Conteúdos

Narrativas Historiográficas;
Idade Média;
Cinema e História.

Objetivos

Estabelecer diálogos entre narrativas historiográficas e fílmicas.

Caro professor, antes de dar sequência às atividades sugeridas neste plano de aula, acesse as abas "Material de Apoio" e "Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais".
 

1ª Etapa: Os Cavaleiros da Távola Redonda

Vocês já ouviram falar na lenda dos “cavaleiros da Távola Redonda”? Lance a questão aos alunos e estimule-os a compartilhar o que conhecem a respeito. Quem eram os “cavaleiros da Távola Redonda”? Eram personagens históricos, homens que existiram de verdade, ou personagens de romance, unicamente de romance? 



Comente com os alunos o seguinte trecho (você pode ler em voz alta, projetar ou distribuir cópias)



De acordo com Jacques Le Goff “Tudo se passa em torno de um rei do século V, do qual não se sabe praticamente nada e que, no entanto, tornou-se o herói mais espetacular da Idade Média: o rei Artur, chefe dos bretões da Grã-Bretanha. Em torno dele, a imaginação dos contadores teceu uma história que conquistou enorme sucesso: a dos doze cavaleiros da Távola Redonda. É uma história que prodigiosamente encantou os homens e as mulheres da Idade Média, entre outras coisas porque é fundada sobre uma rígida igualdade entre os cavaleiros: uma igualdade que é expressa por um achado muito simples: eles se sentam em volta de uma “mesa redonda”, uns ao lado dos outros, sem que exista entre eles a menor hierarquia. Por outro lado, eles concorrem entre si para realizar uma ação de destaque, ou então o feito de maior prestígio para um cavaleiro medieval: cumprir a promessa ligada ao seu compromisso com Deus. E essa promessa era o Santo Graal! (…) De fato, essa sociedade cavalheiresca era também profundamente cristã. A literatura arturiana inventou uma bela história, para que se honrasse a Deus e ao Cristo, seu filho. Talvez seja um pouco difícil para vocês compreenderem isso: na lenda da Távola Redonda, os cavaleiros prestam um serviço “místico”, ou seja, eles estão a serviço de Deus para realizar uma missão divina, misteriosa; estão comprometidos numa aventura que não está limitada a este mundo, que vem de outro mundo, do mundo celeste, ou divino. Foi Deus quem os enviou e prometeu a eles a recompensa. A história logo se tornou “mítica”, ou seja, algo inacreditável mas que, no fundo de nós mesmos, desejamos que seja verdade. Muitos, ainda hoje, gostariam de ser cavaleiros da Távola Redonda, encarregados de encontrar esse objeto misterioso chamado de Santo Graal. (…) Uma taça mágica, uma espécie de cálice no qual a hóstia da comunhão se transforma de verdade no corpo de Deus. Foi assim que a lenda do rei Artur conquistou, na Idade Média – e não apenas na Idade Média – a imaginação dos homens e ainda mais, talvez, das mulheres. É bom lembrar que as ocupações e as proezas dos cavaleiros da Távola Redonda são unicamente ações feitas por homens: os heróis são todos rapazes, porque a sociedade dos cavaleiros é antes de tudo uma sociedade masculina, dominada pelos homens.” (LE GOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos meus filhos. p.30-31.)



Comente também que “existem, de fato, entre os cavaleiros de prestígio, cujas aventuras e façanhas foram narradas, personagens históricos, homens que existiram de verdade, como Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra, morto em 1199.” E que “há também os personagens de romance, unicamente de romance”, como os “cavaleiros da Távola Redonda”. (LE GOFF. p.30).

2ª Etapa: “Monty Python and the Holy Grail"

Com base no diálogo sugerido por Rodrigo Janoni Carvalho entre narrativas historiográficas e fílmicas, exiba “Monty Python and the Holy Grail” aos alunos (link disponível na aba Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais). Comente que “Monty Python and the Holy Grail” aborda a lenda dos “cavaleiros da Távola Redonda” e retrata “aspectos medievais que se relacionam com outros totalmente desconexos daquele contexto”.



Assinale que na análise de um filme de comédia como este, que propositadamente apresenta equívocos e anacronismos, é possível observar, como observa Rodrigo Janoni Carvalho, elementos históricos de uma forma diferenciada. Convide os alunos a observar, portanto, esta relação com aspectos nada conexos com o contexto.

