A ideia de abordar as questões de gênero, etnia e sexualidade através dos bonecos surgiu em 2011. Segundo Nilza Almeida, diretora de patrimônio da AMA, as integrantes do grupo perceberam que os pais não dialogam sobre sexualidade com seus filhos. "A gente vê muito preconceito ainda”, opinou.

 

Para ela, se houvesse diálogo tanto na família, quanto na escola "não veríamos na comunidade meninas de 12 anos grávidas”. "Mas sofremos críticas, houve divergências dentro do grupo, pois pensaram que não precisava mostrar tanto, que era ‘demais’, que iria estimular os adolescentes [para o sexo]. Mas, deu certo, pois o produto tem seu papel educativo e ficamos satisfeitos com a procura”, disse, explicando que os bonecos já foram expostos em eventos e escolas.

 

Há 15 anos, o grupo AMA reúne mulheres artesãs que produzem bonecos de pano dentro dos conceitos de Economia Solidária. A preocupação com o meio ambiente é uma das características do grupo, já que na confecção dos produtos são utilizados materiais reciclados.