Conteúdos

– Metrópoles
– Os problemas socioambientais decorrentes do processo de urbanização nas cidades brasileiras
– Os principais problemas ambientais urbanos
– Os principais problemas sociais urbanos
– Favelização: O crescimento desordenado dos grandes centros urbanos

Objetivos

– Conhecer o processo de formação das metrópoles
– Compreender quais são os problemas socioambientais decorrentes do processo de urbanização nas cidades brasileiras
– Entender o papel que a desigualdade social cumpre nos grandes centros urbanos
– Refletir sobre o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos e sua influência sobre o surgimento e difusão das favelas

1ª Etapa: Contextualização

Metrópoles: O que são?

Uma metrópole nada mais é que uma forma de classificação das cidades que possuem importante força política, econômica e social. É um tipo de cidade responsável por gerar forte influência na região onde está localizada. Uma metrópole também costuma estar conectada a uma região formada de dois ou mais municípios independentes, que juntos são denominados de área ou região metropolitana. Essas regiões metropolitanas são resultado do processo intenso de conurbação, ou seja, a junção física dos espaços urbanos de municípios adjacentes.

As metrópoles também são grandes polos comerciais e atraem muitos investimentos e recursos para a região onde estão inseridas, através da fixação de grandes empresas, conglomerados industriais, pontos de administração de multinacionais, etc.; de forma que transformam-se em uma área que representa um espaço abrangente de possibilidades e maior disponibilidade de emprego, fatores esses que tornam a metrópole atrativa para um grande contingente de pessoas.

As principais características de uma metrópole são sua estrutura, dimensões e capacidade populacional, além da influência exercida sobre elas nas mais diversas áreas e setores que move um país, como na administrativa, econômica, jurídica, política e cultural.

A título de exemplo, as maiores metrópoles mundiais são:

1º Lugar: Nova York, nos Estados Unidos. Possui cerca de vinte milhões de habitantes, é mundialmente conhecida como The Big Apple;

2º Lugar: Tóquio, no Japão. Possui cerca de doze milhões de habitantes e ainda é considerada a maior concentração urbana do planeta;

3º lugar: São Paulo, no Brasil. Possui mais de onze milhões de habitantes, em uma área de mais de mil e quinhentos km².

Classificando as metrópoles

As metrópoles também são classificadas de acordo com o nível de grandeza, complexidade geográfica e econômica que possuem, pois entre elas há uma infinidade de distinções para categorizá-las. A exemplo, podemos ressaltar que algumas metrópoles possuem uma gigante influência sobre até mesmo outras metrópoles, localizadas em outros países. Deste modo, para melhor compreensão, elas foram classificadas em três tipos, são eles: as metrópoles globais, as metrópoles nacionais e as metrópoles regionais.

Metrópoles globais

Devem ser definidas como as cidades que são referência não somente em torno de si, mas a uma área que vai além do território nacional. É importante ressaltar que são capazes de exercer grande influência econômica, geográfica e internacional, polarizando mercados internacionais até mesmo em outros continentes de forma intensa e simultaneamente. A exemplo temos:

– Londres, Inglaterra;
– Nova York, Estados Unidos da América;
– Paris, França;
– Tóquio, Japão;
– São Paulo, Brasil;
– Joanesburgo, África do Sul;
– Rio de Janeiro, Brasil;
– Cidade do México, México.

Metrópoles nacionais

Devem ser compreendidas como as cidades que exercem essa influência apenas dentro de seu próprio país, em que não se observa influência delas sobre as atividades econômicas realizadas pelos outros países. Vale destacar que essas metrópoles se interligam indiretamente à cadeia econômica internacional através das metrópoles que compõe o território nacional ao qual estão inseridas. No caso brasileiro, os principais exemplos são:

– Brasília;
– Porto Alegre;
– Recife;
– Curitiba;
– Salvador;
– Belo Horizonte.

Metrópoles regionais

As metrópoles regionais são caracterizadas por possuírem uma abrangência mais restrita, atingindo uma área geográfica limitada, com uma região de entorno pouco abrangente, entretanto, esses fatores não limitam que essas cidades apresentem altos índices de crescimento populacional e econômico. Os exemplos dessa categoria de metrópole no Brasil são:

– Campinas;
– Manaus;
– Belém;
– Goiânia.

