Conteúdos

*Adequação de conceitos

Escravizado x Escravo: O termo “escravizado” remete a uma situação imposta por outrem, enquanto o termo “escravo” apresenta o sentido de fazer referência a uma condição natural, que não resulta da ação (ou omissão) de alguém. Usar o termo “escravos” significa considerar que aquele grupo de pessoas está naquela condição de maneira natural, enquanto o termo “escravizado” nos dá a dimensão de uma condição compulsória. Por exemplo, nós somos humanos, e não humanizados, é a nossa condição natural. Entretanto, um animal que é treinado para fazer coisas típicas de um ser humano é humanizado, ou seja, foi colocado em uma condição de comportamento forçada. Portanto, “escravizado” é o termo correto a ser utilizado.

Escravidão x Escravismo: O termo “escravidão” refere-se ao ato de tornar o outro escravizado, enquanto “escravismo” diz respeito ao sistema socioeconômico de exploração do trabalho de um grupo social ou humano sem pagamento. Por isso, para referir-se ao que ocorreu no Brasil: a instalação de um sistema escravista, que estruturava a sociedade social, política e economicamente, o termo correto é “escravismo”.

 

Escravidão Africana.

Objetivos

• Entender as relações econômicas e culturais entre África e o Brasil a partir da chegada dos Portugueses à Ásia ocidental.

• Entrar em contato com a história e cultura africana anterior á escravidão na América.

• Discutir as condições de vida e de trabalho dos negros, escravos na América portuguesa.

• Reconhecer que os escravos africanos trouxeram, além da força de trabalho, valores, costumes e hábitos, hoje incorporados a cultura brasileira.

1ª Etapa: Leitura de imagem.

Observe com os alunos a imagem do link 1 e discuta sobre quem capturava os africanos na África.

Sugestões:

• Quem está preso?
• Quem açoita e quem é açoitado?
• Onde estão?
• O que mais aparece na imagem (navio europeu, casas, oceano…)
• Por que africanos açoitavam africanos?

 

2ª Etapa: Pesquisa sobre a captura dos africanos na África.

Organize com os alunos uma pesquisa sobre a forma de captura dos africanos na África.
(sugestão de sites para pesquisa link 3)

• Quem capturava?
• Em troca de quê?
• Quem eram as pessoas capturadas?
• Havia resistência?
• Como vinham para a América estes escravos?
• Quem lucrava com a escravidão dos africanos?

É importante que os alunos percebam que não havia passividade dos capturados na África, muito pelo contrário, a resistência estava sempre evidente.

Os alunos deverão realizar o registro escrito da pesquisa, levando em conta as fontes usadas.

Socialização dos trabalhos realizados e discussão sobre os pontos que aparecem fragilizados. O professor deverá complementar o que achar necessário.

3ª Etapa: No continente Americano.

Através dos sites indicados, discuta com os alunos como era a vida dos escravos africanos no Brasil; como eram tratados os escravos e os castigos aplicados. Alguns pintores retrataram o dia-a-dia dos escravos nesta época, como Joaquim Cândido Guillobel, Jean Batiste Debret, Rugendas e outros.

Escolha obras dos pintores indicados e realize apreciação das imagens, relacionando-as ao tema. Valorize a pintura como documento da época retratada, lembrando sempre que tratam-se de um ponto de vista do pintor. Ele pintou da forma como via e entendia aquela cena ou período retratado em sua obra.  (link 9)

4ª Etapa: Resistência escrava.

Apresente exemplos da luta e da resistência escrava com destaque para os quilombos.

5ª Etapa: O caminho para libertação.

Abra uma nova situação de pesquisa em grupos. Desta vez cada grupo pesquisará algo diferente do outro. A ideia é que cada um fique responsável por pesquisar, produzir e apresentar um determinado conteúdo.

Veja as sugestões:

• O papel dos abolicionistas no caminho da libertação da escravatura.
• Lei Eusébio de Queirós – fim do tráfico de escravos.
• Lei Saraiva-Cotegipe – libertava os escravos com mais de 60 anos.
• A Lei Áurea – da Princesa Isabel.

O papel do professor será orientar os grupos quanto a organização do registro e da estratégia para apresentação para os demais grupos da classe.

Veja as sugestões:

• Power Point, usando imagens (vide links sugeridos).
• Cartazes.
• Apresentação oral, em forma de aula explosiva, oferendo registro organizado para os alunos ouvintes.

6ª Etapa: Fechamento.

Mais uma vez o papel do professor será de “amarrar” os assuntos discutidos, elaborando textos coletivos, ou utilizando os trabalhos realizados pelos alunos para este fim, levando em conta a qualidade de cada um.

Cada aluno deverá elaborar um rascunho de uma imagem, criada por ele, sobre o que entendeu sobre o período da escravidão africana no Brasil. Será uma representação de sua aprendizagem.

Em outro momento os alunos pintarão uma tela, usando o material disponível ou de sua escolha (giz de cera, guache, grafite…).

Todas as produções podem ser apresentadas de alguma forma de modo a produzir um produto final que expresse o caminho e a aprendizagem dos alunos.

Atualizado em 21/11/2022, às 15h17

Materiais Relacionados

1. Para formação do professor sobre a importância do ensino da História do Brasil Africano, acesse:

Conhecimento e transformação.
O Brasil negro.

2. Para observar a imagem sobre a captura dos escravos na África e textos sobre os desdobramentos destes acontecimentos, clique aqui.

3. Para pesquisar sobre captura dos africanos para escravidão, acesse:

Escravidão no Brasil.
Escravidão.
Tráfico e os navios negreiros.
Origem dos africanos.

Regiões de origem dos escravos negros.

4. Para pesquisar imagens de escravos brasileiros, clique aqui.

5. Para ouvir reportagem sobre escravidão de africanos no Brasil, clique aqui.

6. Para saber mais sobre a resistência dos escravos africanos, acesse:

Escravidão e resistência.
Resistências a escravidão.

7. Para observar mapas com as rotas do tráfico negreiro para a América, acesse:

Escravidão e resistência no Brasil.
Herança africana.

8.  Para ampliação do conhecimento do professor sobre o tema, acesse:

UMA HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL
Wlamyr R. de Albuquerque e
Walter Fraga Filho. – Para baixar o livro:

LITERATURA AFRO BRASILEIRA
Florentina Souza e Maria Nazaré Lima (orgs.)

9. Para observar imagens de pintores que retrataram a escravidão africana no Brasil, acesse:

Acervo Pinacoteca – Joaquim Candido Guillobel.
Obras de arte – Debret.
Uma viagem pitoresca ao Brasil.

Coleção Brasiliana Itaú

 

Arquivos anexados

  1. Escravidão Africana

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