Conteúdos
• Monteiro Lobato;
• Engajamento político de Monteiro Lobato na obra O Poço do Visconde.
Objetivos
• Conhecer o escritor Monteiro Lobato;
• Reconhecer a obra O Poço do Visconde no contexto da literatura infantil e juvenil;
• Conhecer as características da obra O Poço do Visconde.
1ª Etapa: Apresentação de Monteiro Lobato
Inicie a aula pedindo para que os alunos falem o que conhecem sobre Monteiro Lobato e anote na lousa todas as referências que eles têm. Possivelmente, alguns alunos conhecem Lobato pelo Sítio do Picapau Amarelo ou de outras histórias, para ampliar esse repertório apresente o programa Globo Repórter comemorativo ao centenário do escritor (link na seção Saiba Mais).
Converse com a turma sobre a personalidade moderna e arrojada desse escritor que defendeu a necessidade do Brasil torna-se um grande país, deixando de lado o subdesenvolvimento. Conte aos alunos que ele creditava o futuro do país às crianças, tendo certeza de que uma boa educação era necessária para formar homens capazes de tirar o país do atraso em que se encontrava. Mostre a eles que o escritor defendeu ativamente melhorias na educação, no saneamento básico e no avanço tecnológico, o que lhe rendeu duras críticas e até mesmo a prisão.
Monteiro Lobato iniciou sua carreira de escritor produzindo obras para os adultos, trouxe luz para o caboclo, a partir do Jeca Tatu, personagem que virou ícone da busca pela melhoria das condições de saneamento do país. Monteiro Lobato acreditava que o país precisava vencer o atraso para se tornar uma grande nação. De certa forma, tornou-se um visionário por defender a presença de petróleo no Brasil. Conte aos alunos que, em O Poço do Visconde, Lobato conta todo o empenho das personagens do Sítio para a descoberta do petróleo, o outro negro que colocaria o Brasil ao lado dos Estados Unidos como uma grande potência.
2ª Etapa: Conhecendo a obra - O Poço do Visconde
Inicie a aula lendo com os alunos o trecho a seguir:
“Geologia? Pois o Visconde descobrira entre os livros de Dona Benta um tratado dessa ciência e pusera-se a estudá-la – a ciência que conta a história da terra, não da terra-mundo, mas da terra-terra, da terra-chão. E de tanto estudar, ficou com um permanente sorriso de superioridade nos lábios – sorriso de dó da ignorância dos outros. “Ele já entende de terra mais que tatu”, dizia a boneca.
Mas, como íamos contando, naquele dia Pedrinho começou a ler o jornal à moda americana, com os pés em cima da grade. Em certo momento interrompeu a leitura para dizer em voz alta falando consigo mesmo:
– Bolas! Todos os dias os jornais falam em petróleo e nada do petróleo aparecer. Estou vendo que se nós aqui no sítio não resolvermos o problema o Brasil ficará toda a vida sem petróleo. Com um sábio da marca do Visconde para nos guiar, com as ideias da Emília e com uma força bruta como a do Quindim, é bem provável que possamos abrir no pasto um formidável poço de petróleo. Por que não?”
Converse com os alunos sobre o projeto nacionalista empreendido por Monteiro Lobato em defesa do petróleo, comente que a obra foi lançada em 1937, momento em que não havia sido descoberto nenhum poço ainda. Mostre para a classe que Monteiro Lobato decide ensinar às crianças como é possível encontrar petróleo no Brasil, organiza alguns serões em que o Visconde leciona a Geologia a todos do Sítio e mostra como há grande indícios de que o “ouro negro” existia no país.
Conte aos alunos que Monteiro Lobato acreditava que o petróleo traria ao país grande avanço econômico, o que poderia trazer o enriquecimento não só do Brasil, mas também da população:
“(…) O Brasil, pois, deve ir se preparando para fornecer petróleo para os Estados Unidos, depois de abastecer-se a si próprio.
— Que colosso!
— Realmente. No dia em que tal acontecer e o Brasil passar de comprador a vendedor de petróleo, então deixaremos de ver essa coisa tristíssima de hoje — milhões de brasileiros descalços, analfabetos, andrajosos — na miséria. O Brasil tem todos os elementos para tornar-se um país riquíssimo — mas riquíssimo de verdade, e não, como hoje, apenas rico de "possibilidades" — ou de "garganta."