Texto baseado nas sugestões de leitura elencadas em Materiais Relacionados. O conteúdo presente neste texto pode ser trabalhado através de aulas expositivas.

2ª Etapa: Desdobramentos na atualidade

Os problemas socioambientais decorrentes do processo de urbanização nas cidades brasileiras

A revolução industrial iniciada no século XVIII alterou o padrão produtivo e o modo de organização das sociedades, e como consequência desse processo de industrialização, iniciou-se um intenso êxodo rural. Nos países subdesenvolvidos, o processo de industrialização foi tardio, mas ocorreu de forma intensificada, fato que ocasionou grandes aglomerados urbanos, pois as cidades não conseguiram criar uma infraestrutura capaz para absorver em tão curto período esse exponencial crescimento populacional.

Deste modo, a intensa concentração populacional nas zonas urbanas tem provocado mudanças drásticas na natureza e uma série de impactos socioambientais no Brasil e no mundo. A partir da segunda metade do século XX, o território brasileiro passou por inúmeras transformações que alavancaram o desenvolvimento do país e trouxeram ganhos para a população, porém, ao longo desse período, surgiram profundos problemas de ordem social e ambiental que até hoje não se findaram. Deste modo, compreender quais são as consequências do processo de urbanização nas cidades brasileiras é de importantíssima relevância, na medida em que esses problemas socioambientais, decorrentes desse processo têm afetado direta e indiretamente a vida de todas as pessoas que vivem em centros urbanos.

A falta de infraestrutura adequada que comporte esse grande contingente de pessoas que migraram e constituíram famílias nas cidades tem gerado inúmeros problemas, de forma que a resolução dos mesmos deveria ser prioridade da gestão pública, entretanto, o que se observa é a realização de políticas compensatórias que possuem o caráter de contenção de conflitos e danos e não de resolução efetiva dos problemas desenvolvidos ao longo desse intenso processo de urbanização.

Entre os pontos positivos desse processo podemos destacar:

– A queda da mortalidade infantil: em 1940 era de 150 mortes para cada mil nascidos vivos, passando em 2000 para 29,6 para cada mil nascidos vivos;
– O aumento da expectativa de vida: em 1940 era de 40,7 anos de vida, passando em 2000 para 70,5 anos de vida;
– A queda da taxa de fertilidade: em 1940 era de 6,16 filhos por mulher em idade fértil, passando em 2000 para 2,38 filhos por mulher em idade fértil;
– O nível de escolaridade: em 1940 era de 55,9% de analfabetos, passando em 2000 para 13,6% de analfabetos. (MARICATO, 2005)

Os principais fatores que contribuem para os problemas ambientais urbanos e fazem com que o meio ambiente seja impactado de forma negativa, foi o grande crescimento demográfico das cidades; a falta de ordenamento territorial e a inexistência de um planejamento estrutural que comporte o contingente populacional. Isto posto, abaixo destacaremos os problemas gerados pelo processo de urbanização, presentes nas cidades brasileiras, mas que também podem ser uma realidade vivenciada principalmente em outros países subdesenvolvidos.

Os principais problemas ambientais urbanos

Os problemas ambientais decorrentes do processo de urbanização têm sido mais presentes nas cidades a cada dia, e têm se intensificado em virtude das transformações predatórias que o homem tem feito à natureza, comprometendo a resiliência ambiental e agravado ainda mais nosso problema ambiental. Abaixo, destacaremos os principais problemas ambientais urbanos.

Lixo: O crescente consumo de produtos industrializados em nossa sociedade tem intensificado o problema da produção e armazenamento de lixo nos centros urbanos, na medida em que a gestão desses resíduos sólidos é uma das questões mais sérias que os governos têm enfrentado. Segundo um levantamento realizado pelo IBGE, através da Pesquisa Nacional de Resíduos Sólidos, cerca de 50% dos resíduos sólidos no Brasil continua sendo armazenado em lixões ou em cursos d’água, queimados ou depositados em terrenos baldios que impactam severamente o solo, a água e até mesmo o ar. Assim, a decomposição desses resíduos produz o chorume e emite gases, como o metano, que no processo de decomposição transforma-se em dióxido de carbono (CO2), que contamina a natureza, mas também todos que estão entorno desses espaços. Também vale destacar que a população mais afetada é a mais pobre, pois os lixões sempre estão localizados nas periferias das cidades que também é o local que se destina a população de maior vulnerabilidade social.

