Conteúdos

Ladrilhamento com polígonos regulares;

Área de polígonos;

Polígonos, matemática;

Objetivos

Observar as condições para a pavimentação do plano com polígonos regulares de um só tipo.

Perceber as relações matemáticas em contextos fora da sala de aula.
Investigar uma situação geométrica que busca a melhor relação custo-benefício. 
Calcular perímetro e área de polígonos regulares. 
 

1ª Etapa: início de conversa – pavimentação do plano com polígonos regulares de um só tipo

Inicie a aula com uma atividade em grupo (sugerimos o trabalho com trios). Peça aos alunos que utilizem o recurso sugerido no Link 2 da Aba “para saber mais”. O objetivo é que os alunos discutam sobre quantas e quais são as pavimentações lado-lado do plano que usam apenas um tipo de polígono regular. O software permite que o aluno experimente e descubra propriedades deste tipo de mosaico.

 

Caso não seja possível utilizar o software, você pode disponibilizar polígonos recortados em um papel resistente (sugerimos papelão paraná, o mesmo utilizado na confecção de maquetes): triângulos equiláteros, quadrados, pentágonos regulares, hexágonos regulares, …, todos com uma mesma medida de lado. Você pode pedir para que o próprio aluno confeccione o material, dependendo da disponibilidade de tempo. Esta seria uma oportunidade para desenvolver com os alunos a habilidade de construir figuras geométricas com régua e compasso. 

 

Espera-se que, ao final da atividade, os alunos identifiquem que os únicos polígonos regulares que podem ser utilizados para pavimentação do plano são o triângulo equilátero, o quadrado e o hexágono regular. Isso ocorre por que a soma dos ângulos desses polígonos regulares com vértice em um nó da pavimentação é 360°.

 

– Seis triângulos equiláteros -> 6 ? 60° = 360°

 

– Quatro quadrados -> 4 ? 90° = 360°

 

– Três hexágonos regulares -> 3 ? 120° = 360°

 

2ª Etapa: quais destes polígonos oferecem melhor “custo-benefício”?

Instigue os alunos a refletir sobre a utilidade deste tipo de observação. Pergunte se eles reconhecem esta pavimentação em algum lugar. Possivelmente eles vão citar a disposição de pisos e azulejos em construções. Conduza a turma com perguntas, até que citem o exemplo da colmeia das abelhas. Quando citarem este exemplo, pergunte por que as abelhas não utilizam colmeias com alvéolos triangulares ou quadrados. O papel do professor é essencial neste momento para que os alunos levantem hipóteses e argumentem sobre a situação. Sem falar explicitamente, o professor deve levar os alunos a questionar sobre o “custo-benefício” de cada formato de alvéolo. 

 

Ao final da problematização, espera-se que os alunos percebam que o melhor alvéolo é aquele que tem a maior área interna em relação ao perímetro. Em outras palavras, isso significa que as abelhas gastarão a menor quantidade possível de cera, mas garantirão o maior espaço interno. 

 

Depois que os alunos compreenderem a ideia do “custo-benefício”, peça que calculem a área e o perímetro de cada polígono. É muito provável que os alunos comecem a investigação fixando a medida do lado l do polígono:

 

Note que, cada polígono tem perímetro e área diferentes. Ao fixarmos o lado do polígono, temos que, quanto maior a quantidade de lados do polígono, maior o perímetro e a área. Essa observação não é suficiente para que possamos comparar o “custo-benefício”.

 

Ainda que esta não seja a melhor estratégia para resolver o problema, deixe que os alunos descubram isso sozinhos, não interrompa a execução da estratégia. Espera-se que, caso eles tenham seguido este caminho, percebam depois que será necessário fixar, ou o perímetro, ou a área. Veja a seguir os valores que o aluno deve encontrar caso fixe o valor do perímetro em 6l:

 

Na tabela, fixamos o valor do perímetro em 6l, mas ele poderia ter usado uma incógnita qualquer, por exemplo P. Note que:

  

Ou seja, temos que a área do triângulo equilátero de perímetro P = 6l é menor que a área de um quadrado com o mesmo perímetro, que por sua vez, é menor que á área de um hexágono regular com o mesmo perímetro. Desse modo, o polígono que trás melhor custo-benefício é o hexágono regular.

 

 

3ª Etapa: Um pouco mais

Fale aos alunos que não é apenas a “pavimentação da colmeia” que tem o melhor custo-benefício, o encaixe de cada alvéolo também foi pensado desse modo. 

 

Apresente o vídeo “Abelhas matemáticas” da série Matemática na Escola – Unicamp, disponível no link 1. O vídeo traz informações sobre as abelhas, sua organização social, sobre a forma hexagonal dos alvéolos, e mostra que a forma dos alvéolos construídos pelas abelhas é a que apresenta maior capacidade usando uma determinada quantidade de cera. 

 

Após o vídeo, peça para os alunos refletirem sobre o formato das embalagens, principalmente as que possuem formato de prisma, e questione-os sobre um possível motivo que explique por que a maior parte das embalagens não possui base hexagonal. 

 

Materiais Relacionados

1. O vídeo “Abelhas matemáticas”, apresenta uma situação contextualizada utilizando conceitos matemáticos. O vídeo mostra que  “os alvéolos hexagonais das abelhas têm a forma ótima em relação à capacidade para armazenar mel.  

 
2. O recurso digital permite que o aluno determine todas as pavimentações lado-lado do plano que usam apenas um tipo de polígono regular. 
 
 
 
5. O artigo Abelhas: A Matemática dos alvéolos, escrito pelo dr. Augusto Carlos Vasconcelos, traz informações mais apuradas e relevantes para o professor sobre a matemática presente na colmeia das abelhas. 
 

Arquivos anexados

  1. As abelhas matemáticas

Tags relacionadas

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Receba NossasNovidades

Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Receba NossasNovidades

Assine gratuitamente a nossa newsletter e receba todas as novidades sobre os projetos e ações do Instituto Claro.