— Bravos, Visconde! — exclamou Dona Benta. — Nem parece que é um sabuguinho que está falando. — Pudera! — gritou Emília.
— Num país onde até os ministros não pensam em petróleo, ou quando falam nele é para negar, só mesmo dando a palavra a um sabugo. Viva o Senhor Visconde do Poço Fundo!
O sabugo geológico agradeceu as homenagens e continuou. Apesar de brotado de um pé de milho, ele amava a terra que produziu esse pé de milho.
— Sim, havemos de crescer e aparecer. Havemos de tirar petróleo aos milhões de barris. Havemos de exportar petróleo para todos os países, e de queimá-lo aqui em quantidades tremendas, para matar a nossa maior inimiga, que é a Distância. Abaixo a Distância! Viva o matador da Distância!”
É importante frisar que, apesar de Lobato ter grande admiração pelo aspecto econômico dos Estados Unidos, entendia que, no Brasil, o crescimento da economia deveria trazer também a melhoria da vida das pessoas, pois uma nação avançada necessitava de um povo sabido.
Lobato via no petróleo uma aproximação do país ao desenvolvimento do Estados Unidos, leia com os alunos o trecho a seguir:
— Viva! Viva! Vamos acordar o Brasil! Rompemos aqui o primeiro poço e pronto — está acordado o Brasil. Viva! Viva!…
— O Brasil poderá suceder aos Estados Unidos na produção do petróleo — disse o Visconde, que apesar de simples sabugo, raciocinava melhor que os milhões de rabanetes bípedes que andam por aí negando o petróleo. — Teremos o poço n.° 1 aqui no sítio e o n.° 2 no Riacho Doce, em Alagoas, onde os trabalhos estão muito adiantados. E a seguir teremos lá mesmo mais outros, mais dez, mais cem — quinhentos poços! E a febre do petróleo pegará no Brasil inteiro, que nem gripe, e começarão a aparecer poços por toda parte. Surgirão os de Mato Grosso, tremendos, de dezenas de milhares de barris por dia, como no México. E surgirão os poços de Goiás. E os de São Paulo. E os do Paraná. E os da Bahia. E os do Espírito Santo. E os do Rio Grande do Sul. E os de Minas… Tudo depende da abertura do primeiro.
Chame a atenção dos alunos para o trecho em destaque, mostrando a crítica do autor da posição do governo de negar a existência de petróleo no Brasil. Converse com a turma: em que o petróleo poderia auxiliar no crescimento do país? O que eles conhecem sobre o petróleo? Esse assunto ainda é atual? Peça que os alunos pesquisem sobre a Campanha “O Petróleo é nosso”, ocorrida na década de 1940, inicie apresentando uma manchete do jornal O Globo de 1948 e uma notícia de 2013. Esse trabalho pode ser feito em parceria com as disciplinas de História e Geografia:
“A campanha do petróleo movimentou o Brasil a partir de 1947, com o fim da II Guerra Mundial e a derrubada da ditadura do Estado Novo. A ela se opunham setores liberais, chamados de "entreguistas" pelos grupos nacionalistas. À frente da campanha, o escritor Monteiro Lobato e os generais Leônidas Cardoso (pai do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e Júlio Caetano Horta Barbosa, entre outras figuras ilustres da época.
Para os setores nacionalistas, a independência econômica deveria ser um complemento da liberdade política trazida pelo movimento democratizante e isto só seria possível com a exploração do petróleo brasileiro, um grito de guerra lançado na década de 30 pelo escritor. Não foi à toa que a primeira prospecção brasileira foi realizada na cidade de Lobato, na Bahia, ainda em 1938.
Em todo a fase de preparação do anteprojeto e de discussão no Congresso do projeto do Estatuto do Petróleo, a campanha ganhou as ruas sob a liderança do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, instalado solenemente em 21 de abril de 1948, na sede da
Automóvel Clube do Brasil. A presidência de honra coube ao ex-presidente Arthur Bernardes.
O centro de Estudos passou a coordenar as atividades em todo o país, já que, até então, as manifestações eram desorganizadas. Com apoio da União Nacional dos Estudantes, foram organizadas a semana e o mês do petróleo. E houve até uma eleição para escolher a rainha do petroleo brasileio. Venceu Petronilha Pimentel, que posou com as mãos sujas de óleo para a campanha.