Poluição do ar: É possível observar facilmente através da saúde da população quando a qualidade do ar está sobrecarregada de toxinas prejudiciais à saúde, de forma que os problemas respiratórios passaram a ser indissociáveis do cotidiano de quem vive nas metrópoles. Essa poluição vem da queima dos combustíveis fósseis, como hidrocarbonetos e carvão mineral, e contribuem significativamente para o Efeito Estufa, devido à grande quantidade de gás carbônico, chuvas ácidas e as ilhas de calor.

Poluição sonora: As metrópoles são locais com inúmeros estímulos externos provocados pelo excesso de automóveis, obras de construção civil, fábricas, pessoas, etc. Essa intensiva exposição a ruídos, é responsável pelo desenvolvimento do estresse, distúrbios mentais e até problemas auditivos.

Poluição visual: Esse tipo de poluição é constituído pelo intenso estímulo visual das grandes cidades, através de propagandas em outdoors, faixas e placas nas ruas. Essas comunicações, quando feitas de maneira errada, modificam o espaço público, deterioraram a paisagem urbana e degrada seus elementos naturais, dificultando a referência espacial dos habitantes, entre outros.

Esgoto: A quantidade de esgoto doméstico e industrial lançado nos mananciais de água dos centros urbanos,  sem o devido tratamento, é imensa. Não existe um comprometimento por parte dos órgãos públicos relacionado ao saneamento básico, tornando esse um dos principais problemas urbanos de nosso país. Vale ressaltar que o crescimento desordenado e a falta de infraestrutura das cidades contribuem para o agravamento dessa situação. Essa tem sido a principal razão da poluição nos rios, ocorrendo um impacto incalculável nos ecossistemas aquáticos, que além de contaminar a água, prolifera doenças e diminui a disponibilidade de água doce potável para o consumo humano.

Enchentes: É considerado um problema corriqueiro nos centros urbanos, principalmente por causa da impermeabilização do solo urbano, que é constituído de asfalto. Entretanto, um fator que não pode ser ignorado é a alteração de cursos d’água de rios e córregos ou até mesmo seus aterramentos para construção civil. Porém, a grande questão relacionada às enchentes é a forma com que a cidade foi sendo construída sem o planejamento adequado para tal feito.

Esses são alguns dos principais problemas ambientais urbanos que foi possível constatar, assim, é necessário que ocorra a elaboração de políticas ambientais eficazes e, paralelamente a isso, aconteça também a conscientização da população sobre quais as medidas que podem incorporar em seu dia-a-dia para redução desses problemas ambientais.

Os principais problemas sociais urbanos

Desemprego: Um dos principais problemas sociais urbanos é o desemprego, levando muitas pessoas a procurarem o mercado informal como garantia de renda. O desemprego apresenta-se, também, como um fenômeno desencadeado pela migração que ocasiona o inchaço dos grandes centros urbanos. Vale ressaltar que esse contingente de desempregados é essencial ao capitalismo, que necessita desse exército de reserva de pessoas para manter os salários e os benefícios dos trabalhadores abaixo do que poderíamos denominar de justo a ser pago.

Violência urbana: Está inteiramente interligada com o desemprego e com o crescimento desordenado das cidades. Também é um reflexo de políticas públicas ineficientes, que não resolvem a situação de risco existente e não criam soluções efetivas para a alteração estrutural que fortalece a perpetua a violência nas grandes cidades.

Mobilidade urbana: É o modo com que as pessoas conseguem transitar pela cidade. Para avaliar a mobilidade urbana é necessário que seja observado os seguintes fatores: a organização territorial, o fluxo de automóveis e os tipos de transportes utilizados, entre outros. Vale ressaltar a inexistência de políticas públicas que visem melhorar o transporte público, fato que influencia as pessoas a utilizarem seus meios de transportes particulares.

