Objetivos

Compreender as razões e os motivos que levaram os colonos a se rebelarem a Grã-Bretanha.

 
Compreender quais foram as medidas tomadas pela Grã-Bretanha para com as colônias rebeldes.
 
Identificar e relacionar os princípios iluministas com a Declaração de Independência doa Estados Unidos (1776).
 
Refletir sobre o processo de colonização e independência a partir de dois eixos: o medo e o porte legal de armas.
 

1ª Etapa: Procedimentos de Leitura

Antes de iniciar as atividades, consulte as os links sugeridos na aba Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais. 

 

Oriente os alunos que façam a leitura do texto A independência dos Estados Unidos, link 4, sem grifar. Em seguida, solicite que os mesmos voltem à leitura, agora com o desafio de transformar o texto em um esquema, estabelecendo uma relação de causas e consequências, tendo como título: A Independência dos Estados Unidos.  Algumas perguntas norteadoras podem ajudar os alunos na seleção das informações e, assim, construir um esquema com mais foco. A seleção de alguns critérios também podem facilitar essa construção. Exemplos de questões norteadoras

 

1. O que levou a metrópole Grã-Bretanha dar mais atenção às suas colônias?

 

2. Quais os motivos que levaram os colonos a se revoltarem contra sua metrópole?

 

3. Quais as consequências impostas pela Grã-Bretanha às treze colônias?

 

4. Como os colonos se organizaram diante a opressão inglesa?

 

5. Qual o estopim (fato) para o início do processo de independência?

 

As respostas poderão ser organizadas em tópicos, pois dessa forma facilita-se a construção posterior do esquema.

 

Os alunos devem atentar para alguns CRITÉRIOS: para que o esquema fique mais completo, faz-se necessário apresentar algumas informações:

 

1. Localidades apresentadas. Exemplo: Treze Colônias e Grã-Bretanha.

 

2. Tempo (Quando?). 

 

3. Causas (O que motivou?).

 

4. Consequências.

 

5. Sujeitos (Participantes).

 

6. Resultado.

 

Importante enfatizar aos alunos que há diversos modelos de esquemas, mas que a sua construção exige uma organização das informações, que obedecem uma lógica vertical: as causas acima e as consequências e resultados mais abaixo, pois dessa forma evidencia-se o desenrolar de um processo histórico. Cores diferentes também ajudam a diferenciar tais processos.

 

As questões norteadoras e os critérios acima são apenas sugestões.

2ª Etapa: Apresentação dos esquemas

Depois da feitura dos esquemas pelos alunos, solicite aos mesmos em grupos de 4 ou 5, que colem as suas produções em uma cartolina ou papel cartão. Em seguida, peça aos alunos que avaliem os esquemas e que selecionem um para ser apresentado a toda sala. 

 

A avaliação precisa ser justificada pelos alunos, ou seja, precisam apresentar os porquês da escolha. Logo após as avaliações e seleções, peça aos grupos que apresentem os esquemas, que expliquem o conteúdo e que justifiquem a escolha feita. A mediação do professor na hora da apresentação é de extrema importância, para fazer críticas aos trabalhos apresentados, mas também para corrigir possíveis equívocos de conteúdo, mesmo conceituais. 

 

Depois das apresentações, oriente os alunos para deixar os cartazes expostos na sala de aula, pois esquemas são importantes construções mentais e visuais, que muito auxiliam os alunos na construção do conhecimento histórico.

 

3ª Etapa: Aula Expositiva

A partir do texto e dos esquemas apresentados, construa uma aula expositiva sobre o processo independência das treze colônias americanas:

 

as relações comerciais entre as treze colônias e a metrópole inglesa – breve resumo:

 

explique (ou retome) as relações comerciais estabelecidas entre as treze colônias e a metrópole inglesa, ressaltando a quebra do pacto colonial pelas colônias do norte, já que as mesmas estavam organizadas sob o viés da economia de subsistência, sendo assim desinteressantes e esquecidas pela Grã-Bretanha; a liberdade comercial das colônias do norte, estabelecendo comércio com as colônias do sul e outras localidades (comércio triangular); a desobediência ao pacto colonial das colônias do norte prejudicando o comércio da Grã-Bretanha.

 

a opressão e a ofensiva inglesa: o fim do comércio colonial?

 

– apresente e explique as tentativas de retomada do controle do comércio das colônias, assim do reestabelecimento do pacto colonial; as colônias do sul ainda mantinham relações estritas com a metrópole, uma vez que foram organizadas sob a tônica da exploração (sistema de plantation); o estabelecimento de diversas sanções, decretos e leis a fim de restringir o comércio colonial, como por exemplo, a Lei do Selo – que taxava todos os documentos comerciais, jornais, livros, anúncios e até cartas de baralho que circulassem nas colônias; o estabelecimento de outras leis – depois que esta última foi suspensa -, criando novos impostos sobre o papel, vidros, tintas, chumbo e chá.

