Conteúdos

Nesta sequência de aulas de geografia para os anos finais do Ensino Fundamental, os alunos aprenderão sobre os terremotos, entendendo sua definição, causas e efeitos. A aula começará com uma explicação sobre o que são terremotos e como eles ocorrem devido ao movimento das placas tectônicas e falhas geológicas.

Objetivos

  • Explicar o que são terremotos e como eles ocorrem;
  • Descrever o papel das placas tectônicas na formação dos terremotos;
  • Entender como a escala Richter mede a intensidade dos terremotos;
  • Analisar as consequências dos terremotos para a sociedade e o meio ambiente; e
  • Discutir medidas de prevenção e planejamento urbano para minimizar os impactos dos terremotos.

Conteúdos / Objetos do conhecimento:

  • Definição e causas dos terremotos;
  • Placas tectônicas e zonas de tensão;
  • Falhas geológicas;
  • Escala Richter e sismógrafos;
  • Impactos dos terremotos; e
  • Estudos e medidas de prevenção e planejamento urbano.

Palavras-chave:

Terremoto. Placa tectônica. Escala Richter.

Previsão para aplicação:

3 aulas de 50 minutos cada.

Proposta de trabalho:

Serão utilizados mapas ilustrativos, para mostrar as placas tectônicas e as zonas de tensão. Além disso, haverá uma simulação prática de um terremoto em pequena escala, para demonstrar o conceito de forma interativa. A aula incluirá discussões em grupo sobre casos reais, como o desastre de Fukushima, bem como debates sobre medidas de prevenção e segurança em áreas propensas a terremotos.

Os alunos realizarão uma pesquisa sobre os maiores terremotos da história e suas consequências, apresentando suas descobertas em um painel coletivo. A avaliação será baseada na participação nas atividades, em um relatório sobre a simulação, na apresentação do painel e em um questionário sobre os principais pontos abordados.

Esta sequência de aulas proporcionará aos alunos uma compreensão aprofundada dos processos geológicos que causam terremotos, seus impactos e a importância do planejamento urbano para mitigar os danos.

1ª Etapa: Aula expositiva

  • Apresentação do conceito de terremoto, causas e efeitos.
  • Explicação sobre placas tectônicas e zonas de tensão, com mapas ilustrativos.
  • Demonstração de um sismógrafo (imagem).
Sismógrafo (Foto: Yamaguchi)

Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kinemetrics_seismograph.jpg

Objetivo:

Introduzir aos alunos o conceito de terremotos, explicar suas causas, os papéis das placas tectônicas e falhas geológicas e apresentar a escala Richter e os sismógrafos.

Passos da aula expositiva:

1) Introdução:

  • Cumprimentar os alunos e introduzir o tema do dia: terremotos.
  • Fazer perguntas iniciais, para engajar os alunos: “Alguém já ouviu falar de um terremoto? O que vocês sabem sobre eles?”

2) Conceito de terremoto:

  • Definir o que é um terremoto: “Um terremoto é um tremor abrupto e intenso, que ocorre na superfície terrestre devido a fenômenos geológicos na litosfera.”
  • Explicar a relação dos terremotos com o movimento das placas tectônicas e falhas geológicas.
  • Utilizar um diagrama simples para mostrar a estrutura da Terra (crosta, manto, núcleo) e onde ocorrem os terremotos.

3) Placas tectônicas e zonas de tensão:

  • Introduzir o conceito de placas tectônicas: grandes blocos que compõem a superfície da Terra.
  • Mostrar um mapa das placas tectônicas da Terra, destacando as principais (Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana etc.).
  • Explicar zonas de tensão: áreas onde duas placas interagem e acumulam energia.

4) Falhas geológicas:

  • Explicar o que são falhas geológicas: rupturas na crosta terrestre em que ocorrem deslocamentos.
  • Mostrar imagens ou diagramas de diferentes tipos de falhas (normal, reversa e transcorrente).
  • Relacionar as falhas à ocorrência de terremotos, enfatizando que essas falhas podem estar muitos quilômetros abaixo da superfície. 

