Um dos primeiros lugares onde pessoas racializadas experienciam discriminação e racismo é a escola. Isso acontece desde a infância, expondo as crianças, principalmente negras, a estresse e traumas. Por isso, a promoção da cultura antirracista desde a educação infantil faz diferença.

Foi isso que aconteceu no centro de educação infantil Professor José Ozi em São Paulo. Diante da pouca oferta de brinquedos que refletissem a identidade da maioria das crianças, a professora Juliana Otuka se propôs a confeccionar bonecos representando várias raças, etnias, gêneros e faixas etárias, a fim de mostrar a diversidade aos pequenos. O impacto para as crianças negras, por exemplo, foi muito positivo. Elas passaram a ser ver nos bonecos e relacioná-los a seus pais, irmãos, avós e pessoas queridas.

Formação de educadores

A coordenadora pedagógica Cintia de Carvalho aproveitou para pôr em ação a formação das educadoras. No processo, as profissionais passaram a reconhecer, em ações e atitudes, aspectos racistas que antes nem percebiam. “As professoras estão muito mais atentas às situações que são sutis, mas que se não tivéssemos estudado, não tivéssemos refletido a respeito, isso passaria despercebido”, relembra.

O Instituto Claro foi visitar a CEI Professor José Ozi para entender o trabalho com práticas antirracistas desde a primeira infância e a importância dessas ações na educação básica e na formação de indivíduos.

Veja mais:

Racismo nos clássicos da literatura brasileira: como abordar o tema com os alunos?

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