Publicado em
17 de novembro de 2017
Conteúdos
Objetivos
1ª EtapaExibição do Filme
2ª EtapaDebate sobre o filme
3ª EtapaHistória – A Europa no Entre guerras
4ª EtapaArte – Vanguardas modernistas na Europa e no Brasil
5ª EtapaLíngua inglesa – Ernest Hemingway
Materiais Relacionados
Arquivos Anexados
Conteúdos
Língua Inglesa, História e Arte
Objetivos
– Conhecer a obra de Woody Allen;
– Estudar as questões políticas e culturais da Europa do período entre guerras;
– Estudar e refletir sobre as vanguardas modernistas na Europa e no Brasil;
– Ler e analisar um conto de Ernest Hemingway.
1ª Etapa: Exibição do Filme
Antes de exibir o filme, o professor pode perguntar aos alunos se já assistiram a algum filme de Woody Allen e, a partir de suas respostas, comentar um pouco sobre o diretor, os temas que mais aborda em seus filmes e o tipo de humor com que costuma trabalhar. Para despertar o interesse dos alunos, também pode perguntar em que época e lugar do mundo eles gostariam de viver, se tivessem essa possibilidade, e quais os motivos da escolha. Esta conversa ajudará a introduzi-los à temática do filme.
2ª Etapa: Debate sobre o filme
Depois do filme, o professor pode começar o debate ouvindo os alunos sobre suas percepções, emoções, aspectos que mais lhe chamaram a atenção, assim como dúvidas sobre o contexto ou os personagens.
Quais artistas eles reconheceram? Conhecem algo de sua obra? Também pode discutir sobre a questão central do filme: Por que o passado sempre costuma parecer mais interessante que o presente? Há momentos históricos “melhores” que outros ou essa nostalgia é um efeito da seleção de fatos da “memória afetiva”, em que selecionamos o melhor de cada época e nos esquecemos dos seus problemas? Os alunos possuem essa mesma sensação? A que conclusões chega Gil sobre a história e sobre sua própria vida?
3ª Etapa: História – A Europa no Entre guerras
O período escolhido por Woody Allen para representar em seu filme fascina não somente ao personagem Gil, mas a muitos historiadores e artistas. O período compreendido entre o fim da Primeira Guerra mundial e o início da Segunda, houve um florescimento cultural surpreendente nos países vencedores da guerra. A música, as artes plásticas, a literatura, o cinema e até a moda tiveram grande desenvolvimento, assim como houve uma liberação dos costumes, do lugar da mulher na sociedade. Alguns atribuem a este tempo o título de “Années Foles”, ou os Anos Loucos.
O professor de História pode trabalhar este período com os alunos, partindo das referências do filme e também ajudando os alunos a compreendê-lo melhor. Como era a Europa antes da Guerra? Quais aspectos mudaram durante e depois dela? Por quê? Quais foram os protagonistas dessas mudanças? O que significou a Revolução Russa para os países europeus? Qual era a relação entre Europa e Estados Unidos? Por que o personagem de Woody Allen se interessa tanto por este período?
Pode-se discutir com os alunos o argumento do filme, que é o sonho de muitos historiadores: voltar no tempo. O que podemos apreciar, entender, de uma época que já passou? Qual é a melhor forma de entender os acontecimentos/ personagens que já não existem mais? O que esse exercício de “voltar no tempo” pode nos ensinar sobre o nosso presente? Para terminar a atividade, o professor pode pedir que os alunos façam um pequeno texto relacionando o filme com o contexto histórico estudado, desenvolvendo algum aspecto que mais o chamou a atenção.
4ª Etapa: Arte – Vanguardas modernistas na Europa e no Brasil
Woody Allen representa, de forma muito divertida, a geração de artistas dos anos 20 em Paris, grande parte dos responsáveis pelas diferentes correntes do modernismo na arte: Luis Buñuel e Salvador Dalí como representantes do surrealismo, Picasso como cubista, Cole Porter representando o Jazz, Hemingway, Scott Fitzgerald, Gertrude Stein como nomes da literatura modernista, etc. Não se aprofunda em nenhum desses movimentos, mas mostra as diferentes conexões entre as artes e estilos. Não dá para pensar o cinema de Buñuel sem a arte de Dalí, ou a literatura de Hemingway sem o cinema, todas as artes estão conectadas.
