Conteúdos

Sexualidade na adolescência;

Diversidade Sexual;

Deficiência física;

Bullying;

Exclusão;

 

Objetivos

Discutir a homofobia e os direitos constitucionais de liberdade de orientação sexual;

Refletir e discutir a exclusão de pessoas portadoras de deficiências;

Refletir sobre os estereótipos de personagens homossexuais exibidos na TV; 

Discutir sobre o despertar da sexualidade na adolescência;  

Problematizar o termo  "Bullying" e as várias manifestações de preconceito e exclusão na escola;

 

1ª Etapa: Preparação

É muito comum que jovens não consigam ter a dimensão histórica das conquistas sociais. Assim como a proibição do fumo em ambientes fechados foi objeto de longa luta, deficientes tiveram muitas dificuldade para ganhar os espaços já havia condições favoráveis para sair de casa: as ruas e edifícios não eram adaptados, as escolas não dispunham de professores preparados, as tecnologias assistivas ainda não eram muito desenvolvidas, nem havia leis que garantisse vagas de trabalho nas empresas. Da mesma maneira houve uma grande luta para garantir direitos aos homossexuais. A descriminação era imensa. 

 

Uma sugestão de atividade é que a classe seja dividida em dois grupos. O primeiro vai pesquisar junto aos familiares, conhecidos e na internet como se lidava com a deficiência física em vários períodos históricos, no Brasil. As conquistas sociais dos deficientes físicos – acessibilidade nas ruas, nos edifícios, nas escolas, instituições, formação de professores, tecnologias assistivas, aceitação das famílias e da sociedade – foi um processo, resultante de muita luta e mudanças de mentalidade. 

 

O outro grupo vai pesquisar como a sociedade lidava com o tema da homossexualidade em outras épocas, no Brasil. Como o tema aparecia nos romances, nas piadas, nas marchinhas de carnaval, nas novelas, nos programas de humor até os movimentos massivos como paradas gay e outros de luta pelo direito à diversidade sexual. Qual comportamento hoje é politicamente correto e por que aconteceram mudanças? O mesmo grupo pode pesquisar casos recentes de homofobia. 

 

Em aula pré-determinada, os grupos se apresentam para toda a classe, promovendo debate sobre o que significam tais conquistas sociais.

 

2ª Etapa: Exibição do Filme Curta Metragem

O curta metragem Eu não quero voltar sozinho, de 15 minutos, talvez já seja conhecido dos alunos, pois teve grande divulgação no youtube (3 milhões de visualizações).  O filme deve ser exibido e debatido nas escolas, pois tem uma forma delicada de abordar um tema considerado difícil, mas extremamente necessário em função da permanência de atitudes homofóbicas na sociedade, inclusive entre a juventude. Não há necessidade de apresentação introdutória ao filme, a não ser a explicação de que se trata do curta e não do longa metragem. Ambos os filmes se relacionam, mas são diferentes.

3ª Etapa: Debate sobre o filme

O curta metragem traz a história de Leonardo, um garoto de aproximadamente 16 anos, que é deficiente visual e está na fase de descoberta do amor. Ele se sente atraído por um amigo novo da escola, o que abala a relação com sua melhor amiga, Giovana. 

 

O debate pode gerar polêmica pelas duas condições de Leonardo: por ser cego e por se descobrir homossexual. Normalmente, adolescentes sentem-se mais à vontade para falar sobre homossexualidade do que adultos, já que vivem uma época que trata o tema abertamente. Porém, a naturalidade em relação ao assunto não quer dizer que não existam preconceitos e intolerância. A mídia veicula estereótipos o que reforça o preconceito. O buylling é uma forma de intimidação e humilhação que, em geral, vitima os diferentes. O respeito às diferenças e o conceito de alteridade devem conduzir os debates.

 

O debate deve acontecer espontaneamente, com pequenas intervenções do professor. A brincadeira e as piadas podem ser sinal de nervosismo e dificuldade de abordar o tema. O professor pode, ao invés de reprimir, aproveitá-las para levar alimentar a discussão. Questões também podem ser colocadas para estimular a discussão. O objetivo é propor a discussão e a reflexão e não chegar a consensos:

 

Qual é o principal tema do filme: a deficiência visual ou a iniciação ao amor, no caso, por alguém do mesmo sexo?

Por que será que o diretor quis colocar um garoto cego para tratar da homossexualidade? Quais os sentidos que um deficiente visual desenvolve mais que as pessoas que enxergam? Tato, audição, olfato? Em quais cenas esses sentidos em Leonardo são mostrados? 

O filme mostra o desconforto e a insegurança do primeiro amor, mostrando que, independente de orientação sexual, o “frio na barriga” está presente. O mesmo pode-se dizer do amor platônico de Giovana por Léo e o ciúme que ela sente quando chega Gabriel?  