Na época, o país vivia um boom de desenvolvimento econômico e a indústria do petróleo precisava acompanhar esse boom. Em 1950, o consumo do combustível praticamente triplicara, passando de 34 mil barris para 100 mil. No ano seguinte, o presidente
Getúlio Vargas lança um projeto de lei para a criação da Petrobras. Depois de quase dois anos de batalhas no Congresso, a lei é aprovada no Senado e sancionada pelo presidente em outubro de 1953.”
Leia mais sobre esse assunto no
link.
3ª Etapa: O Poço do Visconde e o petróleo
Inicie a aula lendo mais um trecho de O Poço do Visconde e apresentando uma ilustração e J. U. Campos e André Le Blanc da edição de 1965:
(…) — Para mandar à cidade o seu café o Coronel Teodorico usa o carro de boi; cada carrada só leva 40 arrobas e gasta um dia inteiro para chegar lá e outro para voltar. Com um caminhão-automóvel ele levaria 200 arrobas em duas horas de viagem…
homem, o problema do Brasil é um só: produzir ferro e petróleo para com eles ter a máquina que aumentará a eficiência do brasileiro. Tudo mais é bobagem.
— Mas muitos acham que com uma nova revolução as coisas endireitam — disse Narizinho.
— Com uma nova forma de governo…
— Bobagem. Uma nova forma de governo, seja qual for, não passa duma nova distribuição das coisas existentes. Mas as coisas existentes são escassas demais. Nada adianta tirar o prato de feijão de A para dá-lo a B; pois B, que estava morrendo de fome, enche a barriga, mas A, que estava com a barriga cheia, começa a passar fome. Para o país é indiferente que A ou B seja o condenado a passar fome. O que o país precisa é que nem A nem B passem fome — e o meio, portanto, não é mudar de forma de governo: é aumentar a comida da gamela, de modo que A e B possam encher a barriga. É aumentar a riqueza — coisa que só conseguiremos aumentando a eficiência do homem por meio de ferro, matéria-prima da máquina, e do petróleo, matéria-prima da melhor energia que move a máquina.
— Pois vamos tirar o petróleo, Visconde! — gritou Pedrinho entusiasmadíssimo. — Pegue numa picareta e me acompanhe”
Chame a atenção dos alunos para a ideologia do nacional que está presente na fala do Visconde. Mostre que já em 1937 buscava-se fazer o Brasil um país rico. Chame a atenção para o fato de que a riqueza traria benefícios não apenas para o rico, mas também para o pobre, pois não haveria falta de comida. Converse com a classe sobre a visão da distribuição de riqueza presente na fala do Visconde: Pensava-se numa melhor distribuição de renda? Haveria menos pobreza? Mostre aos alunos que o projeto era enriquecer o país para que houvesse condições melhores à população, uma escola de melhor qualidade, saneamento básico para que tivessem força suficiente para o trabalho. Era preciso ter uma população saudável e com condições para o trabalho.
Converse com os alunos sobre o contexto em que a obra foi escrita, mostre o envolvimento de Lobato na luta pelo petróleo. O escritor tece duras críticas ao governo federal, acusando-o negligenciar esse bem nacional. Isso levou o Lobato à cadeia.
Conte aos alunos que o escritor estava tão empenhado nessa descoberta nacional, que falava e escrevia a governadores, interventores, secretários, ministros e até mesmo ao Presidente da República, dando sugestões sobre métodos e estratégias a serem adotados pelo Estado nas prospecções.
Leia com os alunos a carta enviada por Lobato ao presidente da República:
São Paulo, 19 de agosto de 1935
Dr. Getúlio Vargas
Rio de Janeiro
Excelentíssimo Senhor:
Conforme previ na última audiência que me foi concedida a 15 do corrente, há alguém interessado em embaraçar a ação da Cia Petróleos do Brasil, dificultando a obtenção da autorização para que ela siga seu curso natural, fora das restrições do Decreto nº 20.799, que, em requerimento ao Ministério da Agricultura, foi pedida. E como V. Excia., me autorizou, neste caso, a recorrer diretamente a V. Excia., como guardião que é dos verdadeiros interesses nacionais, sou forçado a lançar mão desse recurso.
