Conteúdos

Corpo e Objeto.
Performance.
Novas Tecnologias.
Trabalho Artístico.
Artistas Contemporâneos.

Objetivos

• Experimentar ações e relações do corpo com alguns objetos;
• Experimentar fazer uma performance;
• Investigar diversas possibilidades de um objeto;
• Utilizar novas tecnologias para a produção de um trabalho de arte;
• Ao final, espera-se que o aluno explore um objeto como matéria prima de diferentes maneiras, transformando sua funcionalidade e pesquise artistas contemporâneos e suas produções acerca do nosso tema.

Caro professor, antes de dar sequência às atividades desse plano de aula, acesse as abas "Material de Apoio" e "Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais".

1ª Etapa: Aquecimento

Em roda, peça aos alunos que passem a caixa um por um e coloquem a mão somente para sentir o que tem dentro, sem falar para os outros. Peça que sintam o objeto, tentem identificar o material de que é feito, se possui partes diferentes umas das outras e se ainda é possível associar o objeto à sua função. A ideia é que os alunos sintam o objeto como se não pudessem vê-lo. Caso descubram do que se trata, converse com a turma sobre a experiência, pergunte se alguma vez já haviam sentido este objeto desta maneira; escute as impressões dos alunos.



O professor pode fazer intervenções perguntando sobre as sensações táteis: a percepção do formato da máquina, suas funções, usos; seus diferentes materiais, sobre a combinação dos mesmos. Estas perguntas poderão ser interessantes:



• Pergunte aos alunos se eles possuem uma máquina.

• Se eles já viram outros tipos de máquina fotográfica.

• Se os materiais que compõem o objeto, para eles, são os mais indicados?

• Se eles fossem fazer uma máquina, que materiais escolheriam?



Alguns alunos podem chegar mais rapidamente à definição do objeto colocado dentro da caixa, outros podem demorar mais.  Para os que descobriram mais rápido, peça que escrevam numa folha de papel e peça que anotem algumas palavras sobre esta experiência.

 

2ª Etapa: Memória do objeto

Pedir para que os alunos escolham entre seus pertences, um objeto que seja significativo, sem tirá-lo da bolsa ou mochila. Pedir para que eles escrevam numa folha sulfite sobre o que o objeto escolhido significa.  Quais são os materiais que compõem este objeto? Agora produzam um desenho de memória que represente como poderia ser a posição do corpo enquanto usamos este objeto? Esta proposta visa uma tentativa de adivinhar as escolhas. Em seguida, fazer com os alunos uma rodada de posições corporais e apresentações dos objetos.



O professor poderá circular pela sala e observar se algum aluno precisa de ajuda para decidir um melhor objeto ou tentar pensar junto a eles alguma posição corporal para melhor representação do mesmo. Pode acontecer que alguns alunos não realizem os desenhos por alegarem não conseguir produzir uma imagem de memória que represente este estado corporal. Podemos então pedir que ele descreva em palavras a posição do corpo em que usamos este objeto. Porém seria interessante, se o professor perceber que isto acontece frequentemente, estabelecer exercícios de desenho de observação de posições corporais com frequência.



Perguntas que poderão ser interessantes:

• Para usar este objeto, qual é a posição necessária ao nosso corpo?

• Vocês já observaram que as pessoas normalmente usam as mesmas posições corporais para determinadas funções cotidianas?

• Podemos pensar que os objetos são extensões do nosso corpo? Por exemplo, um guindaste pode ser comparado a uma extensão de nosso corpo quando pensamos em alcançar grandes dimensões?

3ª Etapa: Ressignificando objetos

Depois de ter conhecido melhor os objetos preferidos de cada aluno, em trios, eles irão pensar em relações possíveis entre os três objetos escolhidos, de maneira a formarem uma única peça. Se um aluno, por exemplo,  escolheu um caderno, outro, uma chave e outro uma borracha, o que poderíamos fazer com estes três materiais para que ele vire um novo objeto tirando as funções pré-existentes?



O professor deve ser a pessoa que mais conhece seus alunos, portanto, estabelecer bons agrupamentos faz parte de uma boa gestão da sala de aula.



Na sequência, proponha a socialização e a apreciação das produções dos trios na roda, com a participação dos demais alunos. Converse sobre o que aconteceu, sobre as dificuldades encontradas e a melhor maneira de se produzir o que os alunos pensaram. Observe os trabalhos e escolha um que mais chamou atenção. Algumas perguntas podem auxiliar na discussão:



• Por que o trabalho escolhido chamou mais atenção?

• Como poderíamos produzir este trabalho que o grupo projetou de uma melhor maneira?

• Pensar no objeto como sua matéria prima é um dos principais conteúdos da área de arte. Em qualquer trabalho artístico é fundamental que o artista explore a matéria prima que vai usar de diversas maneiras.

4ª Etapa: Trabalho com o vídeo

Para a atividade garanta a disponibilidade de cadeiras, datashow e telão, papel sulfite ou um caderno de Artes e caneta

Apresente o  vídeo indicado no Link 2 (consulte a aba Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais).



Após a apresentação, solicite aos alunos que escrevam um pequeno texto sobre o que veio à cabeça ao assistir o vídeo.



Na sequência proponha uma discussão. As seguintes perguntas podem ser interessantes:

• Se Michel estivesse representando um objeto, qual poderia ser?

• De que maneira, cotidianamente, acendemos ou apagamos um interruptor?

• O que vocês pensam sobre este vídeo?

