Conteúdos
– Processos históricos da conquista de independência dos países africanos
– Pan-Africanismo e literatura
– Relação entre a literatura africana de língua portuguesa e a literatura brasileira modernista
Objetivos
– Conhecer os países do PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
– Compreender a literatura e língua portuguesa como processo de afirmação de identidade étnica e africana
– Entender a cultura e a literatura como instrumentos de divulgação de ideias e unidade dos processos de independência dos países africanos de língua portuguesa
1ª Etapa: Início de conversa - contexto histórico
– A afirmação da identidade africana
O neocolonialismo e o domínio europeu sobre a África tiveram aspectos não só econômicos e políticos, como, também, culturais. A imposição da língua do colonizador como língua oficial, a proibição da realização de cultos e religiões oficiais e a ideia propagada na Europa de um continente não civilizado, dominado por tribos e animais, estão entre os exemplos. Embora opressora, essa visão construída do continente africano, por parte das potências europeias, foi centro de partida da constituição de uma identidade africana contra hegemônica, pan-africana e negra que, do ponto de vista cultural, acabou se impondo e auxiliando na luta pelas suas independências.
Um dos aspectos que fundamentou o domínio europeu sobre o continente foi o Darwinismo Social. Essa teoria aplicava a ideia de evolução das espécies, elaborada por Charles Darwin, à evolução política, cultural e étnica das sociedades. De acordo com ela, o fato de os países africanos terem uma tradição distinta dos países ocidentais e brancos – como religiões politeístas, língua própria e uma forma de transmissão de conhecimento e história baseada na oralidade e não na escrita – fazia com que estivessem “atrasados” em relação aos europeus. Cabia então, aos países europeus, levarem a “civilização” aos países africanos, através de implantação de indústrias, do trabalho assalariado e da religião católica. Após a Segunda Guerra Mundial, e com a fundação da ONU, as cobranças em relação ao “auxílio” aos países dominados aumentaram e, em muitos países, alguns africanos oriundos de elites locais foram estudar na Europa. Essa concessão, dada para pouquíssimos grupos, acabou por auxiliar na formação fora do continente de um grupo de africanos que se identificaram com as ideias pan-africanas, de unidade de África e dos negros em todo o mundo.
Os africanos saídos de seus países de origem para a Europa, deixavam de ter identidade local, sendo resumidos em território estrangeiro simplesmente como negros ou africanos. Essa identidade, dada pelo colonizador, acabou assumida pelos africanos e reforçada em uma autoafirmação africana que se contrapõe à identidade branca e ocidental. O Congresso Pan-Africano de Manchester, em 1945, reforçou a necessidade de unidade africana, de socialismo para combater o capital e de emancipação política da região. Ao retornarem aos seus países, aqueles que participaram dos Congressos e das discussões pan-africanas, foram responsáveis pelos processos de independência, em conjunto com as organizações que já se desenvolviam em cada país.
– Pequeno resumo da colonização portuguesa
Os países africanos de língua portuguesa são Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe. Em todos eles, a literatura e a imprensa constituíram ferramentas para a emancipação política da região.
Convém destacar que a colonização portuguesa na África tem características próprias em relação à colonização das outras potências. Em primeiro lugar, foi a dominação mais duradoura – enquanto os países de colonização britânica ou francesa conquistaram sua independência na década de 1950 e 1960, os países colonizados por Portugal somente a atingiram nos anos de 1970. Portugal era dirigido por um governo autoritário de características fascistas – o Estado Novo Português. Esse governo, chefiado por António de Oliveira Salazar, ficou no poder de 1933 a 1974, sendo derrubado pelo próprio exército português, que havia ido à África lutar contra os insurgentes, mas que acabou sendo influenciado pelos mesmos a derrubar seu próprio governo, em um episódio conhecido como Revolução dos Cravos.
