Conteúdos
José Bento;
Escultura;
Estrutura;
Ritmo;
Arte contemporânea;
32a Bienal de São Paulo.
Objetivos
Conhecer a obra de José Bento;
Identificar estrutura e ritmo das imagens;
Construir um trabalho tridimensional;
Pensar a escultura como espaço vivo;
Refletir sobre arte contemporânea.
1ª Etapa: Início de Conversa
No início de sua carreira, José Bento realizou pequenas esculturas, com palitos de picolé e outros materiais, criando cenas cotidianas que assumem por vezes um caráter surrealista. Em Ping-Pong (link 3), de 1981, por exemplo, capta a velocidade e a trajetória de uma bola em um ambiente estático. A madeira, desde o uso dos palitos de picolé, acabou por assumir um protagonismo em sua obra tridimensional, que ganhou diversos desdobramentos até os dias de hoje.
Antes de iniciar este trabalho, consulte os links sugeridos na área “Para organizar o seu trabalho e saber mais”.
2ª Etapa: José Bento
Vamos começar essa sequência de atividades, conhecendo a obra do artista visual José Bento (você vai encontrar sua biografia e outros textos sobre sua obra no link 1).
Assista com os alunos ao documentário da série O Mundo da Arte (disponível no link 2). Considerado um escultor autodidata, as obras iniciais do artista eram feitas de palitos de sorvete. Você pode perguntar se alguém da turma já fez objetos de palitos de sorvete? Esse foi o ponto de partida da trajetória artística de José Bento, que hoje abrange também obras em fotografia, vídeo, proposições envolvendo animais, etc.
Chame atenção para o modo que esses trabalhos iniciais se relacionam com o pensamento do artista até os dias de hoje. O que permanece e o que se transforma na sua trajetória? Esse documentário nos ajuda a perceber como seus trabalhos acabam sempre por retornar para uma matriz ligada à escultura e à materialidade da madeira. Além disso, as maquetes e miniaturas de José Bento feitas com palito de sorvete em escala diminuta apontam para um modo construção do espaço, que posteriormente vai chamar de “espaço vivo”.
3ª Etapa: Estrutura e ritmo
Proponha previamente que os alunos tragam uma imagem de seu interesse que mostre uma cena qualquer envolvendo movimento ou ação. Você pode dar alguns exemplos a partir de fotografias de jornais, como as encontradas nos cadernos de esportes.
Faça uma apreciação coletiva de algumas imagens trazidas pelos alunos, procurando identificar com eles como se dão as relações de estrutura e ritmo das cenas: trajetórias, direções, apoios, etc. Por último, mostre a obra Ping-Pong, de José Bento (imagem disponível no link 3). Você pode perguntar como essa obra tridimensional, leva em conta estrutura e ritmo para traduzir uma cena de ação?
A partir dessas apreciações, proponha a realização de desenhos para estudar e entender a estrutura e ritmo das imagens trazidas. Proponha que os alunos projetem estruturas que possam corresponder às dimensões e resistência dos palitos de picolé.
4ª Etapa: Construção tridimensional
Nessa etapa, você vai precisar de uma grande quantidade de palitos de picolé e também de pistolas de cola quente que podem ser compartilhadas em duplas ou trios de trabalho.
A partir das imagens e dos estudos realizados na etapa anterior, proponha a construção tridimensional das cenas de ação.
5ª Etapa: Espaço vivo
Para José Bento, a escultura é um "espaço vivo", intimamente relacionada ao conceito de ritmo. Sua obra carrega uma série de antagonismos, sendo ora delicadas e polidas, ora de aspecto bruto e mais orgânico, pequenas ou em escala monumental.
Talvez possamos pensar essa ideia de espaço vivo como espaço em constante modificação, um espaço ativado pelo movimento, pelo ritmo das esculturas. Esse pode ser um bom parâmetro na hora de elaborar com os alunos como mostrar seus trabalhos.
Materiais Relacionados
1. Sobre José Bento:
2. Documentário O Mundo da Arte com José Bento;
3. Ping Pong, 1981 na Revista Perfil;
4. Sobre a 32a Bienal de São Paulo: