se transforme, gradativamente, em abstrata e representativa.

1) Para obter mais informações a respeito do material dourado, confira um texto publicado no site da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

2) Acesse um link sobre Maria Montessori, no site Lar Montessori.

Arquivos anexados

  1. Plano de aula – Material dourado

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