Conteúdos

O Estudo dos Fósseis – Descobrindo o Passado por meio de Vestígios

Objetivos

Compreender a formação dos fósseis, a partir da sedimentação;
Compreender os objetos de estudo e diferenciar a Paleontologia da Arqueologia;
Observar alguns fósseis típicos e levantar questões sobre a evolução dos seres vivos;
Perceber que os seres vivos têm um ciclo de vida, ou seja, aparecem e desaparecem;
Identificar os períodos dos fenômenos ocorridos na Terra pelo estudo dos fósseis em uma perspectiva cronológica, por meio da construção de uma linha do tempo.

Antes de dar início às Etapas consulte a aba Para Saber Mais.

1ª Etapa: Exploração da Atividade Interativa

Peça para que os alunos acessem o objeto interativo ‘‘O Estudo dos Fósseis’’ disponível no NET Educação (material de apoio). Durante a exploração da atividade, os estudantes podem ser orientados a observar a relação entre a evolução das espécies e a observação dos fósseis. Em seguida, poderão reconstruir, em uma linha do tempo, as grandes etapas da história da vida na Terra, constatando o aparecimento e o desaparecimento de algumas espécies animais. Assim, os estudantes perceberão que a espécie humana não existiu desde sempre na superfície terrestre, mas sim evoluiu ao londo do tempo.

A partir desta análise, os alunos estarão aptos a desenvolver as atividades seguintes, que servirão como fechamento do tema.

2ª Etapa: Manipulando os Grandes Números

Para a maioria dos alunos, a compreensão de grandes números em uma escala temporal é bastante difícil pela abstração que tal tarefa exige. Portanto, é necessário o desenvolvimento de uma atividade que torne mais concreta a escala dos tempos geológicos e permita perceber as diferenças entre o desenvolvimento do planeta Terra e o desenvolvimento dos seres humanos, que são muito mais recentes, quando comparados. Para esse trabalho, será utilizada uma tabela comparativa que permite relacionar os milhões de anos que separam a data de aparição do homem e a data que surgiram outros seres vivos no planeta.

Organize e apresente aos alunos os dados da seguinte maneira:



 









Nom Data de aparição Data de extinção
Ammonite 250 milhões de anos 65 milhões de anos
Homem moderno 120 mil anos Não extinguiu-se
Ostras 530 milhões de anos Não extinguiu-se
Archeopteryx 156 milhões de anos 150 milhões de anos
Tyrannosauro rex 70 milhões de anos 65 milhões de anos

Peça que os estudantes destaquem o que conseguem perceber a partir da análise desses dados. Alguns poderão notar que os homens são os únicos que ainda não aparecem na classe dos milhões de anos. É preciso salientar estas diferentes datas e as relações entre elas. Para isso, sugira aos alunos que elaborem uma linha do tempo em que os dados serão colocados proporcionalmente em escala, como por exemplo, 1 cm = 10 milhões de anos.

Também é possível utilizar um grande dicionário, cujo total de páginas represente a duração da vida na Terra. A partir daí, buscar proporcionalmente o número de páginas que corresponderia ao périodo de vida dos dinossauros e, depois, fazer a mesma coisa para o Homo sapiens, por exemplo.







Chame a atenção dos estudantes para o aparecimento do Homo sapiens, que é tão recente, em relação aos demais animais e ao tempo da Terra, que o traço representando por 120.000 anos é muito pequeno para ser visualizado, e por isso foi substituído por um asterisco.

Os conteúdos desenvolvidos nesta atividade serão retomados e sistematizados no fechamento, o que ocorrerá por meio de uma conversa sobre tudo o que foi visto neste tema.

 

3ª Etapa: Introdução ao Tema

Professor, este tema pode ser inicialmente abordado a partir de um levantamento sobre o que os estudantes conhecem a respeito da evolução dos seres vivos.

Logo após esse levantamento, o professor deve buscar, junto com os alunos, organizar os conhecimentos sobre a evolução dos seres vivos em uma linha cronológica, dos mais antigos aos mais recentes, buscando reconstruir a jornada dos seres vivos no planeta Terra.

Na sequência, deve-se buscar informações sobre os estudos para a reconstrução do passado, e os materiais que tornam possíveis esses estudos. Dessa forma, salientar a importância dos fósseis como alguns dos principais vestígios da evolução dos seres vivos e cujo estudo permite também inferir sobre os acontecimentos (climáticos e fenômenos naturais), que propiciaram o aparecimento  global e a extinção de algumas espécies.

 

4ª Etapa: Fechamento

Professor, para finalizar, proponha uma dicussão sobre os temas vistos, retomando o conceito de evolução. Distribua uma cópia da folha onde constam as imagens dos animais com as datas do périodo de sobrevivência da espécie para que os alunos analisem. A sala pode ser dividida em pequenos grupos para uma primeira observação das imagens dos fósseis.