Portugal já estava presente nos países africanos desde o século XVI, quando foi um dos principais fomentadores da escravidão. Sua exploração na região se baseava em uma administração indireta na qual diversos líderes regionais exerciam um poder aliado à metrópole enquanto a Igreja Católica se encarregava do processo de educação. Durante o século XX, o trabalho forçado predominou nos países colonizados por Portugal e uma porcentagem ínfima da população nativa tinha direitos políticos e sociais enquanto, do outro lado, uma parcela imensa respondia ao Estatuto do Indigenato, sistema de leis exclusivo aos nativos que suprimia grande parte de seus direitos civis e impunha deveres, como migração forçada e trabalho compulsório.
Em relação aos países colonizados por outras potências europeias, os países do PALOP foram os que tiveram as guerras de independência mais violentas e duradouras. Por estar, a metrópole, sob domínio de um ditador e por não ser exatamente uma potência, Portugal não abriu mão de seus domínios, já que era extremamente depende dos lucros e recursos que extraía desses. Diante de negativas de acordo para uma independência pacífica, foi adotada a tática da guerrilha prolongada, que vinha do interior dos países para a capital, como elemento de luta pela emancipação política. De encontro com o contexto da Guerra Fria, esses países tiveram auxílio da China, URSS e de Cuba, países que lhes deram armamentos, auxiliariam na questão da organização estratégica e forneceram homens para o exército e asilo político quando necessário.
Nesse contexto, a literatura representou um espaço privilegiado de disputa em um local que havia passado por transformações sociais, econômicas e fronteiriças. Apesar de todo o processo de opressão, nos países africanos de língua portuguesa, formou-se uma elite literária que se afirmou em diferentes gêneros de escrita, mas sempre com temáticas em comum: política, opressão, história e questões sociais. Aliando arte e cultura, a literatura ajudou a reescrever a própria história do continente que fora negada pelos colonizadores sob a égide da exploração.
– A literatura africana de língua portuguesa e o modernismo brasileiro: diálogos e influências
É preciso estabelecer que a literatura modernista no Brasil tinha um programa político e ideológico, por isso cabe a comparação entre ela e a literatura africana de língua portuguesa que se utilizou de ideias parecidas para estabelecer suas características próprias.
No Brasil, o modernismo aparece num momento de afirmação e construção da cultura e características nacionais. A Semana de Arte de 1922, vale lembrar, ocorre menos de trinta anos depois da Proclamação da República, em 1889. O país passava por uma tentativa de encontro da identidade nacional pelo uso ousado da língua e pelo registro nas artes visuais e escritas das características étnicas e culturais, tipicamente brasileiras, principalmente do aspecto camponês e operário que permaneciam esquecidos pela propaganda ideológica sobre a construção da nação.
A literatura africana de língua portuguesa apropriou-se desse programa político, colocado pelo modernismo a partir dos anos 1930, em um momento que toda a África passava por um ressurgimento dos nacionalismos, fator que ganhou força após a Segunda Guerra Mundial – conflito no qual a África foi palco de lutas, forneceu homens para os exércitos europeus, bem como esteve ao lado dos Aliados contra o Eixo. Através da língua portuguesa, os poetas do processo emancipatório ressignificaram o “ser africano”, incorporando elementos da linguagem coloquial e das línguas nativas na busca por uma identidade nacional.
Cabe mencionar que em diversos países de passado colonial a língua falada por uma grande parte da população é chamada pelos europeus de crioulo. Trata-se de um termo genérico, empregado para denominar a mistura entre a língua do europeu e a língua nativa de cada região, e é usado não só em países africanos, mas também nos países do Caribe. Até hoje essas línguas são chamadas pejorativamente de dialetos e não são reconhecidas com status de língua pelos ex-colonizadores.
Tal qual a modernismo brasileiro, a literatura de resistência africana buscou retratar de modo ficcional a realidade política e social de cada região e se prolongou após as independências nos países que foram travadas guerras civis (caso de Moçambique e Angola).
