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Colonização Espanhola – A história da colonização contada através de diferentes pontos de vista

Objetivos

• Interpretar histórica e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura;
• Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura;
• Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço;
• Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.

Veja também:

Período Joanino: a vinda da família real portuguesa para o Brasil

Acontecimentos que levaram à Comuna de Paris

1ª Etapa: Retomada Conceitual.

Após a realização da atividade interativa, proponha que os alunos se dividam em quatro grupos. Cada grupo ficará responsável em responder a uma das questões elaboradas a partir do texto de Eduardo Galeano.

Sugerimos que leia o texto abaixo com os alunos, e depois os oriente para a interpretação do texto seguindo o questionário que se segue. Esta é uma forma de trabalhar a leitura como fonte para conhecer a História, ou seja, como documento. Neste sentido, é possível ainda trabalhar os conceitos de fontes primária e secundária. As fontes primárias são documentos – governamentais, diários pessoais etc. – produzidos no período em que ocorreu determinado acontecimento, ou mesmo um depoimento, oral ou escrito, de alguém que tenha vivido o acontecimento, ou ainda uma imagem ou ilustração feita no momento; e as fontes secundárias como sendo os textos produzidos a partir do estudo das fontes primárias e de outras fontes secundárias.
Seguindo esta forma de entender os documentos, o texto de Eduardo Galeano pode ser interpretado como uma fonte secundária, ou seja, um texto produzido a partir do estudo do tema.

Pode-se ainda situar o autor em seu contexto, a partir das perguntas: quem é Eduardo Galeano – sua nacionalidade, ano de nascimento, momento de produção de sua obra; como se compõe o conjunto de sua obra; principais temas desenvolvidos pelo autor. Num momento posterior, pode-se também contextualizar o livro “As veias abertas da América Latina”, a partir do seu ano de produção, tipo de narrativa e temas abordados.

A seguir, proponha a leitura do texto:

A pimenta, o gengibre, o cravo, a noz-moscada e a canela eram tão cobiçados como o sal para conservar a carne no inverno, sem que se apodrecesse ou perdesse o sabor. Os Reis Católicos de Espanha decidiram financiar a aventura do acesso direto às fontes, para se libertarem da onerosa cadeia de intermediários e revendedores que açambarcavam o comércio das especiarias e plantas tropicais, as musselinas e as armas brancas, provenientes de misteriosas regiões do oriente. O desejo de metais preciosos, meio de pagamento para o tráfico comercial, impulsionou também a travessia dos mares malditos. A Europa inteira necessitava de prata: os filões da Boemia, Saxônia e Tirol já estavam quase exaustos.
A Espanha vivia o tempo da reconquista. 1492 não foi só o ano do descobrimento da América, o novo mundo nascido do equívoco de consequências grandiosas. Foi também o ano da recuperação de Granada. Fernando de Aragão e Isabel de Castela, superando com o casamento a perda de seus domínios, tomaram em começos de 1492 o último reduto dos árabes em solo espanhol. Custara quase oito séculos recobrar o que se havia perdido em sete anos, e a guerra de reconquista esgotara o tesouro real. Mas, esta era uma guerra santa, a guerra cristã contra o Islã, e não é por acaso, além disso, que neste mesmo ano de 1492 cento e cinquenta mil judeus declarados foram expulsos do país. A Espanha adquiria realidade como nação; levantando espadas cujas empunhaduras desenhavam o sinal da cruz. A rainha Isabel fez-se madrinha da Santa Inquisição. A façanha do descobrimento da América não podia explicar-se sem a tradição militar de guerra de cruzadas que imperava na Castela medieval, e a Igreja não se fez de rogada para dar caráter sagrado à conquista de terras incógnitas do outro lado do mar. O papa Alexandre VI, que era espanhol, converteu a rainha Isabel em dona e senhora do Novo Mundo. A expansão do reino de Castela ampliava o reino de Deus sobre a Terra
”.

Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. p. 10 e 11.

Oriente os alunos que, para responderem às questões, devem servir-se do texto e de pesquisas específicas (relacionadas ao tema) na internet:

1 – Porque as especiarias eram importantes para os europeus?
2 – Quem eram os reis católicos e porque eram assim chamados?
3 – Quem eram os intermediários, referidos no texto, do comércio de especiarias entre o Oriente e a Europa Ocidental até o século XVI?
4 – Porque a Europa precisava de metais preciosos?
5 – O que foi a Reconquista na Espanha e o que ela representou para a formação do Império espanhol?

Na realização da pesquisa, oriente que os alunos pesquisem outros aspectos relacionados ao tema da pergunta sobre a qual trabalharão, assim como tomem conhecimento das outras perguntas e levantem também argumentos para questionar os outros grupos.

