Com palestras de Norberto Liwski, José Carlos Morgado, Marisa Lajolo e Ana Maria Machado, entre outros conferencistas, o segundo dia do 4º Congresso Marista de Educação deu continuidade aos debates sobre educação e juventude, com foco nos direitos, democratização e a importância da leitura.
Para dar início das atividades do dia, ocorreu a Grande Conferência sobre os Direitos da Criança e Educação, com Noberto Liwski, médico pediatra social, com experiência na Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, em especial de crianças e jovens, além de membro do Conselho Bureau International Catholique de I’Enfance – Bice. De acordo com Liwski os dados que revelam a relação entre educação e pobreza constituem uma prioridade no marco do enfoque de direitos humanos. Focalizando no mesmo direito a participação no âmbito educativo. “A leitura dos textos dos marcos regulatórios requerem um olhar histórico e integral, reconhecendo em seu interior os direitos civis e políticos econômicos, sociais e culturais”, enfatiza.
O conferencista ressaltou também a importância de ouvir o que os jovens têm a dizer sobre direito e educação. “De nada vale ler documentos de direitos humanos se não colocarmos em prática, levando em conta a opinião da criança e do adolescente”, finaliza.
Fórum Temático
Um dos Fóruns Temáticos realizado no evento abordou o tema “Democratizar a Escola através do Currículo”, ministrado por José Carlos Morgado, de Portugal, doutor em Educação e especialista em Desenvolvimento Curricular. A palestra procurou trazer uma visão mais abrangente, abordando como contexto o lugar onde vive.
Para Morgado, um currículo é democrático quando: “O ensino centra na condição humana; o aluno é centro de toda ação educativa; resulta de uma construção participada; se idealiza e desenvolve como um projeto de construção em ação; é assumido como um projeto social; resulta da participação e compromisso dos atores envolvidos; se sustenta nos valores que reclamam a justiça social”, aponta.