Especulação imobiliária: A especulação imobiliária consiste na compra de um terreno ou imóvel, onde não se tem a intenção de se fazer seu uso momentâneo, aguardando sua valorização. Nos centros urbanos é comum a existência de muito imóveis nessas condições e esse tem sido um dos entraves da melhoria do dinamismo no mundo urbano. Assim, deve-se compreender que o inchaço populacional das cidades também é um fator que passa a ser refletido na especulação imobiliária, especialmente nas áreas mais centrais e com menor intensidade nas periféricas.

Loteamentos populares clandestinos: Esses loteamentos estão inteiramente interligados com a especulação imobiliária, pois com os elevados preços dos lotes decorrentes desse processo de supervalorização de imóveis, as famílias de baixa renda recorrem a áreas periféricas, onde os lotes possuem preços acessíveis e longos prazos para o pagamento. Entretanto, o grande problema desse tipo de habitação é que quase sempre os imóveis são construídos em loteamentos clandestinos e que passam a carecer de políticas de saneamento básico.

Favelização: O crescimento desordenado dos grandes centros urbanos

A questão fundiária passou a ser também um dos grandes problemas dos espaços urbanos, na medida em que existe uma inadequada distribuição das populações no território brasileiro, onde ela se concentra em maior proporção por quilometro quadrado na região Sudeste do país, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com essa urbanização desordenada nas grandes cidades, não se conseguiu até os dias atuais suprir com as necessidades básicas de parte da população e isso tem causado uma série de problemas sociais e ambientais, como já destacamos anteriormente. Dentre esses problemas estão as moradias precárias e a favelização. De acordo com o Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, cerca de 52,3 milhões de brasileiros – ou seja, 28% da população, estão vivendo em 16.433 favelas cadastradas no país, número que com o agravamento da crise econômica deverá chegar a 55 milhões de pessoas no ano de 2020.

As favelas são caracterizadas por um conjunto de casebres e barracos em situação precária, que na maioria das vezes estão desprovidos de atendimento aos serviços públicos básicos. Essas casas geralmente estão localizadas em áreas de risco, tanto ambientais, como enchentes e desmoronamentos, quanto sociais, com a presença de grupos criminosos que controlam o tráfico de drogas.

O crescimento populacional nas cidades, o agravamento das condições sociais e econômicas das famílias mediantes a crise econômica, desemprego, inflação e até mesmo a supervalorização de algumas áreas nas cidades, “expulsaram” as famílias de suas antigas moradias, estando cada dia mais presente em nossa sociedade o processo de favelização como medida de sobrevivência.

Texto baseado nas sugestões de leitura elencadas em Materiais Relacionados. O conteúdo presente neste texto pode ser trabalhado através de aulas expositivas.

3ª Etapa: Sistematização das Reflexões

Sugestão de atividade: Análise de Fontes
Favela: Resultado da desigualdade social?

1) O(A) professor(a), juntamente com os alunos, realizará a leitura dos dois materias de apoio anexados abaixo.

Paraisópolis: uma favela encravada no Morumbi, junto a mansões e condomínios de luxo. 2015. Acesso em: 08 de dezembro de 2019. (Em anexo – JPG)

Paraisópolis: como um loteamento de alto padrão virou a 2ª maior favela de SP. 2019. Acesso em: 08 de dezembro de 2019. (Em anexo – PDF)

2) O(A) professor(a) irá estimular um debate crítico.

3) O(A) professor(a) irá criar um ambiente descontraído onde os alunos consigam expor suas opiniões, sugere-se que o(a) professor(a) faça uma roda ou reorganize as cadeiras de forma a criar um ambiente mais propício ao diálogo. Espera-se que os alunos tragam diversos casos vivenciados por eles, ou que tiveram acesso através dos meios de comunicação.

4) Como conclusão dessa sistematização de reflexões, o(a) professor(a) irá solicitar aos alunos que procurem na mídia digital ou impressa, exemplos de casos reais onde apareçam interligados dois ou mais problemas socioambientais que foram trabalhados nessas aulas. Os alunos deverão trazer os materiais impressos e realizarem uma breve exposição para a classe, apresentando o local, a data do acontecimento, o tipo de acontecimento e os problemas socioambientais que localizaram naquela matéria.