Organize um debate em que cada grupo tenha um tempo determinado para expor suas respostas e opiniões, para que os outros grupos possam questionar e para que cada um possa argumentar em sua defesa.

A finalização se dará pela apresentação das respostas e os debates que a ela se seguirem.

2ª Etapa: Introdução ao tema.

Introduza o assunto fazendo um levantamento coletivo sobre os conhecimentos prévios a respeito da Colonização Espanhola. Para auxiliar os alunos, proponha as seguintes questões:
– Quais eram os motivos que levaram a Espanha a realizar essas expedições marítimas?
– Os objetivos eram só financeiros?
– Quem liderou essas expedições?
– Onde os espanhóis pretendiam chegar e onde, de fato, chegaram?
– Quais as características e costumes dos povos que foram colonizados?
Divida a sala em grupos e oriente cada grupo a elaborar questões, a partir do levantamento de ideias iniciais, destacando o que não sabem e gostariam de saber a respeito da Colonização Espanhola.
O professor deverá olhar as questões propostas e realizar intervenções necessárias, propondo novas questões, caso perceba esta necessidade.

3ª Etapa: Exploração da Atividade Interativa.

Organize a turma em duplas de trabalho para utilização de computadores portáteis ou dos computadores da sala de informática.
Peça para que os alunos acessem a atividade interativa “Colonização Espanhola”, disponível no site NET Educação (material de apoio).
Nessa atividade, os alunos poderão explorar as características da Colonização Espanhola do ponto de vista dos índios, jesuítas, colonizadores, realeza etc. Poderão discutir quais eram os reais objetivos da colonização antes de darem início às expedições e o que de fato aconteceu depois de chegarem em terra firme.
É importante, nesse momento de realização da atividade interativa, circular entre os grupos para solucionar possíveis dúvidas.

4ª Etapa: Introdução ao tema.

Introduza o assunto fazendo um levantamento coletivo sobre os conhecimentos prévios a respeito da Colonização Espanhola. Para auxiliar os alunos, proponha as seguintes questões:

– Quais eram os motivos que levaram a Espanha a realizar essas expedições marítimas?
– Os objetivos eram só financeiros?
– Quem liderou essas expedições?
– Onde os espanhóis pretendiam chegar e onde, de fato, chegaram?
– Quais as características e costumes dos povos que foram colonizados?

Divida a sala em grupos e oriente cada grupo a elaborar questões, a partir do levantamento de ideias iniciais, destacando o que não sabem e gostariam de saber a respeito da Colonização Espanhola.

O professor deverá olhar as questões propostas e realizar intervenções necessárias, propondo novas questões, caso perceba esta necessidade.

5ª Etapa: Exploração da Atividade Interativa.

Organize a turma em duplas de trabalho para utilização de computadores portáteis ou dos computadores da sala de informática.
Peça para que os alunos acessem a atividade interativa “Colonização Espanhola”, disponível no site NET Educação (material de apoio).

Nessa atividade, os alunos poderão explorar as características da Colonização Espanhola do ponto de vista dos índios, jesuítas, colonizadores, realeza etc. Poderão discutir quais eram os reais objetivos da colonização antes de darem início às expedições e o que de fato aconteceu depois de chegarem em terra firme.

É importante, nesse momento de realização da atividade interativa, circular entre os grupos para solucionar possíveis dúvidas.

6ª Etapa: Retomada Conceitual.

