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Colonialismo

Objetivos

Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca das práticas do período colonial;
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinadas práticas de época;
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos;
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço;
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.

Antes de dar inicio às Etapas consulte a aba Para Saber Mais.

1ª Etapa: Introdução ao tema

Pergunte aos alunos por que utilizamos o termo índio para os habitantes que viviam na América antes da chegada dos europeus? Afinal, eles não viviam nas Índias para serem chamados assim.

Ressalte que, nesta aula, a discussão sobre o índio será feita com base na observação de algumas imagens. Pergunte se eles sabem qual o sistema econômico predominante na Europa antes do atual Capitalismo e sua principal fonte de lucro.

Reforce que aprenderão como se deu a colonização do nosso país, os interesses envolvidos neste processo e o sistema de Capitanias Hereditárias.

Enfim, levante a questão do Pacto Colonial, com a seguinte pergunta: você já fez um pacto com alguém? Imagine que um pacto – ou aliança – deve ser bom para todos os envolvidos. Mas será que o pacto colonial beneficiava a todos?

2ª Etapa: Explorando a atividade

Proponha que os grupos explorem a atividade interativa “Viagem ao período colonial”, disponível no Portal Net Educação. A exploração pode ser feita em duplas ou trios.

O desafio desta atividade é levar os alunos a descobrirem o surgimento do Colonialismo fazendo pesquisas orientadas dentro da atividade, por meio de uma máquina do tempo. Ao chegarem ao porto de Salvador, devem clicar nas personagens para verificarem o tipo de informação que cada um dará para a sua pesquisa, e depois aprofundarem os conhecimentos passando pelos vários locais como porão, cabine do capitão e mirante.

Cada grupo deve, durante as atividades, fazer a coleção de fotografias que obteve em cada uma das pesquisas realizadas e iniciar um relato que se tornará o registro da pesquisa dentro da atividade e que deverá ser apresentada ao final da mesma.

Caso queira animar ainda mais as questões sugeridas na atividade, você pode dividir a classe em grupos maiores que, além de cumprirem as pesquisas propostas pela atividade, podem receber uma ficha com um texto e links que os ajudarão na pesquisa e a aprofundar o tema colaborando assim para um relatório mais completo.

Ficha 1 – Porão

Você percebeu que a criação de colônias era necessária para conseguir uma balança comercial favorável. Estas colônias foram criadas a partir das navegações, como vimos anteriormente. Dentro desse quadro, Pedro Álvares Cabral conquistou o Brasil para a Coroa portuguesa em 1500.

Muitos historiadores questionam se a chegada deste navegador português foi intencional ou por acaso. O que você acha? Participe da discussão no fórum e deixe a sua opinião: http://historiadigital.forumeiros.com/t21-a-chegada-de-pedro-lvares-cabral-ao-brasil-foi-intencional-ou-sem-querer.

De qualquer forma, em 1530, Portugal passou a colonizar efetivamente o Brasil. Inicia-se, assim, o Pacto Colonial entre Brasil e Portugal. E como funcionava? O Brasil era a colônia e, Portugal, a metrópole. Dê uma olhada com cuidado nesta imagem, que mostra a lógica por trás do Pacto Colonial: http://4.bp.blogspot.com/_QBM426MleNg/S7EkrhhuOSI/AAAAAAAAAAo/tL8kG0ZPsMU/s1600/pacto-colonial.jpg.

Por meio dela, você percebe que Portugal se apropriava das matérias-primas brasileiras e impunha um monopólio comercial, pois a colônia não podia comprar produtos de outras regiões, apenas da metrópole.

Neste caso, o pacto servia muito bem para metrópole, mas pouco beneficiava a colônia. Perceba como esta charge, de uma forma bem-humorada, mostra os benefícios da metrópole: http://3.bp.blogspot.com/_39ephwOkYhQ/SwUmrHRzjbI/AAAAAAAAAU0/qHLHUN0RSEI/s400/pacto.gif. Neste caso, o Brasil era visto como a “galinha dos ovos de ouro” de Portugal.