A análise das imagens poderá ser orientada pelas seguintes questões:

1. Quais são as informações que nós temos sobre estes fósseis?

A primeira observação dos alunos pode estar relacionada ao fato de que, ao analisarmos as imagens, dispomos de um nome e de uma datação para cada um.

Nessa questão, o professor pode provocar os alunos para comentarem a representação da data/período de vida desses seres. Por exemplo: a que se refere a data "70 a 65 milhões de anos (Tyrannosaurus rex)"? É a idade do animal, a idade do fóssil ou o período no qual ele viveu? Por que a representação está colocada em ordem numérica decrescente – 70 a 65 milhões de anos – e não na ordem habitual crescente dos números, ou seja 65 a 70 milhões de anos?

Também poderá destacar os seguintes aspectos:

•  Os números representam a diferença entre a época passada e a nossa época, e quanto maior for o número, mais antiga é a época de que trata;

•  O enquandramento representa o período no qual o animal esteve presente na Terra – vai da data de aparição à data de extinção;

•  A duração de existência da espécie é obtida pela subtração dos números correspondentes aos períodos apresentados – 70 menos 65 milhões correspondem a 5 milhões de anos.

2. Quais outros aspectos podem ser observados?

Os alunos, após anotarem em seus cadernos o título do documento, serão orientados a montar uma tabela com as seguintes informações: o que observamos nas imagens e o que perguntamos sobre elas. Exemplo:

 





O que observamos? O que perguntamos?

Há fósseis em pedras e ossos transformados em pedra a partir do processo de petrificação;

Alguns animais viveram há muito tempo e não existem mais nos dias de hoje;


Alguns animais que despareceram se parecem com animais que ainda existem (caso das ammonitas).

Como sabemos suas idades?

Por que as ostras, que são os mais velhos seres vivos do documento, existem até hoje?

Por que o Tyranosauro não viveu mais do que 5 milhões de anos?


Quem viveu por mais tempo e quem viveu por menos tempo?

A análise e discussão poderão ser orientadas para a expressão e a síntese das primeiras constatações e hipóteses concernentes a um conjunto de fatos relativos à história da vida na Terra. Este conjunto de fatos tem um nome: é a evolução dos seres vivos.

3. Qual o sentido da palavra ‘‘evolução’’? O que quer dizer esta palavra quando aplicada aos seres vivos?

O professor aqui não deve dar respostas objetivas, mas sim provocar nos alunos à elaboração de hipóteses construídas a partir destas primeiras questões.

4. A partir das respostas dadas, uma provocação pode ser lançada: ‘‘Por que se diz que os homens descendem do macaco ?’’

 Após deixar os alunos levantarem as hipóteses, o professor pode encaminhar a discussão para que os alunos se utilizem dos procedimentos e conhecimentos adquiridos para entenderem por que essa teoria é considerada correta por alguns grupos/pessoas.

Utilizando o exemplo da linha de evolução humana, é possível abordar os conceitos de ancestralidade e parentesco, de transformação das espécies, e levar os alunos a perceberem que o homem moderno tinha ancestrais que não são muito diferentes de nós. No entanto, se fosse possível viajar no tempo, um homem moderno não poderia ter um bebê com Lucy, o Australopitheco. O conceito de espécie poderá ser apresentado: é um conjunto de indivíduos que podem se reproduzir entre si.

Salientar que o homem não descende do macaco, mas há uma relação de parentesco a partir de um ancestral comum dos homens com os macacos atuais, sendo o chimpanzé o animal mais próximo de nossa espécie.








 

Materiais Relacionados

Para aprofundar o conhecimento do tema, e/ou utilizar como recurso em sala de aula, sugerimos os conteúdos disponíveis nos seguintes links:
 
 Panorama Geral sobre o Estudo dos Fósseis:
 http://www.ib.usp.br/evolucao/inic/text5.htm

 O Estudo dos Fósseis e a Evolução da Vida:
 http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=66&cid=8094&bl=1

 Idade das rochas e correlação geológica por meio dos fósseis:
 http://e-geo.ineti.pt/divulgacao/materiais/posters/poster_correlacao.pdf

 Estudos de fósseis no Brasil:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/museu-nacional-do-rio-publica-estudo-sobre-fosseis-do-ma-ce-e-sp.html

Idealização e edição final NET EDUCAÇÃO | Realização: Instituto Paramitas. © Todos os direitos reservados.

Arquivos anexados

  1. O Estudo dos Fósseis – Descobrindo o Passado por meio de Vestígios

Tags relacionadas

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Receba NossasNovidades

Receba NossasNovidades

Assine gratuitamente a nossa newsletter e receba todas as novidades sobre os projetos e ações do Instituto Claro.