3ª Etapa: Diálogos entre narrativas historiográficas e fílimicas

“Assinalar tais lapsos, bem como suas concordâncias ou discordâncias com a ideologia, ajuda a descobrir”, como observa Marc Ferro, “o que está latente por trás do aparente, o não visível através do visível.” (FERRO, Marc. Cinema e história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p.88)



O diálogo transcrito a seguir exemplifica esta relação com aspectos nada conexos com o contexto. Explore-o com os alunos. Disponível em:  http://www.youtube.com/watch?v=hx00OyzNm5E. 7. Acesso em: 31 dez. 2011.





4ª Etapa: Avaliação

Sugira aos alunos que se organizem em duplas e proponha que selecionem ao menos um diálogo de “Monty Python and the Holy Grail” que exemplifique esta relação com aspectos nada conexos com o texto. Oriente os alunos a terem como base os diálogos sugeridos por Rodrigo Janoni Carvalho em “Cinema e história: a lenda do rei Artur em Monty Python and thr Holy Grail”. Assinalar tais lapsos auxiliará os alunos a descobrir o que está latente por trás do aparente. Como forma de avaliação, proponha a dramatização dos diálogos selecionados.

5ª Etapa: “Monty Python and the Holy Grail"

Com base no diálogo sugerido por Rodrigo Janoni Carvalho entre narrativas historiográficas e fílmicas, exiba “Monty Python and the Holy Grail” aos alunos (link disponível na aba Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais). Comente que “Monty Python and the Holy Grail” aborda a lenda dos “cavaleiros da Távola Redonda” e retrata “aspectos medievais que se relacionam com outros totalmente desconexos daquele contexto”.



Assinale que na análise de um filme de comédia como este, que propositadamente apresenta equívocos e anacronismos, é possível observar, como observa Rodrigo Janoni Carvalho, elementos históricos de uma forma diferenciada. Convide os alunos a observar, portanto, esta relação com aspectos nada conexos com o contexto.

6ª Etapa: Diálogos entre narrativas historiográficas e fílimicas

“Assinalar tais lapsos, bem como suas concordâncias ou discordâncias com a ideologia, ajuda a descobrir”, como observa Marc Ferro, “o que está latente por trás do aparente, o não visível através do visível.” (FERRO, Marc. Cinema e história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p.88)



O diálogo transcrito a seguir exemplifica esta relação com aspectos nada conexos com o contexto. Explore-o com os alunos. Disponível em:  http://www.youtube.com/watch?v=hx00OyzNm5E. 7. Acesso em: 31 dez. 2011.





7ª Etapa: Avaliação

Sugira aos alunos que se organizem em duplas e proponha que selecionem ao menos um diálogo de “Monty Python and the Holy Grail” que exemplifique esta relação com aspectos nada conexos com o texto. Oriente os alunos a terem como base os diálogos sugeridos por Rodrigo Janoni Carvalho em “Cinema e história: a lenda do rei Artur em Monty Python and thr Holy Grail”. Assinalar tais lapsos auxiliará os alunos a descobrir o que está latente por trás do aparente. Como forma de avaliação, proponha a dramatização dos diálogos selecionados.

8ª Etapa: Os Cavaleiros da Távola Redonda

Materiais Relacionados

– Visualize os trechos sugeridos de “A Idade Média explicada aos meus filhos”, de Jacques Le Goff. Acesso em: 24 dez. 2011.

– Leia o diálogo sugerido por Rodrigo Janoni Carvalho entre narrativas historiográficas e fílmicas em “Cinema e história: a lenda do rei Artur em Monty Python and the Holy Grail”. Acesso em: 24 dez. 2011.

– Assista a “Monty Python and the Holy Grail” (Direção de Terry Gilliam e Terry Jones. Inglaterra, 1975.) encontra-se disponível (não legendado) em :  Acesso em: 24 dez. 2011.

– Assista também ao trecho selecionado do filme, (legendado),  que será usado na etapa 3.

Sugira aos alunos a análise dos diálogos nos seguintes trechos do filme (legendados), disponíveis em:

O Cavaleiro Negro (legendado)

Como Identificar uma bruxa

A ponte da morte

A História de Sir Robin

Os Cavaleiros da Távola Redonda

The knights who say "Ni"

Leia também: FERRO, Marc. Cinema e história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Arquivos anexados

  1. Os Cavaleiros da Távola Redonda

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