Após a realização da atividade interativa, proponha que os alunos se dividam em quatro grupos. Cada grupo ficará responsável em responder a uma das questões elaboradas a partir do texto de Eduardo Galeano.
Sugerimos que leia o texto abaixo com os alunos, e depois os oriente para a interpretação do texto seguindo o questionário que se segue. Esta é uma forma de trabalhar a leitura como fonte para conhecer a História, ou seja, como documento. Neste sentido, é possível ainda trabalhar os conceitos de fontes primária e secundária. As fontes primárias são documentos – governamentais, diários pessoais etc. – produzidos no período em que ocorreu determinado acontecimento, ou mesmo um depoimento, oral ou escrito, de alguém que tenha vivido o acontecimento, ou ainda uma imagem ou ilustração feita no momento; e as fontes secundárias como sendo os textos produzidos a partir do estudo das fontes primárias e de outras fontes secundárias.
Seguindo esta forma de entender os documentos, o texto de Eduardo Galeano pode ser interpretado como uma fonte secundária, ou seja, um texto produzido a partir do estudo do tema.
Pode-se ainda situar o autor em seu contexto, a partir das perguntas: quem é Eduardo Galeano – sua nacionalidade, ano de nascimento, momento de produção de sua obra; como se compõe o conjunto de sua obra; principais temas desenvolvidos pelo autor. Num momento posterior, pode-se também contextualizar o livro “As veias abertas da América Latina”, a partir do seu ano de produção, tipo de narrativa e temas abordados.
A seguir, proponha a leitura do texto:
“A pimenta, o gengibre, o cravo, a noz-moscada e a canela eram tão cobiçados como o sal para conservar a carne no inverno, sem que se apodrecesse ou perdesse o sabor. Os Reis Católicos de Espanha decidiram financiar a aventura do acesso direto às fontes, para se libertarem da onerosa cadeia de intermediários e revendedores que açambarcavam o comércio das especiarias e plantas tropicais, as musselinas e as armas brancas, provenientes de misteriosas regiões do oriente. O desejo de metais preciosos, meio de pagamento para o tráfico comercial, impulsionou também a travessia dos mares malditos. A Europa inteira necessitava de prata: os filões da Boemia, Saxônia e Tirol já estavam quase exaustos.
A Espanha vivia o tempo da reconquista. 1492 não foi só o ano do descobrimento da América, o novo mundo nascido do equívoco de consequências grandiosas. Foi também o ano da recuperação de Granada. Fernando de Aragão e Isabel de Castela, superando com o casamento a perda de seus domínios, tomaram em começos de 1492 o último reduto dos árabes em solo espanhol. Custara quase oito séculos recobrar o que se havia perdido em sete anos, e a guerra de reconquista esgotara o tesouro real. Mas, esta era uma guerra santa, a guerra cristã contra o Islã, e não é por acaso, além disso, que neste mesmo ano de 1492 cento e cinquenta mil judeus declarados foram expulsos do país. A Espanha adquiria realidade como nação; levantando espadas cujas empunhaduras desenhavam o sinal da cruz. A rainha Isabel fez-se madrinha da Santa Inquisição. A façanha do descobrimento da América não podia explicar-se sem a tradição militar de guerra de cruzadas que imperava na Castela medieval, e a Igreja não se fez de rogada para dar caráter sagrado à conquista de terras incógnitas do outro lado do mar. O papa Alexandre VI, que era espanhol, converteu a rainha Isabel em dona e senhora do Novo Mundo. A expansão do reino de Castela ampliava o reino de Deus sobre a Terra”
Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. p. 10 e 11.
Oriente os alunos que, para responderem às questões, devem servir-se do texto e de pesquisas específicas (relacionadas ao tema) na internet:
1 – Porque as especiarias eram importantes para os europeus?
2 – Quem eram os reis católicos e porque eram assim chamados?
3 – Quem eram os intermediários, referidos no texto, do comércio de especiarias entre o Oriente e a Europa Ocidental até o século XVI?
4 – Porque a Europa precisava de metais preciosos?
5 – O que foi a Reconquista na Espanha e o que ela representou para a formação do Império espanhol?
Na realização da pesquisa, oriente que os alunos pesquisem outros aspectos relacionados ao tema da pergunta sobre a qual trabalharão, assim como tomem conhecimento das outras perguntas e levantem também argumentos para questionar os outros grupos.
Organize um debate em que cada grupo tenha um tempo determinado para expor suas respostas e opiniões, para que os outros grupos possam questionar e para que cada um possa argumentar em sua defesa.
A finalização se dará pela apresentação das respostas e os debates que a ela se seguirem.

Ensine também:

A conferência de Paris e o Tratado de Versalhes (1919)

A independência dos países africanos

 

Atualizado em 16/04/2021, às 16h07

Materiais Relacionados

Caro professor, antes de iniciar esta atividade, é importante que se aproprie de algumas informações sobre o tema. Selecionamos os links abaixo para ajudá-lo.

A colonização da América Espanhola – história de uma conquista violenta:
https://www.algosobre.com.br/historia/a-colonizacao-da-america-espanhola-historia-de-uma-conquista-violenta.html

A colonização da América Espanhola – antigo sistema colonial:
http://www.colegioweb.com.br/historia/a-colonizacao-espanhola-da-america.html

Colonização Espanhola:
https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/colonizacao-espanhola.htm

Economia e Sociedade na América Espanhola:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/america-espanhola

Novo Telecurso – Colonização Espanhola e Inglesa da América:
http://www.youtube.com/watch?v=ZuLbjGYk6Cw (parte1)
http://www.youtube.com/watch?v=iRprTQB08iA&feature=related (parte 2)

Eduardo Galeano
http://www.infoescola.com/biografias/eduardo-galeano/

Texto – Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina. RJ, Paz e Terra. p. 10 e 11.

Arquivos anexados

  1. Colinização Espanhola

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