4ª Etapa: Exercícios de Fixação

Sugere-se que o(a) professor(a) aplique algumas questões de fixação relacionadas ao tema trabalhado. De acordo com o ano do Ensino Fundamental que o conteúdo for trabalhado, o(a) professor(a) poderá optar pela resolução das questões de forma coletiva, dialogando com os alunos sobre as opções de respostas de cada questão e deixando que façam conexões entre os conteúdos apresentados.

1) (Enem – 2011) O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais marcante da modificação das condições iniciais do clima pelo processo de urbanização, caracterizado pela modificação do solo e pelo calor antropogênico, o qual inclui todas as atividades humanas inerentes à sua vida na cidade. BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos: estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005.

O texto exemplifica uma importante alteração socioambiental, comum aos centros urbanos. A maximização desse fenômeno ocorre

a) pela reconstrução dos leitos originais dos cursos d’água antes canalizados.
b) pela recomposição de áreas verdes nas áreas centrais dos centros urbanos.
c) pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexão no topo dos edifícios.
d) pelo processo de impermeabilização do solo nas áreas centrais das cidades.
e) pela construção de vias expressas e gerenciamento de tráfego terrestre.

Resposta: D
Descomplica. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

2) (UECE) Considere as seguintes afirmações que tratam do ambiente em grandes centros urbanos:

I. O aumento da temperatura em face do adensamento de construções, do asfaltamento de ruas e avenidas e da rarefação ou ausência de vegetação tende a gerar as “ilhas de calor”.

II. Em geral, a expansão nos grandes centros urbanos brasileiros tem sido realizada em terrenos ambientalmente estáveis e com baixa vulnerabilidade à ocupação.

III. Comumente, as áreas de risco à ocupação correspondem aos fundos de vales, topos de morros e vertentes íngremes.

IV. Parques, áreas verdes e matas ciliares, contribuem para a melhoria do clima urbano, amenizando os gradientes térmicos.

Está correto o que se afirma em

a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e IV apenas.

Resposta: B
Descomplica. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

3) (UEPA) O crescimento precipitado das cidades em decorrência do acelerado desenvolvimento tecnológico da segunda metade do século XX produziu um espaço urbano cada vez mais fragmentado, caracterizado pelas desigualdades e segregação espacial, subemprego e submoradia, violência urbana e graves problemas ambientais. Sobre os problemas socioambientais nos espaços urbanos-industriais é correto afirmar que:

a) os resíduos domésticos e industriais aliados aos numerosos espaços marginalizados, problemas de transportes, poluição da água e do solo, bem como os conflitos sociais são grandes desafios das cidades na atualidade.

b) as ações antrópicas, em particular, as atividades ligadas ao desenvolvimento industrial e urbano têm comprometido a qualidade das águas superficiais, sem contudo, alcançar os depósitos subterrâneos.

c) os conflitos sociais existentes no espaço urbano mundial estão associados à ampliação de políticas públicas para melhoria de infraestrutura que provocou o deslocamento de milhões de pessoas do campo para a cidade.

d) a violência urbana, problema agravado nos últimos anos, está associada à má distribuição de renda, à livre comercialização de armas de fogo e à cultura armamentista existente na maioria dos países europeus.

e) a chuva ácida ocorrida nos países ricos industrializados apresenta como consequências, a destruição da cobertura vegetal, alteração das águas, embora favoreça a fertilização dos solos agricultáveis.

Resposta: A
Descomplica. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

4) (UFRS)Como efeito da atuação inadequada do homem sobre o meio ambiente, surge o problema da poluição das águas. No Brasil, vários rios agonizam, como o Tietê, que atravessa o estado de São Paulo, e o dos Sinos, que recebe poluentes industriais de várias cidades da Grande Porto Alegre.

Quais medidas abaixo, se adotadas, amenizariam, a situação descrita?