 

a contraofensiva: nascem os Estados Unidos: 

 

– apresente as consequências da Lei do Selo, tais como o boicote aos produtos ingleses por parte dos coloniais e explique como tal fato foi importante para uma tomada de consciência em relação à metrópole Grã-Bretanha (política liberal, economia mercantilista); a organização de uma passeata pelos colonos contra as medidas inglesas e a consequente repressão violenta por parte da metrópole – Massacre de Boston (1770); as tentativas por parte da coroa britânica de aumentar ainda mais o controle sobre as treze colônias: a Lei do Chá e a Lei dos Intoleráveis, esta que determinavam o fechamento do porto de Boston e o envio de tropas à América; a organização armada dos colonos, exigindo a revogação das Leis Intoleráveis e a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson.

 

a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América: 

 

– leia o documento junto com os alunos e, em seguida, peça aos mesmos que grifem os princípios iluministas presentes na declaração; – explique que tal documento é de extrema importância, pois estabelece os direitos dos cidadãos, a partir de princípios liberais; enfatize a tentativa por parte dos revolucionários de pôr um fim ao jugo colonial e ao despotismo; relacione a independência e o tal documento com o processo que pôs fim ao absolutismo na França, em 1789 (Revolução Francesa).

4ª Etapa: Debate

Exiba o vídeo “Uma Breve História dos Estados Unidos”, link 6, e oriente os alunos a prestarem atenção na seguinte relação: o medo e a posse de armas. O vídeo traz a reflexão de como a nação estadunidense foi construída sob a égide do medo, desde os tempos remotos da colonização. Primeiro, o medo e a perseguição religiosa dos católicos para com os protestantes; depois o medo do desconhecido, os nativos americanos; em seguida, o medo da metrópole, que desencadeia o processo de independência etc. Dessa forma, o vídeo estabelece uma íntima relação entre a criação do medo, da insegurança, e desse ímpeto dos estadunidenses em se armar contra perigos que foram criados por eles mesmos, tornando-os intransigentes e reféns,  respectivamente, às diferenças e aos muitos acidentes que os acometem constantemente devido ao porte legal de armas. 

 

Depois de exibido o vídeo, peça aos alunos que compartilhem suas observações e os questionem sobre o que eles acham sobre o porte legal de armas. A partir dessa breve discussão, proponha um debate, tendo como texto-norteador a reportagem Por que é tão difícil falar sobre armas nos EUA, link 7.. Oriente os alunos que anotem no caderno os prós e os contras do porte legal de armas.

 

Em seguida, retome o mesmo grupo dos esquemas e solicite que pesquisem na internet reportagens, artigos, entrevistas sobre o porte legal de armas e a política do desarmamento. Construa com eles uma tabela, cujo título poderá ser “Porte de Armas” e peça para que os grupos anotem argumentos favoráveis e contrários ao porte legal de armas. Exemplo:

 

Assim que selecionados os argumentos, organize os grupos para o debate. Peça que elaborem três perguntas aos que são contrários ao porte legal de armas e outras três aos favoráveis. Em seguida, defina quais grupos farão  defesa favorável ao porte legal de armas e quais defenderão contra, ou seja, favoráveis ao desarmamento dos civis. 

 

Apresente critérios para a realização do debate: a mediação será feita pelo(a) professor(a); respeitar os tempos definidos; ouvir com atenção e respeitar as opiniões dos colegas etc. Também defina a dinâmica e os tempos do debate: 1 minuto para a pergunta; 3 minutos para a resposta; 1 minuto para comentários. A dinâmica e os tempos variam de acordo com a proposta e objetivo estabelecido pelo(a) professor(a).

 

O objetivo do debate – para além de refletir sobre tema proposto -, é desenvolver a capacidade argumentativa e fomentar uma postura para o debate, para o conflito, lembrando que o conflito não é necessariamente violento e é deveras importante para a construção do conhecimento, para a troca de ideias, pontos de vista, argumentos etc.

Materiais Relacionados

1. KARNAL, Leandro; PURDY, Sean; FERNADES, Luiz E.; MORAIS, Marcus Vinícius de. “O processo de independência”, in. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.

 
2. MONTEIRO, Thiago; BALADO, Estevão; PEREIRA, Rodrigo. As questões acerca da Independência dos Estados Unidos da América e da ratificação da primeira Constituição Nacional Norte-Americana. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFF): 
 
 
3. Um Esboço da História Americana. Departamento de Estado dos Estados Unidos, Escritório de Assuntos Públicos, 2012, pp. 25-54.
 
4 – Leia e compartilhe o texto “A independência dos Estados Unidos”:

5. – Leia e compartilhe o documento “Declaração de Independência dos Estados Unidos da América”:

6. – Assista e compartilhe o vídeo “Uma Breve História dos EUA”:
 
Observação: trecho do filme "Tiros em Columbine". Legendado em português.
 
7. – Leia e compartilhe a notícia “Por que é tão difícil falar sobre armas nos EUA” – Carta Capital:
 
 

Arquivos anexados

  1. As Treze Colônias Inglesas na América

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