5) Escala Richter e sismógrafos:

  • Introduzir a escala Richter, uma forma de medir a intensidade dos terremotos que varia de um a dez.
  • Explicar que terremotos abaixo de 3,5º são geralmente imperceptíveis, enquanto terremotos acima de 6º podem causar danos severos.
  • Mostrar um sismógrafo (imagem) e explicar como ele funciona para registrar as vibrações da Terra.

6) Encerramento e perguntas:

  • Resumir os principais pontos abordados na aula.
  • Abrir espaço para perguntas e dúvidas dos alunos.
  • Anunciar a próxima atividade prática, que complementa a aula expositiva.

Recursos didáticos:

  • Mapa das placas tectônicas da Terra.
  • Diagrama da estrutura da Terra.
  • Imagens de falhas geológicas.

Essa estrutura detalhada garante que os alunos compreendam os conceitos fundamentais de terremotos de maneira clara e envolvente, preparando-os para as atividades práticas subsequentes.

2ª Etapa: Atividade prática de simulação

Simulação de um terremoto em pequena escala, utilizando materiais simples (por exemplo, uma caixa de areia com blocos para representar as placas tectônicas).

Objetivo:

Demonstrar de forma prática como os movimentos das placas tectônicas podem causar terremotos, permitindo aos alunos visualizar e entender melhor os conceitos teóricos abordados na aula expositiva.

Materiais necessários:

  • Caixa de areia ou uma bandeja grande;
  • Areia;
  • Blocos de madeira ou esponjas, para representar as placas tectônicas;
  • Régua;
  • Papel e canetas; e
  • Folhas de trabalho com instruções.

Passos da atividade prática:

1) Introdução à atividade:

  • Reunir os alunos em grupos de quatro a cinco pessoas.
  • Distribuir os materiais para cada grupo.
  • Explicar o objetivo da atividade: simular os movimentos das placas tectônicas e observar como esses movimentos podem causar terremotos.

2) Preparação da simulação:

  • Instruir os alunos a encherem a caixa ou bandeja com uma camada uniforme de areia.
  • Pedir para colocarem dois blocos de madeira ou esponjas na areia, representando duas placas tectônicas adjacentes.
  • Explicar que a área em que os blocos se encontram representa uma zona de tensão.

3) Realização da simulação:

  • Demonstrar como aplicar pressão lentamente nas bordas dos blocos, para simular o movimento das placas tectônicas.
  • Orientar os alunos a aplicarem a pressão de forma gradual, até que os blocos deslizem ou “falhem” de maneira abrupta.
  • Pedir para observarem e anotarem o que acontece na superfície da areia (formação de “falhas” e “terremotos”).
  • Solicitar que repitam a simulação várias vezes, variando a direção da pressão, para que sejam observadas diferentes tipos de falhas (normal, reversa, transcorrente). 

4) Análise e discussão:

  • Pedir para cada grupo discutir o que observou durante a simulação e anotar suas conclusões.
  • Distribuir as folhas de trabalho com perguntas para reflexão, tais como:
    • O que aconteceu quando as placas (blocos) se moveram?
    • Como a areia (superfície) foi afetada?
    • Quais tipos de falhas vocês observaram?
    • Como essa simulação ajuda a entender os terremotos reais? 

5) Apresentação dos resultados:

  • Reunir novamente a turma e pedir para cada grupo compartilhar suas observações e conclusões.
  • Discutir as semelhanças e diferenças entre as simulações de diferentes grupos.
  • Relacionar as observações da simulação com os conceitos teóricos abordados na aula expositiva. 

6) Encerramento:

  • Resumir os principais aprendizados da atividade prática.
  • Encorajar os alunos a pensar sobre como essa atividade ajuda a compreender melhor os terremotos e suas causas.
  • Anunciar a próxima etapa da aula, que pode ser a discussão em grupo ou a atividade de pesquisa.

Essa atividade prática oferece uma experiência interativa e visual para os alunos, ajudando-os a consolidar os conceitos teóricos sobre terremotos de maneira significativa.

3ª Etapa: Levando para a realidade

  • Análise de casos reais, como o terremoto em Fukushima.
  • Debates sobre as medidas de prevenção e segurança em áreas sísmicas.

