Conteúdos
Cinema
Objetivos
Conhecer a obra e a biografia de Clarice Lispector;
Refletir sobre as diferenças dos modos de vida das crianças nos anos 1930 e as de hoje;
Comparar e discutir a importância da literatura na formação das crianças de antigamente e de hoje;
Discutir sobre a vida econômica e cultural nas cidades da região nordeste e sudeste;
Links para os conteúdos sugeridos neste plano estão disponíveis na aba Para Organizar seu Trabalho e Saber Mais.
Na aba "Material de Apoio" você encontra este plano de aula disponível para download.
1ª Etapa: Inicio de Conversa
O curta metragem Dona Cristina Perdeu a Memória, de 13 minutos, mostra a relação de amizade que se constrói entre um garoto chamado Antônio com uma senhora que gosta de ser chamada por Cristina. Ele mora ao lado de um asilo de idosos, onde mora Dona Cristina. No primeiro contato Dona Cristina ensina Antônio a dar bom dia e pergunta seu nome. Começa, então, a desfilar histórias sobre o nome Antônio. Somente no segundo contato é que o garoto se dá conta que a senhora se esqueceu de alguns dados e que conta histórias desencontradas. Aos poucos, ele vai entendendo a situação e, com muito carinho, reconhece que tem muito a aprender com ela e que a memória é aquilo que construímos afetivamente.
Assista ao vídeo com antecedência e consulte as sugestões na aba Para Organizar seu Trabalho e Saber Mais.
2ª Etapa: Trabalhar com os conceitos sobre fato histórico e tempo cronológico/ linha do tempo
Para introduzir o conceito de tempo Cronológico, o professor de História pode trabalhar, a partir de uma linha do tempo, a partir da experiência das crianças: ano e mês de nascimento, o ingresso na pré-escola, no ensino fundamental, quando aprenderam a ler, etc. Na sequência pode-se construir uma linha do tempo com fatos históricos que conheçam ou que pessoas de sua convivência conheçam ou tenham presenciado. Assim os alunos terão a dimensão do que é contemporâneo, de fatos presenciados por seus familiares mais velhos, ou fatos bem mais antigos. Dificilmente algum aluno conhecerá alguém que presenciou a 1ª Guerra Mundial, , mas pode ser que conheçam alguém que estava viva na Semana de Arte Moderna ou na 2ª Guerra Mundial. Trata-se de um exercício que relacione fatos históricos à idade de pessoas – idosas ou não – que estão ao seu redor. Para os alunos maiores (Ensino Fundamental II) pode-se trabalhar a ideia de linha do tempo da história da humanidade e a divisão construída das fases da História (pré-história, antiga, medieval, moderna e contemporânea);
Fato e Registro Histórico: Outros conceitos que podem ser trabalhados ou retomados para o trabalho com o vídeo dizem respeito ao fato histórico e ao registro histórico. Quais as “provas” de que um fato realmente aconteceu? É possível mais de uma versão sobre o mesmo fato? As minisséries históricas exibidas na TV ou os filmes que relatam fatos históricos são verdadeiros documentos? Como nossa memória é “construída”? Como os livros didáticos adotam uma versão dos fatos? É possível consultarmos fontes diversas para checar alguns acontecimentos? Pode-se refletir sobre a “alteração” ou a omissão de dados ao longo da História.
3ª Etapa: Exibição do curta Dona Cristina Perdeu a Memória (13 min)
É interessante que se faça uma introdução sobre a diretora (que realizou muitos curtas), que o filme é gaúcho, produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre. O ator Pedro Tergolina é o protagonista do longa metragem dirigido pela mesma diretora “Antes que o mundo acabe” (2010) e hoje é ator da série Malhação, da Rede Globo. No filme, ele ainda é bem pequeno. Percebe-se o sotaque gaúcho dos atores.
