Conteúdos

Violência urbana

Objetivos

  • Refletir sobre os estereótipos e conotação negativa atribuídos a moradores de favela;
  • Discutir sobre a condição de infância e juventude em locais de vulnerabilidade social;
  • Conhecer projetos sociais desenvolvidos em áreas carentes de infra-estrutura, cultura, esporte e lazer;

1ª Etapa: Exibição do Filme

O curta metragem Concerto para Violino é o episódio mais violento e triste do filme Cinco vezes Favela – agora por nós mesmos. É o únicos dos 5 episódios que traz uma representação mais próxima da que mais se divulga sobre as favelas: tráfico de armas, bandidagem, assassinatos, acordos entre policiais e traficantes, gangues. No entanto, coloca dois contrapontos a essa triste realidade: amizades de infância e projetos culturais nas favelas.

2ª Etapa: Debate sobre o filme

O curta metragem causa bastante impacto, mas aborda temas muito relevantes para serem debatidos com a juventude: a questão da mobilidade social, as perspectivas possíveis para as pessoas que moram em uma favela. No caso do filme, cada um seguiu um caminho: a polícia, o tráfico e o meio artístico.

Provavelmente, este curta traz a representação mais comum de jovens de favela, mostrada em boas produções, que obtiveram aceitação popular como Cidade de Deus (2002), Carandiru (2003), Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite II (2010), entre outros, com a diferença que este apresenta uma alternativa: um projeto social ligado à música.

A infância dos protagonistas pode suscitar reflexão e debate sobre as trajetórias possíveis não apenas dos jovens do filme, mas dos próprios alunos e alunas. Cada professor (a) encontrará uma realidade diferente em suas salas de aula. Márcia provavelmente foi mãe muito jovem, pois já tem uma filha crescida. No entanto, ela tenta romper com a lógica da violência. Pode surgir também no debate a representação dos pobres nas telenovelas, se são ou não verossímeis, entre outros assuntos.

É importante que o (a) professor (a) mostre que existem projetos e propostas de mudança dessa realidade. Embora o filme seja trágico, ele aponta outras possibilidades e elas devem ser discutidas entre os alunos. 

3ª Etapa: Língua Portuguesa – produção de texto

 Depois do debate, o (a) professor (a) de Língua Portuguesa pode solicitar a produção de um texto que conte a história de uma criança que more em favela e sua trajetória até os 20 anos de idade. Pode ser uma história alegre, triste, de superação, de fracasso, de risco ou de fatalidade.

Após uma semana, a classe poderia debater coletivamente os textos e retomar a discussão sobre as saídas possíveis para crianças e jovens em situação desfavorável social e economicamente.

4ª Etapa: Arte e Educação Física: pesquisa sobre projetos artísticos e/ou esportivos

O (s) professor (es) de Arte e/ou Educação Física podem (individual ou coletivamente) propor aos alunos um levantamento sobre vários projetos de inclusão de crianças e jovens (veja dicas em material de apoio). Interessante que se pense a arte e o esporte como inclusão e como fortalecimento de uma educação integral e humanista. Pode ser interessante discutir que muitas crianças e jovens desejam ser “famosos” como artistas ou jogadores de futebol, o que não corresponde à realidade da grande maioria da população.  Márcia, no filme, está feliz por integrar uma orquestra, como violinista. Não se trata de ser alguém famoso, mas alguém emancipado e humanizado.

Após o levantamento, a classe pode ser dividida em grupos e cada grupo pesquisa com mais profundidade cada projeto: história, filosofia, público, localização, patrocinadores, produto e resultados;

Materiais Relacionados

1. O curta Concerto para Violino é o terceiro dos 5 episódios que integram o projeto Cinco Vezes Favela – Agora por Nós Mesmos (2010). (Confira o trailer em https://youtu.be/COxuvYaPvM4)
2. Sobre a primeira versão do filme, realizada em 1962, você pode saber mais nos links:
3. Favela ou Comunidade? Existe diferença? O que é “politicamente correto”? Desde a realização do primeiro “Cinco vezes Favela” (1962) até o segundo (2011) muita coisa mudou e surgiu o termo “comunidade” como referência às moradias não assistidas pelo estado. Dizer que alguém é “favelado” traz um estigma de alguém perigoso. O termo “comunidade” tenta tirar esse estigma. Mas muitos moradores das áreas vulneráveis socialmente consideram eufemismo o termo “comunidade”, eles preferem dizer favela, tanto é que mantiveram o nome do filme original. O blog “descolando ideias”, criado por jovens do Complexo do Alemão, faz essa discussão no link:
Conheça outro projeto social:
1. A Orquestra de Heliópolis reúne jovens de uma das maiores favelas do Brasil, situada na região sudeste da cidade de São Paulo. O vídeo mostra a turnê realizada pelo projeto na Europa:

Arquivos anexados

  1. Plano de aula – Concerto para Violino – série 5vezes favela agora por nós mesmos

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