Ficha 2A  Cabine do Capitão – Livro de registros

Podemos dizer que o colonialismo, ou sistema colonial, iniciou com a Expansão Marítima, movimento que ocorreu na Europa, a partir do séc. XV, quando nacões europeias – lideradas por Portugal e Espanha – lançaram-se na conquista dos mares. Saiba mais sobre a Expansão Marítima assistindo a este vídeo: http://www.historiadigital.org/2009/12/video-grandes-navegacoes-historia.html.

Você percebeu que os europeus tinham interesses comerciais nas navegações, e navegavam em busca de um caminho para as Índias. Nesta região, eles podiam adquirir especiarias e vende-las muito caro na Europa. Conheça o potencial comercial das especiarias neste artigo: http://www.historiadigital.org/2009/03/ensinando-de-forma-diferente.html.

Porém, além das especiarias, as navegações serviam a outros interesses. Por exemplo, a Igreja desejava catequizar outros povos, como forma de compensar a perda de fieis na Europa, devido à Reforma Protestante. Os reis, por sua vez, desejavam conquistar novas terras, como forma de aumentar o seu território e a quantidade de impostos e matérias-primas para o comércio. Este comércio é a base do Mercantilismo, sistema econômico que precedeu o Capitalismo como conhecemos hoje.

O Mercantilismo foi um conjunto de práticas econômicas, surgido na Europa a partir do séc. XV. Estas práticas econômicas visavam o acúmulo de ouro e prata, metais que simbolizavam grande poder na época.

Além disso, os reis da Europa desejavam conseguir uma balança comercial favorável, ou seja, vender mais do que comprar. Afinal, para ter os cofres reais sempre cheios de ouro e prata, era necessário exportar mais produtos do que importar.

O Estado – simbolizado pelo grande poder do rei – intervinha muito na economia, como forma de controlar as importações. Podemos dizer também que, para manter a lógica do Mercantilismo, a criação de colônias se fazia estritamente necessária.

Sente em dupla com um colega seu e ouça este podcast (áudio), buscando saber mais sobre esta práticas econômica: http://www.4shared.com/file/116174161/ba65e432/Mercantilismo.html. Em seguida, resolva este caça-palavras para testar o seu conhecimento sobre o assunto: http://www.historiadigital.org/2010/11/caca-palavras-sobre-o-mercantilismo.html.

Ficha 2B – Cabine do Capitão – Mapa de navegação

Alguns anos depois que a América foi conquistada pelos espanhois, foi assinado o Tratado de Tordesilhas (1494), que dividia as terras americanas entre Portugal e Espanha. A parte que cabia a Portugal foi dividida em Capitanias Hereditárias. As Capitanias Hereditárias eram faixas de terras doadas pela Coroa Portuguesa aos nobres da época, para que estes assumissem os custos da colonização das terras brasileiras, livrando a Coroa de investir seus parcos recursos na região. Ao mesmo tempo, os nobres garantiam o direito de exploração da terra a fim de obterem lucro. Estas faixas ocupavam, sobretudo, as regiões litorâneas, que tinham melhor solo para o cultivo da cana e eram mais fáceis de serem exploradas.

E foi este o modelo que vigorou em nosso território no início da colonização, enquanto o interior que não tinha recursos aparentes e era mais difícil de ser conquistado ainda não era desbravado.

 Observe este mapa e conheça como seu deu a divisão de nosso território pelas Capitanias Hereditárias: http://www.historiadigital.org/2009/08/atlas-historico-brasil-capitanias.html. Com o auxílio do seu professor de Geografia, procure responder: quais regiões brasileiras ainda não existiam neste período? Agora, aprofunde um pouco mais seus conhecimentos com este vídeo: http://www.historiadigital.org/2010/06/video-o-inicio-da-colonizacao.html.

 Por meio dele, você percebeu que, com o fracasso do sistema de Capitanias Hereditárias, a economia passou a se concentrar no Nordeste, através da produção de açúcar. Iniciou-se, assim, o chamado ciclo econômico do açúcar. Porém, os portugueses não iam colocar a “mão na massa”, lavrando a terra e colhendo a cana. Para trabalhar, começou-se a utilizar o trabalho escravo. Vamos ver se você compreendeu a economia no sistema colonial.