• Do que se trata este trabalho?



Vale aqui estabelecer relações entre arte contemporânea e a mistura de linguagens presentes em um só trabalho como, por exemplo, a visual, o corpo (performance, dança), a música (sons), o vídeo… Num trabalho como o de Michel, todas as linguagens são permeadas e uma se mistura a outra de uma maneira a se tornar algo muito particular com características novas.

5ª Etapa: Roda reflexiva

Além do material já descrito, tenha disponível uma câmera fotográfica que possa filmar ou uma filmadora.



Apresente o vídeo indicado no Link 1 – Máquina de desenhar na Bienal (acesse a aba “Para Organizar o seu Trabalho e Saber Mais”) e abra uma conversa sobre as possibilidades de se fazer algo cotidiano de uma maneira inusitada. As seguintes perguntas podem ser interessantes:



• Que materiais o artista usou para desenhar?

• Como ele desenvolveu esta máquina?

• Quais motivos motivaram o artista a fazer algo comum como desenhar, desta maneira tão complexa?

• Por que envolveu tantas pessoas em seu trabalho?



Estas questões serão matrizes para a construção de um trabalho em pequenos grupos na próxima e última etapa.

 

6ª Etapa: Fechamento

Dividir a turma em grupos, oferecer máquinas fotográficas digitais, uma por grupo, e pedir que os alunos elaborem um projeto contendo um texto de apresentação e um desenho sobre um trabalho que utilize a máquina fotográfica ou a fotografia como matéria prima, de uma maneira nunca utilizada por eles, inusitada. As seguintes perguntas podem ser interessantes:



• Imaginem usar uma câmera para outra função muito diversa da que costumamos usar. Tente nos mostrar em um trabalho esta possibilidade. A proposta deve ser aplicada a demais objetos, como mouses, teclados etc.



• Como podemos pensar o uso do objeto máquina fotográfica e suas funções, a própria foto, o botão disparador, a abertura da lente…  tudo o que este objeto pode fazer e o que podemos inventar com ele.



• Imaginem que somos de outro planeta e nunca vimos um máquina fotográfica ( ou outro objeto escolhido). Como será que um E. T. o usaria?



O professor pode intervir pensando sobre os agrupamentos, circulando na sala de aula e auxiliando as conversas.



É importante que o professor registre todos os passos desta etapa. As conversas, as experiências, e o trabalho produzido. Registre também, em vídeo, as conversas dos grupos para uma apreciação posterior.



Aqui a apreciação é uma parte extremamente importante do projeto.  É nesta hora que o professor irá ter a dimensão de quanto o grupo se desenvolveu, participou e realizou o trabalho.



Apresentar um grupo por vez é também algo fundamental, pois faz com que os outros sejam espectadores e também possam se enriquecer com seus colegas.



O formato de apresentação oral é um bom recurso para este momento. Um grupo fica à frente enquanto os outros se organizam para ouvir e observar o trabalho apresentado.



Separe três apresentações por aula para que o tempo seja ideal para a reflexão e discussão após cada apreciação.

7ª Etapa: Início de Conversa

Esta sequência propõe uma ressignificação de objetos eletrônicos que fazem parte de nosso cotidiano como um telefone celular, uma máquina fotográfica digital, mouse, teclado, monitor de computador… Quando algo nos é familiar, como estes objetos citados, muito provavelmente não refletimos sobre sua função, sua história, suas características… Apenas usamos cotidianamente, da mesma maneira, sem questionar. Propor um diálogo sobre os possíveis usos e ampliar a relação com estes objetos é o nosso objetivo nesta sequência que envolve diversas linguagens como a fotografia, o desenho e a performance.

8ª Etapa: Preparação

A preparação do espaço, do material e dos recursos é fundamental para o sucesso das atividades!



Espaço para a atividade: Escolha um destes objetos citados como, por exemplo, uma máquina fotográfica digital. Para que os alunos se envolvam, organize a sala de uma maneira diferente da habitual.



A roda: Faça uma roda com os banquinhos ou cadeiras ao centro da sala, afaste as mesas e peça que os alunos se sentem nas cadeiras.



Recursos: data show, telão, sala de projeção, máquinas fotográficas, objetos pessoais escolhidos pelos alunos, papel sulfite, lápis grafite, caixa de sapato, cadeiras para os alunos assistirem um vídeo, datashow e telão para a apresentação, papel sulfite ou um caderno, de preferência um caderno usado só para as aulas de ARTE, caneta, câmera de vídeo ou máquina fotográfica que filme.



Prepare uma caixa de sapato lacrada com um objeto como uma máquina fotográfica, por exemplo. O objeto pode ser também um teclado, um mouse, um rádio de pilhas…  A caixa deve ter uma abertura suficiente para que a mão possa alcançar seu interior.

Materiais Relacionados

A lista de sites sugeridos contém a definição de conceitos usados no projeto como performance e instalação.

Os links de vídeos são referentes aos trabalhos de Michel Groisman, artista brasileiro contemporâneo, nascido em 1972.

Sugestões de vídeos:

1. A máquina de desenhar na Bienal, de Michel Groisman

2. Sequencia 1 de Criaturas. Em cena estão Michel Groisman e Helena Vieira.

3. Sequência 2 de Criaturas. Em cena estão Michel Groisman e Helena Vieira.

Sugestões de leituras:
3. Texto crítico sobre a obra de Michel Groisman

4. Definição de Performance

5. Definição de Instalação

Arquivos anexados

  1. Artes Visuais I

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