Negam-nos a autorização pedida, dificultando, retardando, protelando o necessário decreto. Isso vem impossibilitar a atividade da Cia Petróleos do Brasil. Os homens contratados à custa de tanto sacrifício monetário para procederem em nosso território quatro meses de provas, nada poderão fazer já que a companhia que os contratou não pode fazer contratos de opção nos terrenos a serem examinados. E desse modo terão de regressar para a América do Norte sem que o Brasil se beneficie das vantagens incomensuráveis da série de provas previstas e para as quais a nossa empresa se formou.
Isso constitui um crime imperdoável, além de denunciar de modo esmagador que há gente paga por estrangeiros para que o Brasil não tenha nunca o seu petróleo. Em vez de, pelas funções de seus cargos, esses homens tudo fazerem para que tenhamos petróleo, quanto antes, tudo fazem para que não o tenhamos nunca. O caso é, pois, desses que pede a imediata intervenção de homens que, como V. Excia., só têm em vista os altos interesses do País.
Assim, de acordo com a promessa que V. Excia. Me fez, venho denunciar a manobra da sabotagem burocrática e pedir o remédio urgente.
Respeitosamente subscrevo-me
De V. Excia. Atento servidor
Monteiro Lobato.
Mostre aos alunos que o último trecho em destaque traz a defesa do nacional feita por Lobato, reforçando seu caráter nacionalista.
Conte aos alunos que o autor viveu nos Estados Unidos antes de escrever a obra, nesse período passou a ser um admirador desse país e de sua economia, contudo, pensava em aplicar a forma de vida americana para que o Brasil se tornasse uma grande potência. Apesar disso, reconhecia os interesses norte-americanos no petróleo brasileiro, e defendia o interesse nacional. Esse fato aparece também em O Poço do Visconde, representado na desconfiança que todos tinham em Mr. Kalamazoo e Mr. Champignon, dois especialistas que auxiliaram na exploração dessa riqueza.
4ª Etapa: Fechamento
Inicie a aula retomando a importância dada por Monteiro Lobato à exploração do petróleo no Brasil e leia com os alunos o trecho a seguir:
— Mas se não gastarmos o dinheiro, ele entupirá todas as suas canastras e acabará sem valor — ficando dinheiro recolhido.
— Sim, isso se o não gastarmos. Temos de gastá-lo, não há dúvida. O dinheiro foi feito para circular, não para apodrecer nas arcas; mas em vez de gastá-lo egoisticamente só conosco, como fazem os maus ricos, podemos gastá-los de modo a beneficiar os milhares de pobrezinhos que nunca tiraram petróleo.
— Está aí uma idéia! — exclamou Pedrinho. — E a gente diverte-se muito mais gastando o dinheiro assim do que só com a gente.
— Isso, meu filho. Você está certo. O maior prazer da vida é fazer o bem. Eu sempre quis beneficiar este nosso povo da roça, tão miserável, sem cultura nenhuma, sem assistência, largado em pleno abandono no mato, corroído de doenças tão feias e dolorosas. Se empregarmos nosso dinheiro em melhorar-lhe a sorte, não só nos divertiremos, como você diz, como ficaremos com a consciência tranqüila. Meu programa é esse.
Bravos, vovó! — exclamou Pedrinho. — E ainda podemos fazer mil coisas: estradas de verdade, por exemplo. Isso que no Brasil chamam estradas de rodagem é uma mentira. Estradas de atolagem, sim. Durante os meses de chuva, o Brasil inteiro só faz uma coisa: atola-se nas estradas, não roda. Nada roda nelas. Os carros de bois atolam até os eixos. Os automóveis atolam a ponto de precisarem de bois para arrancá-los. Os burros de tropa atolam. Tudo atola nas nossas estradas de atolagem. Podemos começar aqui pelo nosso município e depois iremos nos alastrando pelo País inteiro. Isto é, iremos construindo estradas de rodagem de verdade — pavimentadas de concreto, com um lado para ir e outro para vir — e uma faixa de grama no meio, como as da Alemanha.
— Perfeitamente. Aprovo o programa — disse Dona Benta.
— E também poderemos criar umas boas escolas profissionais para esta caboclada bronca — propôs Narizinho. — Eles são aproveitáveis, mas têm que ser ajudados. Por si nada fazem porque nada podem fazer.
— E também organizaremos umas casas-de-saúde bem modernas, com os melhores médicos e todas as comodidades, como os hospitais americanos que a senhora contou outro dia.
— Aprovado! — disse Dona Benta.
