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1ª Etapa: Início de conversa
Uma das questões que se tornou muito relevante durante a ocorrência dos protestos do mês de junho de 2013, foi a do papel da internet e das redes sociais na organização e participação dos jovens. Inseridos no meio virtual, estudantes de diversos locais do país ficaram cientes das razões, datas e locais das passeatas. O poder público e os partidos políticos ficaram, de certa forma, à margem de tais comunicações.
Já no plano internacional e ao mesmo tempo, o mundo é balançado pela divulgação de que o governo Norte-Americano mantinha vigilância sobre as comunicações digitais de diversas pessoas, em vários países do mundo – Brasil incluído.
Se de um lado as redes sociais nos aproximam e permitem maior movimentações políticas, de outro são alvos frágeis do monitoramento de estado.
As atividades que se seguem têm a finalidade de explorar filosoficamente e sociologicamente as redes sociais e os meios digitais como ferramentas políticas. Isso será feito por dois contextos: a participação política digital e a vigilância digital pela política.
2ª Etapa: Para começar a discussão
Pergunte aos alunos, de forma rápida e a título de sensibilização, quem é adepto às redes sociais ou utiliza o computador diariamente. Faça deste momento descontraído um diálogo franco sobre porque as redes sociais são interessantes, são cheias de jovens e pergunte se os alunos se sentem constantemente seguros dentro da rede. Questione também quais são seus principais interesses e pergunte, superficialmente, sobre prós e contras do uso destas redes.
Distribua aos alunos o texto do link 1 e peça que eles identifiquem riscos e benefícios no texto de Eugênio Bucci. No caderno eles poderão fazer uma síntese do texto, pontuando a posição do autor e seus principais argumentos.
3ª Etapa: Relacionando a questão com o ativismo político
Nesta etapa passe a questionar os jovens sobre o que seria “Ativismo digital” e “Ativismo político digital”, perguntando quem já realizou algum tipo desta forma de ação em rede.
Este é o momento para contextualizar o tema da atividade política por meio do uso de redes e fixar o conceito. Discorra brevemente sobre o papel das redes sociais nas manifestações que ocorreram a partir de junho de 2013 e da importância da internet, Facebook e outros meios digitais na política. Desenvolva na lousa o conceito de ativismo político digital.
Ilustre a sua fala com o Vídeo 1, pedindo aos alunos que comentem a fala do ex-presidente da República.
4ª Etapa: O estado totalitário e a segurança das redes sociais
Proponha aos alunos um contraponto à fala de Fernando Henrique Cardoso. Utilizando a resposta dos alunos acerca de eles se sentirem seguros ou não nos meios digitais, desenvolva rapidamente a noção de totalitarismo de estado por quebra de sigilo de correspondência e fiscalização das redes digitais. Neste sentido você pode desenvolver o conceito do “Grande Irmão” de George Orwell. Sugere-se a pesquisa, por parte dos alunos, dos termos ‘totalitarismo’ e ‘Grande Irmão”.
Para ilustrar o tema, leia com eles o texto do Link 2 sobre o totalitarismo e o Big Brother.
Passe então para o vídeo 2 e ilustre a resposta de parte da sociedade ao aparato estatal por meio do ativismo digital clandestino. Pergunte aos alunos se eles são favoráveis ou não a ações como as do grupo Anonymus. Tente colher opiniões e pedir aos alunos que fundamentem suas respostas.
5ª Etapa: Preparando interessantes debates
Esta etapa poderá ser feita em grupos. Você deverá promover dois debates organizados sobre dois estudos de caso conhecidos: o caso Wikileaks e o caso recente de Edward Snowden sobre a espinagem norte-americana. Separe a turma em seis grupos e peça para que três grupos preparem um debate sobre o caso wikileaks e os outros três sobre o caso de Snowden, organizando-os da seguinte forma.
Dia/Debate 1: Grupo 1 – a favor de Julian Assange
Grupo 2 – a favor do governo norte-americano
Grupo 3 – posição brasileira sobre o caso
Dia/Debate 2 Grupo 4 – a favor de Snowden
Grupo 5 – a favor do governo norte-americano
Grupo 6 – posição brasileira sobre o caso.
Os grupos deverão estar preparados para defender as partes que representam. Para tanto, disponibilize momentos prévios para pesquisa, em aula ou em casa. A internet é farta em informações sobre os casos. Você pode indicar os links 3 e 4 para o início da pesquisa.
Estimule os alunos passando o vídeo 3, sobre o caso wikileaks, que se tornou filme de Hollywood.
No dia marcado para o debate, cada grupo terá 3 minutos cada para desenvolver seu ponto e, na sequência, cada grupo terá que fazer uma pergunta para os outros dois grupos e deverá responder às perguntas que lhe forem feitas. Sugerimos o tempo de 1 minuto para fazer a pergunta e 2 minutos para responder.
Abra então o debate livre, mantendo alguma ordem nas manifestações, permitindo que o tema seja explorado a contento.
Se você preferir, faça ao final uma votação com o restante da classe (grupos do outro debate) para apurar o grupo vencedor.
Sugerimos os critérios de (i) clareza argumentativa, (ii) qualidade das informações, (iii) postura cooperativa e (iv) participação no debate para permitir a avaliação.
1. Leia previamente o texto de Eugênio Bucci sobre o Facebook, publicado no site da Globo.com
Link 1 http://revistaepoca.globo.com/opiniao/eugenio-bucci/noticia/2012/06/por-que-nunca-entrei-no-facebook.html
2. Assista ao vídeo com a fala de Fernando Henrique Cardoso para o site Observador Político.
3. Leia o texto da professora Carla Luciana Silva sobre o totalitarismo e conceito de “grande Irmão” de George Orwell
4. Assista a reportagem sobre o ativismo digital e o grupo Anonymus.
Vídeo 2 http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/5122/3879
5. Assista previamente ao trailer do filme “O quinto estado”, que será lançado neste ano.
6. Veja os sites sobre os casos Wikileaks e Edward Snowden
Link 3 http://www.revistabrasileiros.com.br/2012/08/26/entenda-o-caso-julian-assange/
Link 4 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07/entenda-o-caso-de-edward-snowden-que-revelou-espionagem-dos-eua.html