Baseado em:
MACEDO, Tania Celestino. A presença da Literatura Brasileira na formação dos sistemas literários dos países africanos de língua portuguesa. Dossiê 13: Literatura, História e Política. Revista Via Atlântica, nº 13, 2008. Acesso: 11 de agosto de 2018.
SILVA, Rejane Vecchia da Rocha. Apontamentos do materialismo para uma abordagem crítica das relações entre Literatura e História nos países africanos de Língua Portuguesa. Revista Crioula, nº 09, 2011. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
2ª Etapa: Análise de poemas
Partindo do contexto histórico, descrito no item anterior, o(a) professor(a) poderá realizar a análise de alguns poemas com seus alunos. Cabe ao(à) professor(a) o critério de como organizar melhor seu trabalho. Sugere-se dividir os alunos em grupos, cada um com uma fonte diferente para proceder uma análise, que pode ser escrita e entregue ao(à) professor(a) ou, ainda, o(a) próprio(a) professor(a) poderá realizar uma análise coletiva dos poemas.
– Alguns aspectos que podem ser levantados na análise:
a) As características literárias: o uso da língua; a métrica; as inovações; etc.;
b) A temática empregada nos poemas;
c) O país e suas características de independência e organização política;
d) A biografia do poeta em questão;
e) Caráter da publicação onde se localiza originalmente o poema: onde circulava; quem escrevia; pra quem era direcionada; quais seus objetivos; período da publicação.
– Algumas sugestões de poemas/autores:
1) Oswaldo Alcântara – Cabo Verde
Itinerário para pasárgada
Osvaldo Alcântara
(Baltasar Lopes)
Saudade fina de Pasárgada…
Em Pasárgada eu saberia
onde é que Deus tinha depositado
o meu destino…
E na altura em que tudo morre…
(cavalinhos de Nosso Senhor correm no céu;
a vizinha acalenta o sono do filho rezingão;
Tói Mulato foge a bordo de um vapor;
o comerciante tirou a menina de casa;
os mocinhos de minha rua cantam:
Indo eu, indo eu
a caminho de Viseu…)
Na hora em que tudo morre,
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.
Análise do poema Itinerário para pasárgada. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
2) Agostinho Neto – Angola
Adeus à hora da largada
Agostinho Neto
Minha Mãe
(todas as mães negras
cujos filhos partiram)
tu me ensinaste a esperar
como esperaste nas horas difíceis
Mas a vida
matou em mim essa mística esperança
Eu já não espero
sou aquele por quem se espera
Sou eu minha Mãe
a esperança somos nós
os teus filhos
partidos para uma fé que alimenta a vida
Hoje
somos as crianças nuas das
sanzalas
do mato
os garotos sem
escola a jogar a bola de trapos
nos areais ao meio-dia
somos nós mesmos
os contratados a queimar vidas nos cafezais
os homens negros ignorantes
que devem respeitar o homem branco
e temer o rico
somos os teus filhos
dos bairros de pretos
além aonde
não chega a luz elétrica
os homens bêbedos a cair
abandonados ao ritmo dum batuque de morte
teus filhos
com fome
com sede
com vergonha de te chamarmos Mãe
com medo de atravessar as ruas
com medo dos homens
nós mesmos
Amanhã
entoaremos hinos à
liberdade
quando comemorarmos
a data da abolição desta escravatura
Nós vamos em busca de luz
os teus filhos Mãe
(todas as mães negras
cujos filhos partiram)
Vão em busca de vida.
Análise do poema Adeus à hora da largada. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
3) Viriato da Cruz – Angola
Sô Santo
(Viriato da Cruz)
Lá vai o sô Santo…
Bengala na mão
Grande corrente de ouro, que sai da lapela
Ao bolso… que não tem um tostão.
