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Vinda da Família Real: Cultura e Sociedade na Capital do Império

Objetivos

Identificar as características do Rio de Janeiro no período da chegada da Família Real Portuguesa;
Compreender as transformações ocasionadas pela transferência da corte para o Brasil;
Analisar os interesses da Inglaterra na transferência da corte portuguesa para o Brasil;
Compreender aspectos históricos por meio da observação de obras de arte da interpretação de textos.

Antes dar início às Etapas consulte a aba Para Saber Mais

1ª Etapa: Introdução ao Tema

Professor, você pode iniciar o tema partindo do contexto europeu, mais precisamente do Bloqueio Continental, instituído por Napoleão na Europa, em 1806, e que obrigou os países europeus a se posicionarem contra a Inglaterra, a “rainha dos mares”, sob a ameaça de terem seus territórios invadidos pelos exércitos napoleônicos. Foi nesse contexto que a Família Real Portuguesa decidiu transferir-se para a América, quando se iniciou o período de grande influência dos interesses ingleses na economia brasileira.  Em seguida, retome as características do Brasil colonial, especialmente pontuando os aspectos sociais, as relações de trabalho e os aspectos econômicos no período.

2ª Etapa: Exploração da Atividade Interativa

Peça para que os alunos acessem a atividade interativa “Vinda da Familia Real” disponivel no NET Educação (material de apoio). Por meio da exploração do objeto, os estudantes poderão entender os motivos que levaram à decisão da transferência da corte para o Rio de Janeiro, bem como observar o impacto que a vinda de mais de 10 mil pessoas teve na rotina da cidade. Faça-os notar que, no objeto, vai-se delinenando uma transformação das relações entre a metrópole e a colônia, na medida em que surge, na América, o aparato burocrático necessário a uma capital de Império, como a criação da Imprensa Régia e do Banco do Brasil.

Ainda na Exploração do Objeto, é possível ver que a abertura dos portos foi um ato de grande importância, que beneficiou enormemente o Brasil pelo rompimento momentâneo do Pacto Colonial, mas atendeu sobretudo aos interesses ingleses, tema da 3ª etapa deste plano de aula.

3ª Etapa: Interpretando os Textos

Professor, o exercício proposto é a interpretação de texto que poderá ser feita tanto individualmente como em duplas. A intenção é que os estudantes tenham a oportunidade de refletir sobre algumas causas que levaram o Brasil a não se industrializar com a vinda da corte, e que condicionou a sua manutenção enquanto exportador de matéria prima dependente da demanda europeia, sendo este um dos motivos dos entraves ao nosso desenvolvimento. O texto proposto é do historiador Boris Fausto:

“A escalada inglesa pelo controle do mercado colonial brasileiro culminou no Tratado de Navegação e Comércio assinado após longas negociações em fevereiro de 1810. (…). A tarifa a ser paga sobre as mercadorias inglesas exportadas para o Brasil foi fixada em apenas 15% de seu valor, pelo Tratado de 1810. Com isso, os produtos ingleses ficaram em vantagem até com relação aos portugueses. (…) Sem proteção tarifária, as mercadorias de um país atrasado, como se tornara Portugal, no âmbito do capitalismo europeu, não tinham condições de competir em preço e variedade com os produtos ingleses. Os propósitos industrializantes das primeiras iniciativas de Dom João tornaram-se também, com raras exceções, letra morta.”

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 6ª Edição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: FDE, 1999. p. 124.

A reflexão pode ser encaminhada a partir de um debate livre, ou de questões como:

1. De que maneira a Inglaterra controlou o mercado colonial brasileiro?

2. O que representa o fato da tarifa aos produtos ingleses ser até mais baixa do que a aplicada aos produtos portugueses?

3. Por que esta baixa tarifa atrapalhou o desenvolvimento da indústria no Brasil?

4. Pesquise alguns motivos que levaram países como o Brasil, que eram monocultores de exportação, a um desenvolvimento econômico menos intenso.

4ª Etapa: Fechamento

Para concluir a atividade, solicite aos alunos que se dividam em grupos  para analisarem as duas imagens abaixo, solicitando que anotem as observações sobre as transformações sociais, arquitetônicas e tecnológicas entre duas realidades separadas por menos de um século. Uma vez feitas as anotações, estas podem ser compartilhadas e debatidas por todos, ou ainda pode-se organizar um mural com o material produzido pelos grupos, e o debate se dará em torno da leitura dos resultados encontrados pelos grupos.



1830, pintura de Rugendas





1905, verso da nota de 100 cruzados

Materiais Relacionados

Para tomar contato com o tema, ou mesmo utilizar como recurso em sala de aula, sugerimos os conteúdos disponíveis nos seguintes links:

Introdução ao tema da transferência da corte para o Brasil (causas):
http://200anos.fazenda.gov.br/a-vinda-da-familia-real-ao-brasil

Período Joanino no Brasil:
http://www.brasilescola.com/historiab/dom_joao.htm

O Brasil a caminho da Emancipação Política:
http://www.culturabrasil.pro.br/encaminhamentoemancipacao.htm

A Vinda da Família Real ao Brasil em 1808
http://www.historiamais.com/familia_real.htm

A Expansão Napoleônica, o Bloqueio Continental e a Fuga da Família Real para o Brasil
http://www.culturabrasil.org/vindafamiliareal.htm.

Realização: Instituto Paramitas.

Arquivos anexados

  1. Vinda da Família Real: Cultura e Sociedade na Capital do Império

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