I – Tratamento dos esgotos urbanos e despejos industriais;

II – Controle do uso de fertilizantes e pesticidas químicos na agricultura desenvolvida nas bacias hidrográficas;

III – Envolvimento da comunidade em campanhas pela recuperação da qualidade da água;

IV – Plantio de espécies nativas junto às margens dos rios, para refazer a mata ciliar.

a) Apenas I e II
b) Apenas I e III.
c) Apenas I, III e IV.
d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

Resposta: E
Exercícios sobre problemas urbanos. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

5) (UEL) Analise a figura a seguir.

Com base na charge e nos conhecimentos sobre exclusão social em grandes cidades, considere as afirmativas a seguir.

I. A charge remete ao problema da exclusão social nas grandes cidades, cuja população afetada acaba fazendo das ruas seu local de moradia, expressão territorial das enormes desigualdades sociais dos países em desenvolvimento como o Brasil.

II. A charge mostra a estupefação dos moradores de rua da metrópole paulistana, que foram obrigados a fazer parte do cenário de comemoração dos 450 anos da cidade, a fim de demonstrarem o quanto os recentes governos municipais estiveram comprometidos com sua causa.

III. A charge faz referência à tendência de redução do número dos “sem teto”, um problema característico das regiões metropolitanas brasileiras, em função do processo de Globalização e da consequente formação de uma aldeia global.

IV. A charge remete à segregação socioespacial nas grandes cidades e mostra que os moradores de rua têm poucos motivos para comemorar o aniversário das metrópoles onde moram, haja vista que sua sobrevivência tem sido constantemente ameaçada.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

Resposta: B
Exercícios sobre problemas urbanos. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

6) “Os bairros da Chapada, Dom Pedro e Alvorada, na Zona Centro-Oeste, são ‘ilhas de calor’ na cidade por terem uma temperatura maior que a de regiões próximas. Nessas áreas de Manaus a temperatura chega a até oito graus acima das demais, revela o estudo denominado ‘Ilhas de calor e saúde em Manaus: abordagem com geoprocessamento’, feito pelo doutor em Etnobiologia e Biogeografia, Sylvain Desmoulière, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Amazônia. (…)” OSSAME, A. C. Bairros da Zona Centro-Oeste são ‘ilhas de calor’ em Manaus. A Crítica – Manaus. Acesso em: 13 mar. 2015.

Assinale a alternativa que indica os fatores potencialmente responsáveis pela existência das ilhas de calor nas grandes cidades:

a) desmatamento, efeito estufa e aquecimento global.
b) construção de prédios, asfaltamento e remoção da vegetação.
c) poluição do ar, poluição sonora e poluição da água.
d) aumento das áreas verdes, redução de edifícios e crescimento demográfico.

Resposta: B
Exercícios sobre problemas urbanos – Mundo Educação. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

7) “A urbanização brasileira teve um caráter concentrador e excluiu boa parte da sociedade de seus benefícios. A velocidade com que se processou a urbanização no país criou algumas dificuldades para o poder público suprir o espaço das cidades, especialmente das grandes, com a infraestrutura urbana e os serviços sociais necessários ao bem-estar da população. Isso, evidentemente, é agravado em razão de as políticas de planejamento urbano estarem voltadas, prioritariamente, para as classes média e alta”. LUCCI, E. A. et. al. Território e sociedade no mundo globalizado: Geografia Geral e do Brasil. Ensino Médio. 2ª ed. Editora Saraiva, 2014. p.513.

As contradições presentes no processo de produção do espaço urbano brasileiro são muitas. Dentre os seus efeitos mais visíveis, podemos citar:

I. A falta de moradia e favelização;
II. A ausência de mobilidade urbana;
III. Os elevados índices de violência;
IV. A baixa especulação imobiliária;
V. A pequena procura por transportes de massa;

Estão corretas as afirmativas:

a) I, II e IV
b) II, III e V
c) I, II e III
d) III e IV e V
e) I, IV e V

Resposta: C
Exercícios sobre problemas urbanos – Mundo Educação. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

8) (ENEM 2017) A configuração do espaço urbano da região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às demais aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do pais, onde é facilmente identificável a constituição de um centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram as oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a constituição de uma região periférica concentradora de população de baixa renda, com acesso restrito às principais atividades com capacidade de acumulação e produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura básica.

CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. In: HOGAN, D. J. et al. (Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.

A organização interna do aglomerado urbano descrito é resultado da ocorrência do processo de

a) expansão vertical.
b) polarização nacional.
c) emancipação municipal.
d) segregação socioespacial.
e) desregulamentação comercial.

Resposta: D
ENEM 2017 Q84 А configurаҫão do espaҫo urbano da região do Entorno do Distrito Federal. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

9) “Sabemos que a periferia das grandes metrópoles brasileiras tem crescido mais do que suas áreas centrais, embora exista ainda uma pressão sobre as mesmas, tendência que aponta para a constituição de um espaço urbano cada vez mais espraiado, implicando crescentes custos e problemas logísticos para a provisão de serviços públicos de infraestrutura essenciais à vida em cidade. Ao mesmo tempo, boa parte das pessoas que migraram do núcleo para a periferia na segunda metade dos anos 1990 trabalhava no núcleo em 2000, sugerindo um movimento que aumenta a população residente na periferia mas não atenua a pressão por mercado de trabalho que afeta as áreas centrais”. RIBEIRO, L. C. Q., et. al. Metrópoles brasileiras: diversificação, concentração e dispersão. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n.120, p.177-207, jan./jun. 2011. p.201.

O panorama apresentado pelo trecho acima se apresenta como causador ou intensificador de outra problemática relativa às metrópoles brasileiras:

a) a segregação socioespacial
b) a ausência de mobilidade urbana
c) o desemprego estrutural
d) a subordinação centro-periferia
e) o recrudescimento das áreas centrais

Resposta: B
Exercícios sobre metrópoles e megalópoles. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

10) As metrópoles e suas regiões metropolitanas, em linhas gerais, consolidam-se a partir de uma cidade-núcleo principal e as cidades-satélites a ela interligadas econômica, estrutural e socialmente. Quando essa interligação é observada sob o aspecto da contiguidade espacial geográfica, dá-se o nome de:

a) continuidade urbana
b) urbanização
c) metropolização
d) conurbação
e) integração territorial

Resposta: D
Exercícios sobre metrópoles e megalópoles.. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

11) “[…] Pensar mobilidade urbana vai muito além de restringir a circulação de automóveis, ampliar o número de ciclovias ou de linhas de metrô, de priorizar o transporte coletivo em detrimento do particular.

Significa também encontrar alternativas de inserção segura e confortável de todas as pessoas na dinâmica da cidade, oferecendo múltiplas possibilidades para que elas possam ocupar o espaço público e por ele circular, transformando esse processo numa experiência rica de interação e integração social.

Esse talvez seja o sentido mais profundo que o conceito de mobilidade urbana deva ganhar, enriquecendo o próprio significado que se possa atribuir à ideia de urbanidade e cidadania”. SOUZA, J. C. Caminhos alternativos. Carta na Escola, nov. 2014. Acesso em: jun. 2015.

Um efeito sobre o modo de vivência no espaço geográfico ocasionado por políticas de promoção da mobilidade urbana é:

a) a concentração de pessoas e moradias nas áreas centrais da cidade
b) a diminuição de condomínios fechados autos segregados
c) a descentralização dos serviços e menor necessidade de deslocamento
d) a distribuição de veículos automotores para todos os estratos sociais
e) o reordenamento das paisagens no processo de gentrificação

Resposta: C
Exercícios sobre geografia urbana. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

12) Charge sobre a formação e difusão das favelas

Angeli.

A charge acima, de Angeli, relaciona dois temas socioespaciais de elevada relevância contemporânea na Geografia Urbana e econômica, que são:

a) urbanização e globalização
b) industrialização e favelização
c) periferias e turismo
d) socialização e comércio
e) exclusão social e êxodo urbano

Resposta: B
Exercícios sobre geografia urbana. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

13) (Enem 2014) No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados. RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).