Sugerimos que o professor de Arte discuta o Modernismo com seus alunos, mostrando-o como um fenômeno integrado à sociedade e à história, além de muito variado. Depois de discutir o conceito de “Vanguarda”, e a importância do “Novo” para os artistas da época, pode pedir que cada grupo de alunos se aprofunde em uma das correntes modernistas (surrealismo, futurismo, cubismo, dadaísmo, impressionismo) e as relacione com o Brasil, procurando os artistas e as obras mais significativas. Cada grupo deve se apresentar para a turma, de forma que todos possam conhecer a variedade de correntes e pensamentos.
Depois disso, o professor pode dar uma aula expositiva sobre o modernismo no Brasil, enfocando na “Semana de Arte Moderna”, tentando relacioná-la com o filme e com as falas dos alunos. É importante destacar, que assim como nos movimentos europeus, no Brasil as diferentes disciplinas artísticas estavam inter-relacionadas. Depois de estar familiarizados com os nomes e ideias, a turma poderá imaginar o Brasil nos anos 20, criando uma espécie de roteiro inspirado em Meia-Noite em Paris, em que eles façam uma viagem a essa época, encontrando-se com Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Lasar Segall, etc. Como os imaginam? O que perguntariam para eles? O que contariam para eles do futuro?
5ª Etapa: Língua inglesa – Ernest Hemingway
Um dos personagens mais destacados no filme é o escritor estadunidense Ernest Hemingway, admirado por Gil e pelos outros personagens. É um homem forte, que fala da guerra, da intensidade, do amor. O professor pode partir da representação de Woody Allen, e do interesse que ela pode gerar nos alunos, para ler um conto de Hemingway com eles, “Hills like white ellefants”, e discutir suas ideias e seu estilo literário.
Primeiramente, pode pedir que os alunos façam uma primeira leitura em casa, entendendo-o de forma geral e procurando no dicionário as palavras que não conhecem. É um texto curto. “enxuto”, e grande parte se desenvolve em um diálogo. Em classe, ouvirá as impressões e dúvidas dos alunos, reconstituindo a história narrada: Quem são os personagens? Onde eles estão? Quais são as “ações” do conto? Os personagens têm intimidade? Qual é a relação entre eles? Como percebemos isso?
Depois, poderá fazer uma leitura coletiva, em que os alunos vão representando os diálogos. Nessa leitura, poderá ir tirando as dúvidas específicas e fazendo algumas reflexões sobre as diferentes camadas de sentido, bem como trabalhando a pronúncia e a entonação. Do quê realmente trata o conto? Como a forma do diálogo permite a alusão ao tema da conversa dos personagens? A linguagem utilizada é “elevada” ou cotidiana? Como isso se relaciona com o modernismo? Podemos relacionar a forma deste texto com o desenvolvimento do cinema como linguagem?
Após a análise coletiva, o professor pode propor que cada aluno faça um pequeno texto comentando algum aspecto do conto estudado.
Materiais Relacionados
1. Saiba mais sobre Woody Allen:
2. Artigo do Portal NET Educação sobre a filmografia de Woody Allen;
3. Matéria sobre as mudanças políticas na Europa após a Primeira Guerra Mundial;
5. Documentário sobre Paris nos anos 20;
6. Vídeo aula sobre as Vanguardas Modernistas e a Semana de Arte Moderna;
7. Mais sobre as Vanguardas modernistas;
8. Sobre a Semana de Arte Moderna no Brasil;
9. Para saber mais sobre Ernest Hemingway;
10. Conto “Hills like White Elephants”, de Hemingway;
11. Análise sobre o conto “Hills like White Elephants”.
Arquivos anexados
Please login to comment
0 Comentários