Conteúdos

Mia Couto
Terra Sonâmbula
Moçambique

Objetivos

Conhecer o escritor Mia Couto;

Conhecer o romance Terra Sonâmbula;
Analisar a construção da narrativa de Kindzu;
Reconhecer a escrita como registro da memória e construção identitária.
 

1ª Etapa: Mia Couto e Moçambique

Inicie a aula com uma roda de conversa sobre Mia Couto e Moçambique. Converse com os alunos sobre a necessidade de conhecer Moçambique para realizar a leitura de Terra Sonâmbula, Mia Couto “traz para seu espaço escritural outras linguagens como o mito, a máxima, os provérbios, os neologismos, criando uma nova cultura em português” (FONSECA; CURY, 2008, p. 14). O autor apresenta uma narrativa entremeada de vozes de um país em busca de uma identidade nacional, depois de anos de devastação da guerra.

 

O cenário de Moçambique, um país devastado pela guerra civil contra o  domínio português, entre 1965 a 1975, é o pano de fundo para a história deste livro.  Após a independência, iniciam-se as disputas internas entre os partidos RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana) e FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), e somente em 1992 foi assinado o Acordo Geral de Paz entre os dois grupos.

 

Apresente aos alunos o vídeo “O mundo segundo os brasileiros: Maputo (Moçambique) ” – veja o link 1 na Seção “Para organizar o trabalho e saber mais” – para que eles conheçam aspectos culturais e geográficos. Peça para que anotem o que mais chamou sua atenção deles.

 

Apresente o autor, Antônio Emilio Leite Couto, Mia Couto, nascido na Cidade da Beira, província de Sofala, Moçambique, a 5 de julho de 1955. É biólogo e trabalhou como jornalista. Seu pai era poeta e Mia Couto nunca abandonou a poesia, pois suas narrativas unem a poesia e a prosa. É um autor engajado nas mudanças de seu país, fez parte da FRELIMO. Escreveu mais de 15 livros, sendo que só o primeiro foi de poemas, Raiz de orvalho (1983) ganhou vários prêmios com Terra Sonâmbula (1993), entre eles o Prêmio Camões em 2013.  Mostre também aos alunos uma entrevista realizada com o autor pela Revista Nova Escola, (Link 9). Monte com os alunos um painel informativo sobre Moçambique (veja o link na Seção Saiba Mais) e sobre o autor.

 

2ª Etapa: As narrativas que se encontram

Inicie a atividade com os alunos em círculo e faça a leitura compartilhada do início do primeiro capítulo:

 

A ESTRADA MORTA

 

Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte.

 

A estrada que agora se abre a nossos olhos não se entrecruza com outra nenhuma. Está mais deitada que os séculos, suportando sozinha toda a distância. Pelas bermas apodrecem carros incendiados, restos de pilhagens. Na savana em volta, apenas os embondeiros contemplam o mundo a desflorir.

 

Um velho e um miúdo vão seguindo pela estrada. Andam bambolentos como se caminhar fosse seu único serviço desde que nasceram. Vão para lá de nenhuma parte, dando o vindo por não ido, à espera do adiante. Fogem da guerra, dessa guerra que contaminara toda a sua terra. Vão na ilusão de, mais além, haver um refúgio tranquilo. Avançam descalços, suas vestes têm a mesma cor do caminho. O velho se chama Tuahir. É magro, parece ter perdido toda a substância. O jovem se chama Muidinga. Caminha à frente desde que saíra do campo de refugiados. Se nota nele um leve coxear, uma perna demorando mais que o passo. Vestígio da doença que, ainda há pouco, o arrastara quase até à morte. Quem o recolhera fora o velho Tuahir, quando todos outros o haviam abandonado. O menino estava já sem estado, os ranhos lhe saíam não do nariz mas de toda a cabeça. O velho teve que lhe ensinar todos os inícios: andar, falar, pensar. Muidinga se meninou outra vez. Esta segunda infância, porém, fora apressada pelos ditados da sobrevivência. Quando iniciaram a viagem já ele se acostumava de cantar, dando vaga a distraídas brincriações. No convívio com a solidão, porém, o canto acabou por migrar de si. Os dois caminheiros condiziam com a estrada, murchos e desesperançados.

 

Após a leitura,  verifique se há dúvidas quanto ao vocabulário, converse com os alunos sobre a escrita de Mia Couto, um criador de neologismos e também um poeta que apresenta metáforas ligadas ao chão, à terra. Peça para que voltem ao texto e tentem reconhecer neologismos e a personificação da estrada, o paradoxo de uma estrada que vai à nenhuma parte, vindo de lugar nenhum também. 

 

Na sequência, peça para que  observem como as personagens principais são apresentadas no 2º parágrafo. Como é Tuahir? E Muidinga?  