4ª Etapa: Debate sobre as impressões após a apresentação do filme
Debate livre sobre o filme, coletando as primeiras impressões. É interessante que as crianças relatem sobre os idosos com os quais elas convivem (vizinhos, amigos, familiares) e se elas conhecem idosos que perderam a memória. Na sequência, o professor pode discutir sobre a troca de cuidados entre a idosa e a criança do filme, a ajuda mútua e o rompimento de preconceitos (simbolicamente, a cerca que os separava foi desfeita) em relação à capacidade dos idosos. O professor também pode ressaltar o quanto o afeto trocado estimulou Dona Cristina e a fez exercitar sua memória. Ao final do debate, o professor pode fazer uma ligação com a questão do fato histórico reconstruído a partir de alguns interesses. Dona Cristina reconhece que a morte de seu filho não foi bem como ela contou, mas ela prefere construir assim o fato (de que ele desapareceu no céu) para não ficar muito triste.
5ª Etapa: Pesquisa
As crianças podem levar, como tarefa de casa, a pesquisa de um determinado fato histórico que tenha ocorrido na juventude de algum de seus familiares. Pode ser uma guerra, um crime que se tornou conhecido, um golpe militar, um grande desastre natural ou a morte repentina de um grande artista. Deve ser um fato amplamente conhecido e noticiado. Ela deve pesquisar em livros e internet como esse fato vem sendo registrado oficialmente e comparar com o relato desse familiar. Certamente essa pessoa deverá relatar a forma como aquela notícia chegou a ela, deve agregar outros acontecimentos pessoais ao fato (onde ela estava e quem lhe deu a notícia). Raramente o fato narrado por alguém corresponde totalmente ao registro oficial. Se possível, a criança pode produzir uma linha do tempo em que ela situe o fato pesquisado em relação aos tempos atuais.
A criança deve registrar sua pesquisa e levá-la para a classe.
6ª Etapa: Compartilhamento das pesquisa
As crianças poderão compartilhar suas pesquisas (pode ser em grupo) e discutir a relativização do fato histórico, o quanto ele é permeado pela memória afetiva. Ao final da atividade, o professor deve retomar os conceitos de fato histórico, tempo cronológico e registro histórico.
7ª Etapa: Outras abordagens
Linguagens e Códigos: Língua Portuguesa e Arte
As produções de textos e trabalhos de artes visuais sobre o filme são sempre bem vindos, mas o ideal é que ocorram depois dos debates e pesquisas.
Projeto Interdisciplinar: Pode-se realizar um amplo projeto de depoimentos de idosos na escola, sobre a história das famílias, dos bairros, das cidades, os modos de vida de antigamente, etc.
8ª Etapa: Inicio de Conversa
O curta metragem Dona Cristina Perdeu a Memória, de 13 minutos, mostra a relação de amizade que se constrói entre um garoto chamado Antônio com uma senhora que gosta de ser chamada por Cristina. Ele mora ao lado de um asilo de idosos, onde mora Dona Cristina. No primeiro contato Dona Cristina ensina Antônio a dar bom dia e pergunta seu nome. Começa, então, a desfilar histórias sobre o nome Antônio. Somente no segundo contato é que o garoto se dá conta que a senhora se esqueceu de alguns dados e que conta histórias desencontradas. Aos poucos, ele vai entendendo a situação e, com muito carinho, reconhece que tem muito a aprender com ela e que a memória é aquilo que construímos afetivamente.
Assista ao vídeo com antecedência e consulte as sugestões na aba Para Organizar seu Trabalho e Saber Mais.
9ª Etapa: Trabalhar com os conceitos sobre fato histórico e tempo cronológico/ linha do tempo
10ª Etapa: Exibição do curta Dona Cristina Perdeu a Memória (13 min)
É interessante que se faça uma introdução sobre a diretora (que realizou muitos curtas), que o filme é gaúcho, produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre. O ator Pedro Tergolina é o protagonista do longa metragem dirigido pela mesma diretora “Antes que o mundo acabe” (2010) e hoje é ator da série Malhação, da Rede Globo. No filme, ele ainda é bem pequeno. Percebe-se o sotaque gaúcho dos atores.
