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“Trabalhar pela cultura dos que vivem em nossa terra
e pelo progresso do Brasil.”

(Frase criada por Roquette-Pinto para a 1ª emissora de rádio do Brasil)

 

Roquette-Pinto em foto da Expedição que deu origem ao livro Rondônia, publicado em 1917 (Crédito: site da Rádio Roquette-Pinto)

Há 60 anos, o Brasil perdeu o pioneiro no uso da comunicação a serviço da educação.  Foi Edgard Roquette-Pinto que percebeu no uso do rádio uma possibilidade ímpar de levar a educação muito mais longe. Professor de antropologia, médico e sociólogo, ele conheceu a realidade do país ao integrar a Comissão do Marechal Rondon, que adentrou o país, para instalar linhas telegráficas, fazer mapeamentos da terra e os primeiros contatos com indígenas.

Posteriormente, na Exposição Universal de 1922, realizada no Rio de Janeiro (RJ), se encantou com a demonstração de rádio, feita por empresas americanas, o que o fez perceber, nesse novo meio um excelente instrumento para transmitir educação e cultura para todos os brasileiros, inclusive os que estavam mais distantes. O “professor-comunicador” acreditava que, no Brasil, o rádio e o cinema deveriam ser a “escola dos que não têm escola”.

Com esse propósito funda a primeira emissora de rádio a transmitir com regularidade no Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (atual Rádio MEC). Educação, cultura, ciência e música erudita eram os conteúdos da emissora. Em 1934, cria a Rádio Escola Municipal do Rio de Janeiro, rebatizada de Roquette-Pinto, que existe até hoje. Foi ele que idealizou também o Instituto Nacional de Cinema Educativo (Ince) com o propósito de produzir filmes destinados às escolas.
Nesse Informe NET Educação, além de ouvirmos Vera Roquette-Pinto, radialista e neta do saudoso professor, conversamos com três mestres sobre o tema da convergência da educação com a comunicação: o pesquisador da história das Comunicações e professor da Faap, Flavio Porto, o doutor em ciência da comunicação na ECA-USP, que atua na área da educomunicação, Marciel Consani, e doutor em educação e historiador formado pela USP, Renato Gilioli.
No áudio, é perceptível a sintonia entre passado e presente, a partir da evolução do conceito de radioeducativo até chegarmos ao uso das mídias como recurso para criar cidadãos críticos nas escolas, com a educomunicação.
Edgard Roquette-Pinto no comando da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (Crédito: site da Rádio Roquette-Pinto)
Links:
– Visite o endereço eletrônico do Núcleo de Comunicação e Educação da USP
– Assista a um filme dirigido por Humberto Mauro e narrado por Roquette-Pinto sobre a ópera “O Escravo”
– Leia artigo sobre cinema educativo e o papel de Roquette-Pinto
– Acesse à pesquisa do doutor em educação, Renato Gilioli, “Educação e cultura no rádio brasileiro: concepções de radioescola em Roquette-Pinto”
Créditos: Os áudios utilizados nesta reportagem, por ordem de entrada, são: “Bachiana Brasileira Nº 5” (Heitor Villa-Lobos), interpretada por Bidu Sayão, “O Guarani” (Carlos Gomes), depoimentos de Roquette-Pinto (extraídos do LP “Documentos Sonoros”, produzido pela Editora Abril para a coleção “Nosso Século”), “Il Guarany – Gentile di cuore” (Carlos Gomes), por Bidu Sayão, “Gitarrenkonzert” (Villa Lobos), “FM Rebeldia” (Alceu Valença).
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