 

Retome com os alunos a visão devastada do país, num lugar em que a paisagem “se mestiçara de tristeza”, “o céu se torna impossível”. A princípio temos uma visão de um lugar totalmente desesperançado, para aonde vão essas pessoas? Apenas buscam sobreviver? Continue a leitura deste capítulo:

 

“Muidinga e Tuahir param agora frente a um autocarro queimado. Discutem, discordando-se. O jovem lança o saco no chão, acordando poeira. O velho ralha:

 

– Estou-lhe a dizer, miúdo: vamos instalar casa aqui mesmo.

 

– Mas aqui? Num machimbombo todo incendiado?

 

– Você não sabe nada, miúdo. O que já está queimado não volta a arder.

 

Muidinga não ganha convencimento. Olha a planície, tudo parece desmaiado. Naquele território, tão despido de brilho, ter razão é algo que já não dá vontade. Por isso ele não insiste. Roda à volta do machimbombo. O veículo se despistara, ficara meio atravessado na rodovia. A dianteira estava amassada de encontro a um imenso embondeiro. Muidinga se encosta ao tronco da árvore e pergunta: 

 

– Mas na estrada não é mais perigoso, Tuahir? Não é melhor esconder no mato?

 

– Nada. Aqui podemos ver os passantes. Está-me compreender?

 

– Você sempre sabe, Tuahir.

 

– Não vale a pena queixar. Culpa é sua: não é você que quer procurar seus pais?

 

– Quero. Mas na estrada quem passa são os bandos.

 

– Os bandos se vierem, nós fingimos que estamos mortos. Faz conta falecemos junto com o machimbombo.

 

Entram no autocarro. O corredor e os bancos estão ainda cobertos de corpos carbonizados. Muidinga se recusa a entrar. O velho avança pelo corredor, vai espreitando os cantos da viatura.

 

– Estes arderam bem. Veja como todos ficaram pequenitos. Parece o fogo gosta de nos ver crianças.

 

Tuahir se instala no banco traseiro, onde o fogo não chegara. O miúdo continua receoso, hesitando entrar. O velho encoraja:

 

– Venha, são mortos limpos pelas chamas.

 

Muidinga vai avançando, pisando com mil cautelas. Aquele recinto está contaminado pela morte. Seriam precisas mil cerimónias para purificar o autocarro.

 

– Não faça essa cara, miúdo. Os falecidos se ofendem se lhes mostramos nojo. 

 

Muidinga arruma o saco num banco. Senta-se e observa o recanto conservado. Há tecto, assentos, encostos. O velho, impávido, já se deitou a repousar. De olhos fechados, espreguiça a voz: 

 

– Sabe bem uma sombrinha assim. Não descanso desde que fugimos do campo. Você não quer sombrear?

 

– Tuahir, vamos tirar esses corpos daqui. 

 

– E porquê? Cheiram-lhe mal?

 

O miúdo não responde logo. Está virado para a janela quebrada. O velho insiste que descanse. Desde que saíram do campo de deslocados eles não tinham tido pausa. Muidinga permanece de costas viradas. Se escuta apenas o seu respirar, quase resvalando em soluço. Então, ele repete a sussurrante súplica: que se limpe aquele refúgio.

 

– Lhe peço, tio Tuahir. É que estou farto de viver entre mortos.

 

O velho se apressa a emendar: não sou seu tio! E ameaça: o moço que não abuse familiaridades. Mas aquele tratamento é só a maneira da tradição, argumenta Muidinga. 

 

– Em você não gosto.

 

– Não lhe chamo nunca mais.

 

– E me diga: você quer encontrar seus pais porquê?

 

– Já expliquei tantas vezes.

 

– Desconsigo de entender. Vou-lhe contar uma coisa: seus pais não lhe vão querer ver nem vivo.

 

– Porquê?

 

– Em tempos de guerra filhos são um peso que trapalha maningue.

 

Saem a enterrar os cadáveres. Não vão longe. Abrem uma única campa para poupar esforço. No caminho do regresso encontram mais um corpo. Jazia junto à berma, virado de costas. Não estava queimado. Tinha sido morto a tiro. A camisa estava empapada em sangue, nem se notava a original cor. Junto dele estava uma mala, fechada, intacta. Tuahir sacode o morto com o pé. Revista-lhe os bolsos, em vão: alguém já os tinha vazado.

 

– Eh pá, este gajo não cheira. Atacaram o machimbombo há pouco tempo.

