Arcadismo, poetas, escritores, amor e liberdade. Temas que nem sempre são os favoritos dos adolescentes, e, para muitos, de difícil entendimento. Pensando nesse público, Álvaro Cardoso Gomes, professor de Língua Portuguesa da Universidade de SãoPaulo (USP) durante anos, escreveu o livro Liberdade ainda que tardia (Editora FTD), que aborda esses tópicos de maneira prática e atraente. As ilustrações são de Alexandre Camanho.
Os 26 capítulos trazem, entre uma poesia e outra, diálogos entre Tomás Antônio Gonzaga, considerado um dos mais importantes poetas árcades, com um adolescente, Antônio Manuel Azevedo. Este, como que representando os jovens leitores, faz ao poeta as perguntas que possivelmente gostaríamos de fazer. Assim, o livro ganha uma dimensão didática, com temas históricos abordados ficcionalmente nas conversas entre esses dois novos amigos.
Para facilitar ainda mais a leitura dos jovens, as notas explicativas estão nas próprias páginas onde os termos são citados – o que auxilia no entendimento e, assim, faz com que o leitor não perca o interesse por não compreender o contexto da obra.
A obra faz parte da coleção Meu Amigo Escritor, que tem como objetivo principal aproximar os jovens leitores de grandes escritores de Portugal e do Brasil. A ficção mesclada com a história da literatura, recurso aplicado em todos os títulos da coleção, estimula a leitura nos jovens.
Sobre o autor
Álvaro Cardoso Gomes nasceu em Batatais, estado de São Paulo. Aos treze anos descobriu que queria ser escritor. Lia tudo o que lhe passava pelas mãos.
Aos dezenove anos, veio para São Paulo, onde pretendia estudar. Entrou na Universidade de São Paulo e graduou-se como professor. Já formado, passou a dar aulas, até que, em 1978, publicou seu primeiro livro, A teia de aranha. Aí não parou mais de escrever. Mas foi só em 1986 que publicou seu primeiro livro para jovens, A hora do amor.
A experiência de escrever livros juvenis o estimulou bastante, de maneira que, na sequência, publicou muitas obras, além de livros para a universidade. Pela Quinteto e pela FTD, publicou diversas obras, entre as quais Meu filho, o extraterrestre, A grande decisão, A hora da luta e Viver tem dessas coisas, mano.
O ilustrador
O paulista Alexandre Camanho começou a desenhar com quatro anos e nunca mais parou. Muitos de seus trabalhos são bastante conhecidos no setor editorial, já que sua maior experiência decorre de sua atividade como ilustrador.
Participou de diversos salões de humor e de arte, sendo recentemente selecionado para compor o Salão Internacional de Desenhopara Imprensa de Porto Alegre (RS/2001). Também realizou exposições patrocinadas pelo Banco do Brasil e pelo SESC/São Paulo, entre outras. Sua técnica principal é o bico de pena, muito natural ao desenho; a cor é coadjuvante, através do pastel, da aquarela, do óleo, da têmpera, do guache, do lápis de cor etc.