Conteúdos

Amostragem; 

inferência estatística; 
margem de erro.  
 

Objetivos

Contribua para a formação da cidadania. 

Conheça os diferentes tipos de amostragem. 
Realize uma pesquisa utilizando diferentes técnicas de amostragem e avaliando as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
Compreenda o que significa a margem de erro de uma pesquisa. 
 

1ª Etapa: as pesquisas mentem?

Pergunte aos alunos se eles acompanharam as previsões para o segundo turno das eleições presidenciais de 2014. É provável que eles comentem que os institutos de pesquisas erraram boa parte das intenções de voto. Explique aos alunos que, a intenção de voto depende da situação política do momento, e muitas vezes o entrevistado ainda não decidiu em qual candidato votar ou muda de opinião até o dia da eleição. 

 

Ainda assim, os erros das pesquisas não passaram despercebidas. Até algumas piadas circularam pelas principais redes sociais. O humorista Fábio Porchat, por exemplo, fez uma brincadeira: "Recebi no WhatsApp: ‘Hoje é segunda, 6 de outubro. Mas considerando a margem de erro do Ibope, Feliz Natal’”.   

 

Mas afinal, o que é margem de erro? 

 

Deixe os alunos falarem sobre oque sabem sobre a margem de erro e faça anotações na lousa, sem dizer se estão certos ou errados. Ao final, peça para que eles escutem primeiro módulo do áudio “O que é margem de erro?”. Ao final do áudio, pergunte se as informações que eles forneceram inicialmente estão corretas. E se há algum termo utilizado no áudio que ainda não conhecem. Depois reproduza o segundo módulo do áudio “O que é margem de erro?”.

 

Ao final do áudio, é sugerido aos alunos que realizem uma pesquisa. 

 

2ª Etapa: Pesquisa

Antes de começar a pesquisa, combine 4 questões que deverão ser perguntadas aos alunos. Escolha questões que tenham algumas respostas possíveis (e que seja possível enumerá-las). Por exemplo, perguntar “Se você for viajar, qual continente você gostaria de conhecer primeiro?”.  Divida a turma em grupos de quatro alunos e peça para que cada um selecione uma amostra diferente. Você pode sugerir para cada grupo utilizar um tipo diferente de amostragem. 

 

Após a pesquisa, peça aos alunos para organizar os dados coletados e representa-los graficamente. Em seguida, eles devem apresentar os dados coletados e explicar sobre o tipo de amostragem escolhido. É provável que os diferentes grupos tenham obtido diferentes respostas para a pesquisa. 

 

Verifique se os alunos perceberam que a escolha da amostra influencia no resultado da pesquisa. É importante que os alunos percebam que amostras maiores garantem estimativas mais precisas, com um grau de certeza maior, mas também são mais caras e mais demoradas.

 

Aproveite para investigar a opinião dos alunos em relação às vantagens e desvantagens percebidas em cada tipo de amostragem. 

 

3ª Etapa: início de conversa – como são feitas as entrevistas?

Inicie a aula com o vídeo “Dando IBOPE”. Após a apresentação, levante a opinião dos alunos sobre algumas questões feitas no vídeo: “Como são feitas as pesquisas eleitorais? Por que eu nunca fui entrevistado? Nem ninguém que eu conheça?”. 

 

A linguagem e animações do vídeo ajudam o aluno a compreender os elementos de amostragem e a definir procedimentos de amostragens probabilística e não-probabilística. 

 

4ª Etapa: quais são os tipos de amostragens?

Explique aos alunos que as pesquisas eleitorais são feitas com um grupo de pessoas, apenas uma amostra da população que pode votar. Muitas pesquisas acabam investigando apenas uma amostra da população, seja por causa do custo da pesquisa ou do tempo para se obter as informações. No entanto, é preciso escolher uma amostra que seja efetivamente representativa da população para que os resultados da pesquisa não sejam distorcidos.  Veja a seguir alguns tipos de amostragens aleatórias (quando envolve o acaso, os elementos são obtidos mediante sorteio):

 

A amostragem aleatória simples é uma das técnicas mais simples e mais frequentemente utilizada. Cada elemento da população recebe um número distintos, então, alguns elementos são sorteados. Se o tamanho da população é N, todos os elementos da população devem ter a mesma probabilidade 1/N de serem selecionados. 