Objetivo:

Fomentar a compreensão crítica dos alunos sobre os impactos dos terremotos e a importância das medidas de prevenção e planejamento urbano, utilizando exemplos de casos reais.

Passos da discussão em grupo:

1) Introdução à discussão:

  • Explicar aos alunos que o objetivo desta atividade é analisar os impactos dos terremotos na sociedade, discutindo formas de prevenção e mitigação dos danos.
  • Dividir os alunos em pequenos grupos de quatro a cinco pessoas.
  • Distribuir uma folha de instruções e perguntas orientadoras para cada grupo. 

2) Análise de casos reais:

  • Fornecer aos grupos uma lista de casos reais de terremotos significativos, como:
    • Terremoto de Fukushima, Japão (2011)
    • Terremoto de San Francisco, EUA (1906)
    • Terremoto do Haiti (2010)
    • Terremoto de Lisboa, Portugal (1755)
  • Pedir que cada grupo escolha um ou dois casos para analisar.
  • Instruir os alunos a pesquisarem os seguintes aspectos de cada terremoto:
    • Causas geológicas (placas tectônicas envolvidas, falhas geológicas)
    • Intensidade medida pela escala Richter
    • Impactos sociais e econômicos (número de vítimas, danos a infraestruturas etc.)
    • Respostas e medidas de emergência tomadas
    • Lições aprendidas e mudanças implementadas após o desastre 

3) Discussão sobre medidas de prevenção:

  • Orientar os grupos a discutirem e anotarem possíveis medidas de prevenção e planejamento urbano que poderiam mitigar os danos causados por terremotos, tais como:
    • Construção de edificações resistentes a terremotos
    • Desenvolvimento de sistemas de alerta precoce
    • Planejamento urbano adequado em áreas de risco
    • Programas de educação e treinamento para a população
    • Normas e regulamentos de construção mais rigorosos

4) Apresentação e debate:

  • Pedir para cada grupo apresentar um resumo de suas análises e discussões para o restante da turma.
  • Estimular um debate aberto, em que os alunos podem fazer perguntas e comentar sobre as apresentações dos colegas.
  • Facilitar a discussão, destacando pontos importantes e corrigindo quaisquer equívocos.

5) Encerramento:

  • Resumir as principais lições aprendidas durante a atividade.
  • Enfatizar a importância do estudo dos terremotos para o desenvolvimento de cidades mais seguras e preparadas.

Essa discussão em grupo permitirá aos alunos aplicar o conhecimento adquirido de forma prática, colaborando para analisar casos reais e pensar em soluções efetivas para a mitigação dos impactos dos terremotos.

4ª Etapa: Avaliação

  • Participação nas discussões e atividades práticas.
  • Relatório sobre a simulação do terremoto.

Objetivo:

Avaliar a compreensão dos alunos sobre os conceitos de terremotos, suas causas, consequências e as medidas de prevenção, por várias atividades práticas e teóricas.

Componentes da avaliação:

1) Participação nas discussões e atividades práticas:

  • Critérios:
    • Engajamento e colaboração nas atividades de grupo.
    • Contribuição nas discussões, tanto em grupo quanto nas apresentações.
    • Demonstração de compreensão dos conceitos discutidos.
  • Método:
    • Observação direta pelo professor, durante as atividades e discussões.
    • Notas de participação e contribuição qualitativa.

2) Relatório sobre a simulação do terremoto:

  • Critérios:
    • Descrição detalhada do processo da simulação.
    • Observações sobre os resultados da simulação e a formação de falhas.
    • Análise das diferentes direções de pressão e tipos de falhas observados.
    • Reflexão sobre como a simulação ajuda a entender os terremotos reais.
  • Método:
    • Relatório escrito individual ou em grupo, dependendo da organização da aula.
    • Avaliação do relatório baseada em clareza, precisão e profundidade de análise.

Plano de aula elaborado pelo Professor Rhaian de Souza.

Coordenação Pedagógica: Prof.ª Dr.ª Aline Bitencourt Monge.

Revisão textual: Professora Daniela Leite Nunes.

Crédito da imagem: 1001nights – Getty Images

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