Uma consequência geográfica do processo socioespacial descrito no texto é a

a) criação de condomínios fechados de moradia.
b) decadência das áreas centrais de comércio popular.
c) aceleração do processo conhecido como cercamento.
d) ampliação do tempo de deslocamento diário da população.
e) contenção da ocupação de espaços sem infraestrutura satisfatória

Resposta: D
Exercícios sobre geografia urbana. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

14) Conforme informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já ultrapassou a marca de onze milhões de pessoas morando em favelas, o que é equivalente a cerca de 6% da população total. Onde está concentrada a maioria das favelas no Brasil?

a) Nas regiões rurais das cidades médias, que mais tarde se integram às cidades próximas, ampliando a extensão da cidade.
b) Em todas as capitais brasileiras, que, sem exceção, possuem favelas com expressivo contingente populacional.
c) Em cidades médias e pequenas que receberam, pela proximidade, as pessoas que saíram do campo.
d) Nas regiões metropolitanas dos grandes centros, onde ocorre a urbanização acelerada e foram as pioneiras da industrialização.
e) No município do Rio de Janeiro, que concentra praticamente todas as favelas do país.

Resposta: D
Exercícios sobre favelização. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

15) Favelização é o processo de surgimento e crescimento do número de favelas em uma dada cidade ou local. Trata-se de um problema social, pois tais moradias constituem-se a partir das contradições econômicas, históricas e sociais, o que resulta na formação de casas sem planejamento mínimo, oriundas de invasões e ocupações irregulares.

O processo de favelização das cidades ocorre especialmente em virtude:

a) da urbanização desordenada e do processo de industrialização.
b) da crescente falta de postos de trabalho.
c) da ausência de espaços adequados à ocupação nos grandes centros urbanos.
d) da carência dos recursos públicos para investimento em moradias.
e) da desinformação da população sobre a disponibilidade de empregos.

Resposta: A
Exercícios sobre favelização. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

16) (UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, dentre os quais, podemos destacar:

a) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.
b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência.
c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.
e) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.

Resposta: B
Exercícios sobre favelização. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

17) (FURG) Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia e o aumento do desemprego estão diretamente relacionados com a existência de que tipos de habitação?

a) Favelas e condomínios.
b) Favelas e cortiços.
c) Mansões e vilas.
d) Vilas e bairros.
e) Lugarejos e condomínios

Resposta: B
Exercícios sobre favelização. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

Materiais Relacionados

O(A) professor(a) poderá recordar os conceitos fundamentais através dos seguintes sites/obras:

1 – PENA, Rodolfo F. Alves. Metrópole. “Mundo Educação”. Acesso em: 07 de dezembro de 2019.

2 – FREITAS, Eduardo de. Problemas da urbanização. “Mundo Educação”. Acesso em: 06 de dezembro de 2019.

3 – ABRANTES, Beatriz. Problemas urbanos: entenda os principais problemas da urbanização! 2018. Acesso em: 06 de dezembro de 2019.

4 – O que é uma metrópole? Conceito e características. Acesso em: 07 de dezembro de 2019.

5 – Descomplica. Quais São os Principais Problemas Ambientais Urbanos? Acesso em: 07 de dezembro de 2019.

6 – RODRIGUES, Arlete Moysés. Desigualdades socioespaciais: a luta pelo direito à cidade. Revista Cidades, v. 4, nº6, 2007. p.73-88. Acesso em: 08 de dezembro de 2019.

O(A) professor(a) poderá também aprofundar o conteúdo através das seguintes obras/sites:

FRESCA, Tânia Maria. Uma discussão sobre o conceito de metrópole. Revista da ANPEGE, v. 7, n. 8, p. 31-52, ago./dez. 2011. Acesso em: 07 de dezembro de 2019.

VEIGA, José Eli da. Nem tudo é urbano. In: Ciência e Cultura, V. 52, nº 2. São Paulo. Abr/Jun, 2004. Acesso em: 06 de dezembro de 2019.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. O Espaço Urbano: Novos Escritos sobre a Cidade. São Paulo: Labur Edições, 2007.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. 3ª Ed. São Paulo: Ática, 1995.

Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas, demográficas e sociais de 1950 a 1988 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990, p 36-7.

Anuário estatístico do Brasil 2001, Rio de Janeiro: IBGE, 200, p. 2-14 e 2-15.

Arquivos anexados

  1. 2020_Plano de aula_METRÓPOLE E DESIGUALDADE SOCIAL_Thaylizze Goes

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