Como a maioria das pessoas reage diante de alguém com deficiência? E como reagem ao saber que alguém sente amor por uma pessoa do mesmo sexo?

Como as diversas religiões se manifestam quanto à homossexualidade? 

Como a sociedade reagiu recentemente à cena do beijo-gay na novela? Quem já assistiu a beijos entre pessoas do mesmo sexo na rua? Como se sentiu? 

Por que existem ataques homofóbicos? Quais as origens da homofobia?

De que forma as manifestações de homofobia podem ser comparadas às de racismo? (exemplo, jogadores negros que são chamados de macacos pelas torcidas europeias);

Que outros tipos de intolerância e descriminação podem ser identificados em nossa sociedade? 

 

4ª Etapa: Pesquisa sobre as conquistas sociais dos excluídos

É muito comum que jovens não consigam ter a dimensão histórica das conquistas sociais. Assim como a proibição do fumo em ambientes fechados foi objeto de longa luta, deficientes tiveram muitas dificuldade para ganhar os espaços já havia condições favoráveis para sair de casa: as ruas e edifícios não eram adaptados, as escolas não dispunham de professores preparados, as tecnologias assistivas ainda não eram muito desenvolvidas, nem havia leis que garantisse vagas de trabalho nas empresas. Da mesma maneira houve uma grande luta para garantir direitos aos homossexuais. A descriminação era imensa. 

 

Uma sugestão de atividade é que a classe seja dividida em dois grupos. O primeiro vai pesquisar junto aos familiares, conhecidos e na internet como se lidava com a deficiência física em vários períodos históricos, no Brasil. As conquistas sociais dos deficientes físicos – acessibilidade nas ruas, nos edifícios, nas escolas, instituições, formação de professores, tecnologias assistivas, aceitação das famílias e da sociedade – foi um processo, resultante de muita luta e mudanças de mentalidade. 

 

O outro grupo vai pesquisar como a sociedade lidava com o tema da homossexualidade em outras épocas, no Brasil. Como o tema aparecia nos romances, nas piadas, nas marchinhas de carnaval, nas novelas, nos programas de humor até os movimentos massivos como paradas gay e outros de luta pelo direito à diversidade sexual. Qual comportamento hoje é politicamente correto e por que aconteceram mudanças? O mesmo grupo pode pesquisar casos recentes de homofobia. 

 

Em aula pré-determinada, os grupos se apresentam para toda a classe, promovendo debate sobre o que significam tais conquistas sociais.

 

Materiais Relacionados

1. O  curta metragem Eu não quero voltar sozinho está acessível em https://www.youtube.com/watch?v=1Wav5KjBHbI.

2. As questões da diversidade sexual e da liberdade de orientação sexual integram as diretrizes da Educação em Direitos Humanos. Em 2004, o governo federal, em consonância com a sociedade civil, lançou o programa "Brasil sem Homofobia", lançando um documento de orientação para as escolas. Tal publicação é acessível no link: 
http://www.ypinaction.org/files/01/94/Homophobia_in_schools.pdf
 
Seria muito interessante que este documento estivesse ao alcance dos professores de todas as escolas, não apenas para que os educadores soubessem como cumprir as diretrizes em defesa dos Direitos Humanos, mas para que, em debate, elaborassem melhor as práticas de combate ao preconceito e à exclusão.  
 
3. No Portal NET Educação, entre outras sugestões, existe um plano de aula com o tema Adolescência e Sexualidade, que contempla três filmes brasileiros. Se os educadores se interessarem por realizar um projeto especial sobre o tema, o curta Eu não quero voltar sozinho integra-se totalmente a esse conjunto de filmes. O link para esse plano de aula é: 
 
http://www.neteducacao.com.br/experiencias-educativas/fundamental-i/cinema/adolescencia-e-sexualidade
 
4. A deficiência visual de Leonardo, protagonista do filme, permite uma discussão sobre o movimento (historicamente recente) da sociedade civil em torno da inclusão de deficientes físicos, inclusive no meio escolar. Leo acompanha as aulas e estuda em Braille. Sua autonomia é relativa (no longa metragem, seu desejo de autonomia será um dos focos do filme) e a solidariedade dos amigos em função de sua deficiência é uma das marcas da amizade entre eles. O conhecimento sobre as tecnologias assistivas pode ser aprofundado no link http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2010/08/tecnologia-assistiva, assim como as possibilidades de avanço na inclusão de deficientes visuais podem ser acompanhadas no link da Associação Laramara: http://laramara.org.br/. 
 

Arquivos anexados

  1. Cinema e Educação_Eu não quero voltar sozinho
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