Conteúdos
Independência do Brasil.
Objetivos
• Analisar a influência do iluminismo nos movimentos emancipacionistas no Brasil.
• Identificar e analisar as revoltas coloniais – Inconfidência Mineira e Conjura Baiana – como movimentos precursores de ideiais emancipacionistas.
• Aprender e desenvolver o procedimento didático: mapa conceitual.
1ª Etapa: Lendo um breve texto descritivo
Para iniciar sua aula sugerimos que posicione os alunos acerca das discussões da sociologia da cultura. A análise da cultura como parte da análise sociológica deve ser lembrada para que os alunos entendam qual o foco dos exercícios a serem realizados. Para isso, retome o papel da sociologia em conhecer as relações humanas em sociedade e, para isso, conhecer seus costumes e regras morais.
Na sequência, distribua cópias do texto anexo, de James Rachel, acerca de costumes dos esquimós e faça uma leitura atenta. Peça aos alunos para que analisem, do ponto de vista cultural, se as práticas dos esquimós devem ou não ser permitidas e se elas são adequadas para o convívio humano. Tente fomentar o debate fazendo comparações com o dia-a-dia dos próprios alunos.
Peça aos alunos para que tomem uma posição provisória acerca da permissão das práticas lidas, redigindo-a em seus cadernos. Alerte-os de que neste primeiro momento eles devem opinar e tomar um lado da questão, mas que este ponto de vista será (ou poderá ser) revisto durante as demais etapas.
2ª Etapa: Sobre o relativismo: Análise de um caso brasileiro
Introduza o conceito sociológico de relativismo, como análise de condutas morais. Para isso trabalhe o conceito de que as condutas ético-morais devem ser analisadas sempre a partir do próprio grupo – e não por grupos ou sociedades externas. Com isso chega-se que ético e anti-ético são conceitos relativos, decorrentes do conjunto de regras éticas de uma sociedade.
Busque um aprofundamento filosófico por meio da entrevista do professor Sérgio Cortella Jr. (vídeo 1). Peça aos alunos para que pontuem quais as falas do professor com as quais podemos relacionar o relativismo.
Traga então a problemática de países grandes e heterogêneos como assunto a discutir. Países em que há diversas culturas ou micro-sociedades convivendo em um mesmo território acabam por gerar conflitos ético-morais e que precisam ser solucionados. Para isso, assista com os alunos o Vídeo 2.
Colha opiniões dos alunos acerca do que deveria ser feito para solucionar o caso e por qual razão. Tente pontuar, a cada momento, quais as decisões que estão de acordo com o relativismo e quais não estão.
3ª Etapa: A universalização de valores
Questione os alunos acerca de haverem ou não valores humanos, indiferentes às condições culturais locais. O direito à vida, à liberdade, à igualdade etc. devem ser considerados sempre universais?
Neste sentido, interessa comentar o papel dos Direitos Humanos e da ONU na promoção de direitos universais, atinentes a qualquer sociedade. Acerca deste assunto, pode-se ainda trazer para a aula a temática da globalização. Como ilustração da questão, veja o vídeo 3, analisando a mensagem do Secretário Geral das Nações Unidas sob a perspectiva do relativismo ou da universalização dos valores morais.
Ao final, proponha a seguinte atividade: revendo o posicionamento anteriormente descrito no caderno (1ª Etapa), os alunos, em grupo, deverão produzir um discurso acerca do relativismo ou não dos valores éticos e morais. Para isso eles deverão formar grupos para escrever o discurso e um dos alunos deverá proclamá-lo para a sala em uma aula específica. Deixe alguns momentos disponíveis para o treino de locução dos oradores.
Se houver possibilidade, pode-se fazer um breve ‘concurso ‘ de discursos gravados. Os alunos podem fazer os discursos antecipadamente e, no horário da aula, a classe vê os vídeos e vota no que achou mais interessante.
4ª Etapa: Uma posição crítica acerca do relativismo
Para finalizar este tema, interessa buscar limites (se é que existem) para o relativismo. Questione seus alunos acerca de possíveis casos em que o relativismo não deve ser considerado. O massacre dos judeus pelos nazistas, o genocídio em países africanos, a escravização podem ser vistas como ações que merecem tratamento relativo? Por que sim e por que não?
Como forma de avaliação, proponha que os alunos redijam uma carta-posição acerca da legitimidade ou ilegitimidade ético-moral do apedrejamento de mulheres no Irã. Para isso, distribua e analise com os alunos o Texto 1. No posicionamento os alunos deverão abordar o conceito de relativismo.
