Sistema solar, constelações, planetas e estrelas são conteúdos presentes no currículo de ciências do 7º ano do ensino fundamental. Para ajudar na aprendizagem dessas temáticas, a professora Ana Maria Leite, da Escola Estadual Adherbal de Castro, de Jacareí (SP), desenvolveu uma atividade prática com os alunos. Os estudantes foram convidados a desenvolver a planta baixa da unidade escolar e, na sequência, localizar os pontos cardeais no papel.
Planta baixa é o nome que se dá ao desenho da construção e do terreno do local e que apresenta a interligação entre salas, banheiros, espaços de lazer e outros aspectos físicos do prédio.
“A ideia era colocar a turma em um local externo para, por meio da prática, fixar melhor o aprendizado de um conteúdo visto em sala de aula”, justifica a professora.
“Na primeira etapa do processo, eles foram divididos em grupos e orientados a explorar a quadra e o pátio da escola. Na sequência, de forma livre, eles passaram a desenhar a planta dos espaços encontrados com papel, lápis e régua”, conta Leite.
Com o desenho, chegou a hora de colocar em prática os aprendizados sobre os pontos cardeais. Os alunos usaram como referência o lugar onde o sol nascia e onde estava no momento em que realizaram a atividade, para localizar as regiões norte, sul, leste e oeste na planta.
“Somente após eles explorarem e testarem a localização é que dei uma bússola nas mãos de cada grupo. Nessa hora, eles puderam checar se o que haviam imaginado batia com as informações dadas pelo aparelho”, descreve ela.
Teste e erro
Para Ana Maria Leite, uma das vantagens da atividade foi deixar a turma livre para testar. “Penso que um ponto positivo é o educador dar autonomia aos alunos e não ficar em cima deles, preocupado se está certo ou errado. Durante a atividade, apenas permaneci próxima aos grupos, ouvindo e tirando as dúvidas que iam surgindo ao longo do processo”, esclarece.
Por ser uma atividade de fixação de aprendizagem, a professora lembra da importância da aula teórica dada em sala de aula. “Ela precisa ser eficiente, para eles poderem ficar mais livres durante a prática e também relacionarem o que viram em sala com o que testaram.”
Segundo a docente, uma dúvida comum e inesperada que surgiu durante a atividade dos pontos cardeais foi a dificuldade de alguns estudantes em identificar direita e esquerda. “Uma questão simples, mas que foi vista com naturalidade. Para os alunos destros, eu brincava que a mão direita era aquela que apresentava mais força”, ensina.
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