 

O miúdo estremece. A tragédia, afinal, é mais recente que ele pensava. Os espíritos dos falecidos ainda por ali pairavam. Mas Tuahir parece alheio à vizinhança. Enterram o último cadáver. O rosto dele nunca chega a ser visto: arrastaram-no assim mesmo, os dentes charruando a terra. Depois de fecharem o buraco, o velho puxa a mala para dentro do autocarro. Tuahir tenta abrir o achado, não é capaz. Convoca a ajuda de Muidinga:

 

– Abre, vamos ver o que está dentro.

 

Forçam o fecho, apressados. No interior da mala estão roupas, uma caixa com comidas. Por cima de tudo estão espalhados cadernos escolares, gatafunhados com letras incertas. O velho carrega a caixa com mantimentos. Muidinga inspecciona os papéis.

 

– Veja, Tuahir. São cartas.”

Converse com os alunos sobre a história de Muidinga, o menino que foi salvo pelo velho, que não o deixa chamar de pai. Conte a eles que neste momento uma outra história se inicia. História que se entrecruzará com a deles. E a partir deste momento passamos a ter um capítulo da história de Muidinga e Tuahir e um sobre os cadernos de Kindzu.

 

3ª Etapa: Outra história se abre

Inicie a aula com os alunos em círculo e faça a leitura compartilhada do início do primeiro caderno de Kindzu

 

“Quero pôr os tempos, em sua mansa ordem, conforme esperas e sofrências. Mas as lembranças desobedecem, entre a vontade de serem nada e o gosto de me roubarem do presente. Acendo a estória, me apago a mim. No fim destes escritos, serei de novo uma sombra sem voz.

 

Sou chamado de Kindzu. É o nome que se dá às palmeiras mindinhas, essas que se curvam juntos às praias. Quem não lhes conhece, arrependidas de terem crescido, saudadas do rente chão? Meu pai me escolheu para esse nome, homenagem à sua única preferência: beber sura, o vinho das palmeiras. Assim era o velho Taímo, solitário pescador. Primeiro, ele ainda esperava que o tempo trabalhasse a bebida, dedicado nos proibidos serviços de fermentar e alambicar. Depois, nem isso: simplesmente cortava os rebentos as gotas do pintar na concha dos lábios. Daquele modo, nenhum cipaio lhe apertaria os engasganetes: ele nunca destilava sura. Vida boa, aconselhava ele, é chupar manga sem descascar o fruto.

 

Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos. As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. Nenhuma narração tinha fim, o sono lhe apagava a boca antes do desfecho. […]”

 

Peça para os meninos compararem a descrição dos meninos Muidinga e Kindzu. Verifique se eles notaram que um busca saber sobre seu pai, enquanto o outro nos conta de um pai que lhe dá o nome em homenagem às palmeiras, já que gostava muito de beber.  

 

Apresente para os alunos a parte 2 do Clube de Leitura da Unisinos (link 6). Verifique se eles entendem a ideia apresentada pela professora Eliana Pritsch de que Muidinga é uma metonímia de Moçambique, pois ambos estão em busca de uma identidade. O menino busca encontrar suas raízes e Moçambique, sua identidade depois de anos sendo devastado pela guerra.

 

Chame a atenção para o fato de o menino ser o contador das histórias de Kindzu e o velho seu ouvinte. Destaque que os papeis aqui se invertem, já que, na tradição africana, os mais velhos é que ensinam os mais novos. Parece que se abre um olhar para a construção do país, que precisa do novo para encontrar sua identidade depois de anos de devastação.

 

4ª Etapa: A escrita e a construção da identidade

Inicie a atividade fazendo a leitura compartilhada de mais um trecho do capítulo 2:

 

“Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. Como dormia fora, nem dávamos conta. Minha mãe, manhã seguinte, é que nos convocava:

 

– Venham: papá teve um sonho!

 

E nos juntávamos, todos completos, para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas. Taímo recebia notícias do futuro por via dos antepassados. Dizia tantas previsões que nem havia tempo de provar nenhuma. Eu me perguntava sobre a verdade daquelas visões do velho, estorinhador como ele era.

 

– Nem duvidem, avisava mamã, suspeitando-nos.

 

E assim seguia nossa criancice, tempos afora. Nesses anos ainda tudo tinha sentido: a razão deste mundo estava num outro mundo inexplicável. Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. Recordo meu pai nos chamar um dia. Parecia mais uma dessas reuniões em que ele lembrava as cores e os tamanhos de seus sonhos. Mas não. Dessa vez, o velho se gravatara, fato e sapato com sola. A sua voz não variava em delírios. Anunciava um facto: a Idependência do país. Nessa altura, nós nem sabíamos o verdadeiro significado daquele anúncio. Mas havia na voz do velho uma emoção funda, parecia estar ali a consumação de todos os sonhos. Chamou minha mãe e, tocando sua barriga redonda como lua cheia, disse:

 

– Esta criança há-de-ser chamada de Vinticinco de Junho. 