TEXTO:
Os costumes dos esquimós se mostraram muito diferentes dos nossos. O homem geralmente possui mais de uma esposa e ele deve dividi-las com seus convidados, colocando ambos para dormirem juntos, como um sinal de hospitalidade. Ademais, dentro da comunidade, o homem dominante poderia demandar e conseguir ter relações sexuais com as esposas de outros homens. A mulher, contudo, seria livre para romper os relacionamentos, simplesmente deixando seus maridos e dedicando-se a novos parceiros – livre, contanto que seu antigo marido não quisesse arrumar confusão. De modo geral, a prática dos esquimós é um esquema inconstante, que possui uma pequena semelhança com o que chamamos de casamento.
Mas as diferenças não eram apenas em seu casamento e suas práticas sexuais. Os esquimós também pareciam ter menos consideração com a vida humana. O infanticídio, por exemplo, era comum. Knud Rasmussen, um dos mais famosos exploradores antigos, reportou que havia conhecido uma mulher que tinha dado à luz a 20 crianças, mas que matara 10 delas no momento do nascimento. As bebês meninas, ele descobriu, estavam mais suscetíveis à morte, o que era permitido, simplesmente seguindo o entendimento dos pais, sem um estigma social associado a isso. Os idosos, quando se tornavam muito fracos para contribuírem com a família, eram deixados na neve para morrer. Portanto, parecia existir, nessa sociedade, consideravelmente pouco respeito pela vida.
RACHEL, James – Elementos da Filosofia Moral , pg. 17.
(Extraído de RACHEL, James – Elementos da Filosofia Moral) o Desafio do Relativismo Cultural, capitulo 2, pg 17
5ª Etapa: Introdução ao tema
Introduza os conceitos principais da filosofia Iluminista, mostre os seus pressupostos e explique a oposição que essas ideias faziam ao absolutismo e ao domínio das metrópoles nas colônias. Para organizar essas idéias. Utilize os links, pesquise os links 2 e 4 para apoiar o seu trabalho.
Apresente aos alunos como as influências Iluminismo abalaram o Antigo Sistema Colonial. Há conteúdos interessantes sobre o tema nos links 3, 4 e 5.
Sistematize por meio de Mapas Conceituais os conceitos trabalhados. Para isso a comente a importância de se aprender a elaborar esse procedimento didático, pois os mapas conceituais possibilitam relacionar conceitos e estabelecer uma aprendizagem significativa.
6ª Etapa: Entendendo a influência do iluminismo na colônia portuguesa
Nessa etapa, os alunos deverão pesquisar como iluminismo influenciou movimentos emancipacionistas no Brasil .
Converse com os alunos, questionando como as ideias iluministas, ao serem propagadas nas colônias, poderiam alimentar rebeliões, ou movimentos que levantassem o desejo de rompimento com a metrópole.
Peça aos alunos que leiam o texto sobre a Inconfidência Mineira, disponível no link nº 10.
A partir da leitura do texto você deverá discutir com o grupo as principais razões que desencadearam o movimento, mostrando a influência das ideias iluministas.
Sugira agora aos alunos que pesquisem sobre a Conjura Baiana e identifiquem as razões desse movimento. Para tanto, os alunos deverão pesquisar os links 12 e 13.
7ª Etapa: Construindo mapas conceituais
Após a leitura dos textos e de sua explicação sobre a Inconfidência Mineira e a Conjura Baiana cada aluno deverá elaborar um mapa conceitual, sobre a influência das ideias iluministas nos movimentos emancipacionistas.
Materiais Relacionados
• Pesquise sobre iluminismo:
1. Iluminismo
2. Iluminismo
3. Iluminismo – a Crítica do Antigo Regime
4. Brasil Colônia e a Crise do Sistema Colonial
5. Crise do Sistema Colonial
• Consulte os links sobre Movimentos Emancipacionistas no Brasil:
6. http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=257
7. http://www.conjecturas.com.br/edicao11/cerebrar/crise.htm
8. http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=275
9. Inconfidência Mineira
10. Inconfidência Mineira
11. A Conjuração Baiana
12. Inconfidência Baiana
13. Inconfidência mineira X Conjuração baiana
• Pesquise conceitos e bons exemplos de Mapas Conceituais nos links:
http://www.ic.uff.br/~rosangela/SiteEninedAtual/artigo.pdf
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf
Site Brasil Escola http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/mapas.htm
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/69.pdf