11ª Etapa: Debate sobre as impressões após a apresentação do filme
Debate livre sobre o filme, coletando as primeiras impressões. É interessante que as crianças relatem sobre os idosos com os quais elas convivem (vizinhos, amigos, familiares) e se elas conhecem idosos que perderam a memória. Na sequência, o professor pode discutir sobre a troca de cuidados entre a idosa e a criança do filme, a ajuda mútua e o rompimento de preconceitos (simbolicamente, a cerca que os separava foi desfeita) em relação à capacidade dos idosos. O professor também pode ressaltar o quanto o afeto trocado estimulou Dona Cristina e a fez exercitar sua memória. Ao final do debate, o professor pode fazer uma ligação com a questão do fato histórico reconstruído a partir de alguns interesses. Dona Cristina reconhece que a morte de seu filho não foi bem como ela contou, mas ela prefere construir assim o fato (de que ele desapareceu no céu) para não ficar muito triste.
12ª Etapa: Pesquisa
As crianças podem levar, como tarefa de casa, a pesquisa de um determinado fato histórico que tenha ocorrido na juventude de algum de seus familiares. Pode ser uma guerra, um crime que se tornou conhecido, um golpe militar, um grande desastre natural ou a morte repentina de um grande artista. Deve ser um fato amplamente conhecido e noticiado. Ela deve pesquisar em livros e internet como esse fato vem sendo registrado oficialmente e comparar com o relato desse familiar. Certamente essa pessoa deverá relatar a forma como aquela notícia chegou a ela, deve agregar outros acontecimentos pessoais ao fato (onde ela estava e quem lhe deu a notícia). Raramente o fato narrado por alguém corresponde totalmente ao registro oficial. Se possível, a criança pode produzir uma linha do tempo em que ela situe o fato pesquisado em relação aos tempos atuais.
A criança deve registrar sua pesquisa e levá-la para a classe.
13ª Etapa: Compartilhamento das pesquisa
As crianças poderão compartilhar suas pesquisas (pode ser em grupo) e discutir a relativização do fato histórico, o quanto ele é permeado pela memória afetiva. Ao final da atividade, o professor deve retomar os conceitos de fato histórico, tempo cronológico e registro histórico.
14ª Etapa: Outras abordagens
Linguagens e Códigos: Língua Portuguesa e Arte
As produções de textos e trabalhos de artes visuais sobre o filme são sempre bem vindos, mas o ideal é que ocorram depois dos debates e pesquisas.
Projeto Interdisciplinar: Pode-se realizar um amplo projeto de depoimentos de idosos na escola, sobre a história das famílias, dos bairros, das cidades, os modos de vida de antigamente, etc.
Materiais Relacionados
1. Assista ao vídeo Dona Cristina perdeu a memória em http://www.portacurtas.com.br/beta/filme/?name=dona_cristina_perdeu_a_memoria
2. Um livro infantil que faz ótima relação com esse filme é Guilherme Augusto Araújo Fernandes, de Mem Fox, ilustrações de Julie Vivas, tradução de Gilda de Aquino. (editora Brink-book). O livro conta a história de um menino que morava ao lado de um asilo de idosos. Ele se afeiçoa a muitos deles, mas especialmente a uma senhora que perde a memória. Ele vai, então, para ajudar a encontrar a memória de Dona Antônia, pesquisar o que é memória. É uma história que trata da relação criança-idoso de forma muito poética. Uma ótima oportunidade de se trabalhar com crianças o respeito e a importância dos idosos na nossa construção de identidade. Pode ser lido no formato impresso ou na internet no link: http://bancodashistorias.blogspot.com/2008/04/guilherme-augusto-arajo-fernandes-mem.html
3. Algumas instituições tratam da inclusão dos idosos e da valorização da memória e da história oral. Uma delas é o Museu da Pessoa.
4. Outra instituição ligada à USP é a Estação Memória, cuja história pode ser encontrada no link: http://estacaomemoria.blogspot.com/