— E construiremos para eles casas decentes, com higiene e coisas modernas, que lhes sejam vendidas a prestações bem baixinhas. É uma vergonha para nossa terra como moram as gentes da roça — em casebres de sapé e barro, imundíssimos, sem mobília, sem nada lá dentro. Qualquer toca de bicho do mato, qualquer ninho de joão-de-barro, vale mais que um casebre de caboclo.
— Aprovado! — disse Dona Benta.
O Visconde tomou a palavra.
— E eu acho que devemos criar casas de ciências para o aproveitamento dos meninos que mostrarem vocação para os altos estudos. E mais tarde poderemos criar uma universidade como a de Harvard.
— Aprovado! — Senhor Visconde. Pica desde já nos nossos planos a criação da Universidade Sabugosa, da qual o nosso viscondinho será o primeiro reitor e o professor de geologia — disse Dona Benta.
Comente com os alunos amplo projeto de aproveitamento do dinheiro vindo do petróleo, todos com o intuito de melhorar as condições de vida da população. Peça agora que os alunos façam uma pesquisa sobre o pré-sal. Quais as semelhanças com a Campanha “O Petróleo é nosso” da década de 1940? O objetivo de crescimento do país mantém-se o mesmo? Apresente os infográficos a seguir:
Leia com os alunos trechos da notícia “Pré-sal vai injetar bilhões na educação e na saúde” e organize um debate: os objetivos são os mesmos dos apresentados nO Poço do Visconde? São viáveis? Monte um painel com notícias sobre o tema.
“(…) O petróleo é uma fonte energética extremamente valiosa e por isso, tem elevada importância para a sociedade brasileira. Parte dos recursos provenientes da reserva energética deverão ser destinados à educação e saúde, de acordo com a lei que rege o Fundo Social do Pré-sal. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os recursos do pré-sal vão injetar 368 bilhões de reais na educação brasileira em 30 anos. Em participação no programa "Bom Dia Ministro" no último dia 11 de setembro, Mercadante declarou:
“A nossa estimativa para os próximos 30 anos é de um crescimento da ordem de R$ 368 bilhões no investimento em educação, no mínimo, podendo a chegar a R$ 500 bilhões, ou seja, meio trilhão de reais."
Criado em 2010, o Fundo Social do pré-sal destina-se ao recebimento da parcela dos recursos do pré-sal que cabem ao governo. O objetivo é evitar a “enxurrada” de dólares que poderá afetar a economia brasileira com a exportação de grandes volumes de petróleo do pré-sal em um curto intervalo de tempo. Como o petróleo é negociado em dólares, a negociação de grandes valores pode derrubar o valor da moeda e assim prejudicar diversos setores tradicionais da economia brasileira, como a indústria e a agropecuária.
O dinheiro que cabe ao governo seria, de acordo com o projeto, destinado ao Fundo Social, sendo aplicado em títulos no exterior, formando assim uma poupança para o país. O texto inicial do projeto estabelecia que o dinheiro fosse “depositado” nessa poupança e que metade dos rendimentos do fundo fossem destinados exclusivamente a investimentos em educação.
Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um novo texto, que prevê que metade de todos os recursos do Fundo Social sejam destinados à educação e saúde, reduzindo a quantia de dinheiro nessa poupança. Com mais investimentos em saúde e educação, o país teria seus índices de desenvolvimento social e econômicos incrementados” (Link 6)
Materiais Relacionados
1. Para conhecer mais sobre Monteiro Lobato.
4.
Para assistir ao programa Entrelinhas sobre Monteiro Lobato, acesse o
link.
5.
Para ouvir a última
entrevista do escritor Monteiro Lobato à rádio Record.
7.
CHIARADIA, Katia. Ao amigo Frankie, do seu Lobato: Estudo da correspondência entre Monteiro Lobato e Charles Frankie (1934-37) e sua presença em O Escândalo do Petróleo (1936) e O Poço do Visconde (1937). Dissertação de mestrado apresentada ao IEL-UNICAMP. Disponível no
link.
8.
OLIVEIRA, Luciana S. A perspectiva científica de Monteiro Lobato na obra O Poço de Visconde: um estudo à luz da História da Ciência. Tese de doutorado apresentada à PUC-SP. Disponível no
link.
9. MONTEIRO, José Bento Lobato. O Poço do Visconde. 5.ed., São Paulo: Editora Brasiliense, 1973.
Arquivos anexados
- O Poço do Visconde – Monteiro Lobato