Quando sô Santo passa
Gente e mais gente vem à janela
— “Bom dia, padrinho…”
— “Olá…”
— “Beça, cumpadre…”
— “Como está?…”
— “Bom-om di-ia sô Santo!…”
— “Olá, Povo!…”
Mas por que é saudado em coro?
Porque tem muitos afilhados?
Porque tem corrente de ouro
A enfeitar sua pobreza?…
Não me responde, avó Naxa?
— “Sô Santo teve riqueza…
dono de musseques e mais musseques…
Padrinho de moleques e mais moleques…
Macho de amantes e mais amantes,
Beça-nganas bonitas
Que cantam pelas rebitas:
“Muari-ngana Santo
dim-dom
ual’o banda ó calaçala
dim-dom
chaluto mu muzumbo
dim-dom
Sô Santo…
Banquetes p’ra gentes desconhecidas
Noivado da filha durando semanas
Kitoto e batuque prò povo cá fora
Champanha, ‘ngaieta tocando lá dentro…
Garganta cansando:
“Coma e arrebenta
e o que sobrar vai no mar…
“Hum-hum
Mas deixa…
Quando o sô Santo morrer,
Vamos chamar um kimbanda
Para ‘Ngombo nos dizer
Se a sua grande desgraça
Foi desamparo de Sandu
Ou se é já própria da Raça…”
Lá vai…
descendo a calçada,
A mesma calçada que outrora subia,
Cigarro apagado,
Bengala na mão…
… Se ele é o símbolo da Raça
ou vingança de Sandu…
Análise do poema Sô Santo. Acesso em: 13 de agosto de 2018.
4) Amílcar Cabral – Guiné-Bissau
Naus sem rumo
Dispersas,
emersas,
sozinhas sôbre o Oceano …
Sequiosas,
rochosas,
pedaços do Africano,
do negro continente,
as engeitadas filhas,
nossas ilhas,
navegam tristemente …
Qual naus da antiguidade,
qual naus
do velho Portugal,
aquelas que as entradas
do imenso mar abriram …
As naus
que as nossas descobriram.
Ao vento, à tempestade,
navegam
de Cabo Verde as ilhas,
as filhas
do ingente
e negro continente …
São dez as caravelas
em busca do Infinito …
São dez as caravelas,
sem velas,
em busca do Infinito …
A tempestade e ao vento,
caminham …
navegam mansamente
as ilhas,
as filhas
do negro continente …
– Onde ides naus da Fome,
da Morna,
do Sonho,
e da Desgraça? …
– Onde ides? …
Sem rumo e sem ter fito,
Sozinhas,
dispersas,
emersas,
nós vamos,
sonhando,
sofrendo,
em busca do Infinito! …
Poema Naus sem rumo. Acesso em: 13 de agosto de 2018.
5) Noémia de Sousa – Moçambique
Súplica
(Noémia de Sousa)
Tirem-nos tudo,
mas deixem-nos a música!
Tirem-nos a terra em que nascemos,
onde crescemos
e onde descobrimos pela primeira vez
que o mundo é assim:
um labirinto de xadrez…
Tirem-nos a luz do sol que nos aquece,
a tua lírica de xingombela
nas noites mulatas
da selva moçambicana
(essa lua que nos semeou no coração
a poesia que encontramos na vida)
tirem-nos a palhota ̶ humilde cubata
onde vivemos e amamos,
tirem-nos a machamba que nos dá o pão,
tirem-nos o calor de lume
(que nos é quase tudo)
̶ Mas não nos tirem a música!
Podem desterrar-nos,
levar-nos
para longes terras,
vender-nos como mercadoria,
acorrentar-nos
à terra, do sol à lua e da lua ao sol,
mas seremos sempre livres
se nos deixarem a música!
Que onde estiver nossa canção
mesmo escravos, senhores seremos;
e mesmo mortos, viveremos.
E no nosso lamento escravo
estará a terra onde nascemos,
a luz do nosso sol,
a lua dos xingombelas,
o calor do lume,
a palhota onde vivemos,
a machamba que nos dá o pão!
