As editoras brasileiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões de livros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendas para o setor. O número é 7,2% superior ao registrado em 2010, quando cerca de 438 milhões de exemplares foram comercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resultado também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões – um crescimento de 7,36% sobre o ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo IPCA do período, corresponde a um aumento real de 0,81%.
Essas são algumas das informações contidas na pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, que aferiu os dados do mercado referentes ao ano de 2011. A pesquisa é realizada anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro (CBL).
O resultado foi anunciado nesta quarta-feira, 11 de julho, na sede da CBL, em São Paulo.
A pesquisa detectou que o número de exemplares vendidos cresceu de 437.945.286, em 2010, para 469.468.841, em 2011. No ano passado, foram publicados 58.192 títulos, que representaram um aumento de 6,28% em relação a 2010. Do total de títulos editados em 2011, 20.405 foram de lançamentos, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Já o número de exemplares produzidos teve um desempenho mais tímido em 2011, indo de 492.579.094 em 2010, para 499.796.286 em 2011, uma variação de 1,47%.
Canais de comercialização
Chama a atenção também na pesquisa a retomada no crescimento das vendas às livrarias, que vinham perdendo espaço nos últimos anos. Se, em 2011, as livrarias correspondiam a 40,51% das vendas ao mercado, em 2012 elas saltaram para 44,9%. Por outro lado, as vendas ao canal porta-a-porta recuaram dos 21,66% de participação em 2010 para 9,07% em 2011. Além das livrarias, as vendas das editoras para Igrejas e Templos (de 1,26% em 2010, para 4,03% em 2011), supermercados (de 1,47%, para 2,4%) e bancas de jornal (de 0,36%, para 2,21%) também ganharam espaço no período.