O Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais (Greppe), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizou um mapeamento sobre a participação de organizações privadas na educação pública estadual entre os anos de 2005 e 2015. Foram averiguadas ações empresariais voltadas à definição e implantação das políticas e programas educacionais, fornecimento de material didático, políticas de gestão e oferta de vagas. É necessário criar um cadastro e efetuar o login para acessar o mapeamento.
A pesquisa revelou um avanço na atuação da iniciativa privada sobre a rede pública na última década. Segundo o documento, nos estados mais pobres, a ampliação da presença do setor privado é financiada por empréstimos de bancos internacionais ou agências multilaterais. Já no Sudeste, as empresas se “associam” aos governos. São Paulo é o estado com mais programas (44), seguido pelo Rio de Janeiro (30).
O estudo também apontou o crescimento da chamada “filantropia de risco”, quando organizações privadas se associam de formas variadas a grupos empresariais ou fundos de investimento que atuam no mercado educacional.
Raio-X
Entre órgãos que realizam as ações em parceria com os governos estaduais estão agências e instituições financeiras internacionais (como Unesco e Banco Mundial); federações patronais; institutos, fundações, associações, organizações sociais (OS), entidades religiosas, empresas e ONGs.
Nas áreas de currículo, a iniciativa privada atua fornecendo material didático, kits escolares, projetos pedagógicos e capacitação de professores. Em gestão, disponibiliza sistemas de informação e avaliação. Já em relação à oferta, oferece a abertura de vagas e a disponibilização de bolsas de estudo ou cursos variados.
Com Rede Brasil Atual
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