E tudo será novamente nosso,
ainda que cadeias nos pés
e azorrague no dorso…
E o nosso queixume
será uma libertação
derramada em nosso canto!
̶ Por isso pedimos,
de joelhos pedimos:
Tirem-nos tudo…
mas não nos tirem a vida,
não nos levem a música!
Poema Súplica. Acesso em: 12 de agosto de 2018.
Obs.: Para mais poemas, o site de Antônio Miranda é uma boa referência. O(A) professor(a) deve somente prestar atenção nas datas de publicação dos poemas, pois alguns são do período de independência e outros são do período das Guerras Civis, caso de Mia Couto, por exemplo. Acesso em: 12 de agosto de 2018.
3ª Etapa: Pesquisa
– Essa etapa do trabalho pode ser feita na sala de informática, na biblioteca ou em casa.
1) A partir da seleção anterior, o(a) professor(a) poderá dividir a sala em duplas ou grupos.
Propostas:
a) O(A) professor(a) poderá entregar um país para cada dupla ou grupo e solicitar que pesquisem a história da independência desse país e os principais poetas desse processo. Exemplos de poesia poderão ser expostos pelos alunos em sala de aula.
b) O(A) professor(a) poderá distribuir para as duplas/grupos os nomes dos poetas que estão listados acima e outros de sua escolha. Cada dupla/grupo deverá fazer uma pesquisa sobre a biografia e outros poemas do autor em questão. A pesquisa e os poemas poderão ser expostos para a sala.
4ª Etapa: Sarau
A partir da atividade feita acima, o(a) professor(a) poderá sugerir a organização de um sarau. As poesias poderão ser apresentadas em grupos, duplas ou individualmente.
É interessante que o(a) professor(a) reserve algumas aulas para a preparação/ensaio dos alunos, assim como organize comes e bebes e decoração para o dia da apresentação.
Materiais Relacionados
1) No site “InfoEscola”, o(a) professor(a) poderá entrar em contato com uma pequena descrição dos países falantes de língua portuguesa e um pouco da produção do período: Literatura nos países de língua portuguesa. Acesso em: 11 de agosto de 2018. Poetas Africanos. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
2) No site “Brasil Escola”, é possível ter acesso a um pequeno resumo do pan-africanismo. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
3) Recomenda-se a leitura dos seguintes artigos:
MACEDO, Tania Celestino. A presença da Literatura Brasileira na formação dos sistemas literários dos países africanos de língua portuguesa. Dossiê 13: Literatura, História e Política. Revista Via Atlântica, nº 13, 2008. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
SILVA, Rejane Vecchia da Rocha. Apontamentos do materialismo para uma abordagem crítica das relações entre Literatura e História nos países africanos de Língua Portuguesa. Revista Crioula, nº 09, 2011. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
4) Caso queira ler um pouco mais sobre o processo, o(a) professor(a) poderá consultar alguns livros ou artigos:
CHAVES, Rita. O Passado e Presente na Literatura Africana. Dossie 07: século XX. Revista Via Atlântica, nº 07, 2004. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
DOMINGUES, Petrônio José. Movimento da Negritude: uma breve reconstrução histórica. Mediações: Revista de Ciências Sociais, vol.10, nº 1. Londrina, 2005. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
SANTOS, Rubens Pereira do. A poesia africana de língua portuguesa: compromisso com a negritude. Diálogo com a poesia brasileira. Revista África e Africanidades – Ano 2, nº 06, 2009. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Modernidade, Identidade e Cultura de Fronteira. Tempo Social. Revista de Sociologia da USP, vol. 05, 1994. Acesso em: 11 de agosto de 2018.
SOUSA, Carla Maria Ferreira. Noémia de Sousa: Modulação de uma escrita em turbilhão. Revista África e Africanidades – Ano 1, nº 06, 2008. Acesso em: 11 de agosto de 2018.