 

Vinticinco de Junho era nome demasiado. Afinal, o menino ficou sendo só Junho. Ou de maneira mais mindinha: Junhito. Minha mãe não mais teve filhos. Junhito foi o último habitante daquele ventre.

 

O tempo passeava com mansas lentidões quando chegou a guerra. Meu pai dizia que era confusão vinda de fora, trazida por aqueles que tinham perdido seus privilégios. No princípio, só escutávamos as vagas novidades, acontecidas no longe. Depois, os tiroteios foram chegando mais perto e o sangue foi enchendo nossos medos. A guerra é uma cobra que usa os nossos próprios dentes para nos morder. Seu veneno circulava agora em todos os rios da nossa alma. De dia já não saíamos, de noite não sonhávamos. O sonho é o olho da vida. Nós estávamos cegos. Aos poucos, eu sentia a nossa família quebrar-se como um pote lançado no chão. Ali onde eu sempre tinha encontrado meu refúgio já não restava nada.[…]”

 

Converse com os alunos sobre o folclore e o mundo de histórias fantásticas que percorrem a história, tanto a volta dos mortos para cuidar de suas terras, como também as superstições que deveriam ser seguidas sob a pena dos castigos contra os viventes. 

 

Retome com os meninos o momento solene em que o pai conta para a família sobre a revolução, e homenageia a data, colocando o nome do irmão de Kindzu de Vinticinco de Junho. A independência traz os sonhos do pai do menino? O que eles percebem que acontece?

 

Chame a atenção para a metáfora “A guerra é uma cobra que usa os nossos próprios dentes para nos morder”. Peça para que comentem o que entenderam sobre ela. Verifique se eles percebem que a guerra agora não era mais contra o inimigo branco (os portugueses), mas entre os próprios moçambicanos.

 

Apresente mais um trecho do programa da Rádio Unisinos e verifique se os alunos compreendem o uso de uma linguagem da oralidade durante a narração do menino Kindzu. Além disso, no decorrer da leitura, chame a atenção para os elementos folclóricos que aparecem e colocam, às vezes, o leitor em dúvida de fato aquilo aconteceu ou não.

 

Conte aos alunos que Kindzu, assim como Muidinga, está em busca de uma identidade, de uma nova identidade, a de um guerreiro que ajudará no retorno da paz em seu país.

 

5ª Etapa: Fechamento

Inicie a aula lendo o último capítulo com os alunos. Converse com eles sobre o entendimento do final da história, em que as narrativas se encontram. Apresente o último bloco do programa da Rádio Unisinos e leia com eles a análise de Mariana Rabello (link disponível na Seção Saiba Mais):

 

“Os cadernos carregam, portanto, um significado mágico e iniciático. São capazes de estabelecer um vínculo entre o presente e o passado e de ligar a trajetória do menino aos mais velhos, isto é, aos homens e as mulheres de outras gerações, que já contaram suas histórias e depositaram seu saber nesses mesmos cadernos. Thuair já havia anunciado que “os escritos de Kindzu traziam ao jovem uma memória emprestada sobre esses impossíveis dias”. (p.126). A aquisição dessa memória resgata o menino e o velho da solidão tão marcante daquele tempo. Assim, Muidinga pôde fabricar seu passado e compreender que a identidade não se recebe única e passivamente no dia do nascimento, mas é algo que o indivíduo deve construir ao longo de sua vida. Esse processo, levado a cabo de maneira vacilante, é um movimento que não só o menino, mas também Kindzu, enfrenta no decurso da narrativa.”

 

Peça para que produzam uma resenha crítica (link 8), utilizando as informações contidas no painel que produziram na primeira etapa. Organize um mural com as resenhas.

 

Materiais Relacionados

1. Para conhecer vida e obra de Mia Couto, acesse o site do autor 

 
2. Para conhecer mais sobre Maputo, Moçambique, acesse 
 
3. Para saber mais sobre Moçambique, acesse 
 
4. Para assistir ao filme Terra Sonâmbula, acesse 
 
5. Para ler o artigo sobre o livro Terra Sonâmbula, acesse 
 
6. Para assistir a um Clube de Leitura sobre o livro Terra Sonâmbula, acesse 
 
7. RABELLO, Mariana Clark Peres. A construção da identidade em Terra Sonâmbula. Artigo publicado em CESPUC.
 
8. Para saber mais sobre como produzir uma resenha crítica, acesse o link 
 
9. Entrevista de Mia Couto para a Revista Nova Escola 
 

Arquivos anexados

  1. Terra Sonâmbula – Mia Couto

Tags relacionadas

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Receba NossasNovidades

Receba NossasNovidades

Assine gratuitamente a nossa newsletter e receba todas as novidades sobre os projetos e ações do Instituto Claro.