Os recursos do Estado de São Paulo destinados aos gastos com educação caíram de 2011 para 2012. A comparação pode ser feita por meio do site Para onde foi o meu dinheiro?, divulgado pela Rede Nossa São Paulo na última semana de fevereiro. A porcentagem dos investimentos do governo estadual no ensino diminuiu de 19%, o que corresponde a pouco mais de R$ 30 bilhões, para 16%, quase R$ 22 bilhões. Em 2012, o governo gastou o montante total de R$ 135,3 bilhões com as diversas áreas da administração estadual.
Destino dos recursos do governo do Estado de São Paulo em 2012 (Fonte: Para onde foi o meu dinheiro?)
A ideia do site é ajudar o cidadão a monitorar a execução dos orçamentos municipal, estadual e federal, ao tornar mais acessível como são aplicados os recursos originados nos impostos e nas taxas que ele paga. “Serve para análise das políticas, fazer um acompanhamento mais próximo da realidade territorial do cidadão”, acredita a coordenadora do GT de Educação da Nossa São Paulo, Ananda Grinkraut.
O sistema desenvolvido pretende replicar as informações de dados públicos com uma nova concepção visual e de funcionalidade. As fontes utilizadas para obtenção dos dados são Portal da Transparência, Portal do Governo Estadual de São Paulo e Prefeitura de São Paulo.
Também, de acordo com informações do site, a educação básica foi o setor que mais recebeu financiamento do governo estadual de São Paulo dentro dos gastos com educação em 2012. Foram quase R$ 9 bilhões destinados a essa etapa do ensino, o equivalente a 40,86% dos R$ 22 bilhões citados.
Dentro dos gastos com educação, veja as sub áreas para as quais os recursos
são destinados (Fonte: Para onde foi o meu dinheiro?)
Já no plano federal, em 2012, R$ 9,8 bilhões foram para o ensino, o que significou 1,053% de todo o gasto direto feito pela União. Em 2011, o investimento foi de R$ 14,7 bilhões, equivalente a 1,147%. “Há duas maneiras de o governo federal destinar recursos: diretamente nos programas de governo ou via repasse para estados ou municípios. "Esses dois últimos esperamos contabilizar nas abas ‘estadual’ e ‘municipal’, no site”, explica o desenvolvedor do portal Thiago Rondon.
Segundo Randon, a página da internet foi produzida para facilitar a leitura dos dados. “Fiz o site, porque queria entender mais o orçamento público”, conta Rondon. O aplicativo continua em desenvolvimento e deverá ser melhorado de modo colaborativo e aberto.
Também está disponível na página o detalhamento das despesas, além de educação, em cada uma das áreas da administração pública como saúde, transporte, segurança e outras. A ferramenta permite ao internauta saber quais empresas ou pessoas físicas irão receber os valores a serem pagos pelo governo estadual.
Todo o projeto está sendo desenvolvido em código aberto (ou software livre) e poderá ser utilizado, ao modificar e criar novos aplicativos, de forma gratuita.
Além do site na internet, o aplicativo gratuito está disponível para celulares que utilizam plataforma Android.