Em dupla, tente resolver este jogo, tomando as decisões sobre a economia colonial: http://www.gameshistoricos.com/2010/08/infografico-comercio-colonial-pacto.html. Quando conseguir vencer este desafio, compartilhe os resultados com a turma.

Ficha  3 – Mirante

E o que o indígena tem a ver com esta relação entre colônia e metrópole? Vimos anteriormente que um dos objetivos das navegações foi a catequização dos índios. Aliás, o nome “índio” foi um erro histórico. Quando o navegador Cristóvão Colombo chegou na América, pensou ter alcançado as Índias. Assim, deu o nome de índios para os habitantes que aqui viviam.

Este erro histórico nunca foi consertado. Para justificar o domínio dos povos e do território, os europeus representavam os índios como selvagens. Veja esta imagem criada por Theodore de Bry, no séc. XVI: http://people.ufpr.br/~lgeraldo/theodoredebry1.jpg. Agora, sente-se em pequenos grupos e discuta com seus colegas: o que mostra a imagem? Quais as práticas realizadas pelos indígenas? Este padrão de comportamento era comum entre os habitantes daqui?

3ª Etapa: Julgando o nosso processo colonizador

Após a conclusão das atividades, proponha que os alunos preparem um júri simulado, abordando os prós e contras da colonização portuguesa no Brasil. Este tipo de atividade permite que os alunos reflitam sobre os conteúdos apreendidos, busquem argumentos sólidos para justificar suas idéias e explorem sua capacidade linguística na apresentação destes argumentos.

Para ajudar na elaboração da atividade, siga as etapas de um Júri Simulado:

1- Selecione ideias polêmicas, versões dúbias para um mesmo fato e argumentos que se contradigam entre os conteúdos do tema. É indispensável que, antes do dia marcado para a realização do debate, os alunos tenham estudado o tema, conheçam argumentos favoráveis e contrários e que, pesquisando, busquem aprofundá-lo. Para essa atividade, os grupos assumirão três papéis diferentes: defesa, acusação e corpo de jurados.

2- Iniciada a atividade, o professor sintetiza o tema para a classe, levanta os pontos polêmicos mais evidentes e convoca uma das equipes, previamente preparada, para apresentar seus argumentos. Essa apresentação pode ser apenas verbal, mas o grupo tem toda a liberdade para enriquecê-la com gráficos, imagens, entrevistas gravadas, textos selecionados e outros dados.

3- Após a apresentação dos argumentos iniciais – que podem ser de defesa ou acusação -, é chamado o grupo opositor, que disporá de tempo igual ao primeiro para expor seus argumentos. Após réplicas sempre conduzidas pelo professor, inicia-se o julgamento das teses propostas. É importante destacar que, sempre se julgarão as teses e argumentos, jamais os grupos que as defenderam.

4- Terminada a apresentação dos argumentos de defesa e de acusação e as respectivas réplicas, esclarecidas eventuais dúvidas dos jurados, o professor orienta os debates que conduzirão ao julgamento, destacando-o por meio de diferentes quesitos.

5- Após o julgamento, é importante que o professor apresente os elementos mais marcantes no tema debatido, que mostra que, muitas vezes, circunstâncias de tempo ou local interferem nas decisões, e que permita que os alunos, além da compreensão em profundidade do tema discutido, construam progressivamente a percepção de como é possível estruturar uma argumentação e como o julgamento de ideias e valores mostra-se sensível à lógica de sua apresentação e aos contextos inseridos no tempo e no espaço.

 

 

 

Materiais Relacionados

Caro professor, os links a seguir contribuirão para melhor fundamentação a respeito do tema proposto e também poderão ser utilizados com os alunos. Há também tutoriais para produção de áudio, vídeo e uso de editor de texto que poderão ser utilizados como apoio às produções dos alunos.

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