Conteúdos

 História do cinema e suas artes.

Objetivos

Conhecer a história dos primórdios do cinema e dos efeitos especiais; 

Conhecer o cinema mudo (ou silencioso) e suas expressões; 
Refletir sobre a natureza das ficções científicas;
 

1ª Etapa: Início de Conversa

Georges Méliès, por ser ilusionista, descobriu possibilidades de trucagens com as filmagens e desenvolveu a edição de cenas. O curta metragem Viagem à Lua, de 1902, é considerado a primeira narrativa do cinema e repleto de efeitos especiais, o que representou muita inovação e criatividade para a época. Ainda assim, pode-se perceber, em Viagem à Lua, que os planos eram parados, isto é, a câmera (que era bem pesada nessa época) ficava parada, filmando a cena como se fosse o palco de um teatro.  

2ª Etapa: Apresentação e Exibição do Filme

O filme pode ser apresentado na contextualização dos primórdios do cinema (veja o Texto no Material de Apoio) como foco na importância deste filme. Muitos dos alunos podem ter assistido ao filme A Invenção de Hugo Cabret, que conta história de Méliès e mostra um trecho da Viagem à Lua. Agora o filme será exibido na íntegra (12min). Também é interessante explicar que ele fora realizado em preto e branco e colorizado manualmente depois. 

3ª Etapa: Criando um filme mudo – Língua Portuguesa e Arte

O cinema mudo – por conter muitas informações em um único plano – pode inspirar exercícios de observação crítica. 

Após a exibição, o (a) professor (a) pode congelar a imagem em uma cena escolhida e propor à classe a observação da disposição dos elementos (figurino, cenário, iluminação) e atores. Exemplo:

 

 

O professor pode exibir alguns filmes mudos em sala de aula (ver sugestões no material de apoio) e discutir com os alunos a linguagem do cinema mudo: a importância da trilha sonora, a disposição dos atores no enquadramento das cenas, a expressão corporal dos atores, os figurinos, como se deu o encadeamento das cenas para que a história ficasse clara, entre outros elementos da narrativa;

 

• O professor pode propor a realização, pelos alunos, de alguns filmes mudos. A classe pode ser dividida em grupos, que deverão elaborar uma rápida história que será narrada nos moldes do primeiro cinema, isto é, com muito apoio da expressão corporal, cenários e figurinos significativos e narração econômica.  

 

• O ideal é que cada elemento do grupo tenha sua função pré-definida: diretor, ator, figurinista, cenografista, roteirista, narrador, responsável pela trilha sonora, etc. Conforme o número de alunos do grupo, as funções podem ser acumuladas, desde que todos participem e que seus talentos pessoais sejam mobilizados. 

 

• A trilha sonora exigirá pesquisa, de acordo com o ritmo e intenção da cena. 

 

• A rápida narrativa deverá ser filmada pelos grupos de alunos (inclusive com criação de efeitos especiais) e exibida em sala de aula; 

 

• Na avaliação da atividade, o que mais conta não é necessariamente o resultado final. Mais importante que um filme tecnicamente bem feito são os processos de criação e de pesquisa, que têm que ser feitos coletivamente (o cinema é uma arte coletiva). O relato do grupo sobre o processo é parte da avaliação. Uma opção criativa é a realização do making of para que todos visualizem a produção do filme. Caso isso não seja o possível, é interessante que o grupo, após a apresentação do filme, relate a todos o processo de realização.

 

•No caso da escola desenvolver a atividade em várias turmas, é muito interessante a troca entre classes das produções audiovisuais, sempre valorizando o processo educativo.

 

 

Materiais Relacionados

 • Georges Méliès foi um ilusionista que se tornou um dos maiores cineastas da fase inicial do cinema. Durante a primeira guerra mundial (1914-1918), Méliès faliu e acreditava-se que seus filmes foram perdidos. Mas vários foram recuperados, entre eles Viagem à Lua (1902) é considerado a primeira narrativa do cinema. Há versões diferentes, disponíveis no youtube, algumas delas estão sem os momentos finais. O filme foi feito originalmente em preto e branco,  depois foi colorido manualmente, com os recursos da época. A versão integral, colorizada, está no link: http://www.youtube.com/watch?v=u3P9h_yaVu0

 
• A versão em preto e branco, não integral mas legendada está em: http://www.youtube.com/watch?v=Joq9rbp_i6k
 
• O filme A invenção de Hugo Cabret (2011), de Martin Scorsese, se reporta ao início do cinema e à importância de Georges Meliès para o desenvolvimento dos efeitos especiais. No portal NET Educação, há a sugestão de utilização do filme de Scorsese no processo educativo. Colocar o link para o plano de aula de Hugo Cabret.
• O filme de Méliès foi inspirado no livro Viagem ao Redor da Lua de Júlio Verne, que pode ser lido, parte da obra e os dados biográficos do autor estão disponíveis em: http://books.google.com.br/books?id=NkHwo2hKW6YC&printsec=frontcover&dq=j%C3%BAlio+verne&hl=pt-BR&sa=X&ei=CIxZUd7DOYfs9ATxuIC4Bg&ved=0CDMQ6AEwAA
 
Enquanto Júlio Verne é considerado o pai da ficção científica, Méliès é considerado o pai dos efeitos especiais. Um panorama histórico sobre os efeitos especiais no cinema está em: http://pixelhunt.wordpress.com/2011/01/17/a-evolucao-dos-efeitos-especiais-no-cinema/
 

 

Arquivos anexados

  1. Cinema e Educação: Viagem à Lua

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