 

[…]

 

A amostragem sistemática estabelece a extração de elementos periodicamente espaçados. Apenas o primeiro é sorteado. Se os elementos da população são sequencialmente numerados de 1 a N e o tamanho da amostra é n, procede-se por:

 

1. Calcular o intervalo regular entre os elementos extraídos mediante a = N/n;

 

2. Sortear o primeiro elemento de número x entre 1 e n;

 

3. Escolher para a amostra os elementos rotulados pelos números x, x + a, x + 2a, x + 3a, …

 

[…]  A amostragem estratificada é uma técnica que consiste em dividir a população, supostamente heterogênea, em subgrupos que chamaremos de estratos. Estes grupos deverão ser mais homogêneos que a população em relação à variável de estudo. As estratificações mais comuns são por: classe social, idade, sexo, profissão ou qualquer outro atributo que revele os estratos dentro da população.

 

Na amostragem estratificada proporcional, a mais comum, a composição percentual de elementos dos diferentes estratos na amostra deve ser igual à composição porcentual do estrato em relação à população. Por exemplo, numa pesquisa de opinião pública sobre intenção de voto a um candidato a prefeito, 12% dos votantes do município são do bairro Garcia. Se a estratificação é por bairro e se o tamanho da amostra é de 5000 votantes, então 12% deste número, 600 votantes, devem ser escolhidos neste bairro para integrar a amostra.

 

[…] Os conglomerados são subgrupos escolhidos de maneira aleatória. A amostragem de conglomerados é utilizada em populações que apresentam muitos grupos e quando fica difícil extrair uma amostra de cada grupo. Portanto, reúnem-se subgrupos em conglomerados e então se obtém uma amostra (geralmente a amostra gera resultados menos precisos). Além do mais, reunir os elementos de uma população em conglomerados representa um custo financeiro baixo. 

 

(STEIN, Carlos Efrain; LOESCH, Cláudio, 2008, p. 24-27)

 

Veja a seguir alguns tipos de amostragens que utilizam o processo determinístico (não há aleatoriedade):

 

A amostragem por cotas é uma técnica não aleatória e consiste em dividir a população em vários subgrupos. De cada subgrupo deverá ser retirada uma cota de elementos que comporão a amostra.

 

A ideia é pegar um pouco de cada grupo a fim de que a população seja representada pela amostra. Esta técnica é bastante útil em pesquisas socioeconômicas onde a população, muitas vezes, é grande e os sorteios ficam inviabilizados.

 

[…]  A amostragem por julgamento também é uma técnica não aleatória e consiste em obter os elementos através de julgamento. Ou seja, o pesquisador seleciona aqueles elementos da população que julga representarem melhor a população. 

 

Por exemplo, num a pesquisa sobre qualidade de trabalho numa indústria o pesquisador resolve entrevistar somente os empregados que tem mais tempo de serviço na empresa, achando que eles dariam as respostas mais condizentes sobre o assunto. 

 

Esta técnica pode apresentar tendenciosidade, dado que as características subjetivas de julgamento podem não ser adequadas para obter boa representatividade, dado a estarem sujeitas a situações como, por exemplo, preconceitos.                   (STEIN, Carlos Efrain; LOESCH, Cláudio, 2008, p. 28)

 

Materiais Relacionados

1. O áudio “O que é margem de erro?”, faz parte da série “o que é o que é?” que explica alguns termos utilizados na matemática. Cita o exemplo da margem de erro nas pesquisas eleitorais e outros exemplos em que a margem de erro é utilizada, como na estimativa do tempo de vida de um embrião a partir de um ultrassom. 

 
2. O vídeo “Dando IBOPE”, aborda a amostragem e os diferentes tipos de amostragem probabilística e não-probabilística. “Como são feitas as pesquisas eleitorais? Por que eu nunca fui entrevistado? Nem ninguém que eu conheça?” são apresentadas e discutidas no vídeo, são alguns dos itens abordados.  
 
3. O livro Estatística e probabilidade, de Carlos Efrain Stein e Cláudio Loesch, editora Edifurb, apresenta um texto de fácil compreensão sobre os principais conceitos de Estatística. 
 
4. O instituto de pesquisa IBOPE apresenta um texto sobre a margem de erro amostral.
 
5. Saiba mais sobre a margem de erro no site Brasil Escola.
 

Arquivos anexados

  1. As pesquisas mentem?

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