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Filosofia
Sociologia

Objetivos

Compreender a filosofia existencialista;

Estimular a reflexão acerca do papel da filosofia e do pensamento;
Compreender a noção da subjetividade nas ciências humanas;
Relacionar instituições sociológicas (trabalho, família, religião) com o existencialismo
Competência ENEM: Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
 

1ª Etapa: Aprofundando o tema: O existencialismo

Neste momento, sugere-se que você recorra a livros didáticos de filosofia para tratar do tema do Existencialismo. Você também pode consultar os sites indicados para alguns resumos que podem auxiliar na elaboração de uma aula expositiva de 15 a 20 minutos, acerca das seguintes questões:

 

1. A filosofia como reflexão para a própria vida e para a nossa existência. Uma filosofia que se liga ao viver bem, à forma como enxergamos a nossa própria história.

 

2. A finalidade do existencialismo de cuidar dos problemas humanos mais prementes, como a liberdade, a participação política, as relações interpessoais e os desafios da vida.

 

3. Os conceitos de vida existencial, de liberdade obrigatória, de contingência, de imanência (condição existencial da qual não escapamos totalmente), de transcendência (da tentativa de alargar nosso espaço imanencial) podem ser bem trabalhados.

 

4. Um breve histórico dos existencialistas franceses, como Sartre e Simone de Beauvoir, com suas bases filosóficas para o trabalho e para a vida digna e plena.

 

Para finalizar esta etapa, peça para seus alunos fazerem comentário sobre o texto de apoio, de Nigel Warburton, que trata do existencialismo francês. Peça para que eles expliquem o texto, relacionando-o com as noções aprendidas em aula e relacionando o mesmo com o filme.

 

“É claro que nem sempre é possível ter sucesso quando você escolhe fazer alguma coisa, e o motivo do fracasso pode ser algo totalmente fora do seu controle. Mas você é responsável por querer fazê-la, por tentar fazê-la e por como reage ao fracasso por não ter sido capaz de fazê-la.

 

É difícil lidar com a liberdade, e a maioria de nós foge dela. Uma das formas de se esconder é fingir que não somos livres. Se Sartre está correto, não podemos ter desculpas: somos completamente responsáveis pelo que fazemos todos os dias e pela maneira como nos sentimos pelo que fazemos. Em última análise, pelas emoções que temos. Segundo Sartre, é sua escolha estar triste neste momento, caso esteja. Você não precisa estar triste. Se estiver, é responsável pela tristeza. Mas isso é assustador, e algumas pessoas preferiram não encarar tal fato por ser doloroso demais. Ele fala sobre estarmos ‘condenados a ser livres`. Estamos presos à liberdade, quer gostemos ou não” “

 

(WARBURTON, Nigel. Uma breve história da filosofia. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2012, p. 214)

 

2ª Etapa: Um outro olhar sobre ‘mim mesmo’

Estimule nesta fase a reflexão existencial. Esta atividade pode ser um pouco mais complicada em um dia muito agitado ou se você tiver pouco tempo para trabalhar com seus alunos. Ela também poderá parecer pouco ‘palpável’ em termos de processo avaliativo. Todavia, seria importante para os alunos pararem um pouco para refletirem sobre a própria vida e a aula de filosofia parece ser o lugar certo para isso.

 

Peça para seu aluno considerar dois pontos: O que ele é hoje (incluindo aí todas as limitações que possui) e qual o seu projeto de vida. Peça para que ele reflita sobre o que depende dele e o que não depende dele para a realização do projeto.

 

Após uma primeira fase, peça para que ele julgue, novamente, aquilo que não depende dele, fazendo-o pensar quais as escolhas que poderiam fazer com que o sucesso ou a derrota se tornassem mais controláveis e contornáveis. A partir daí peça para que ele identifique o que é a sua ‘imanência’ e o que é a sua possível ‘transcendência’.

 

Solicite também que seu aluno pense em como reagirá ao finalizar seu projeto de vida, conquistando-o ou não. Será que há um momento que devemos mudar nossos projetos de vida?

 

Abra para os alunos que tenham vontade de socializar suas reflexões e dividir com colegas seu exercício. De toda forma, lembre os alunos que mostrar ou guardar para si sua reflexão é também uma decisão – e toda decisão tem consequências.

 

3ª Etapa: Outros sentidos para o existencialismo.

Nessa última etapa você pode solicitar que seu aluno relacione o curta-metragem com pequenos trechos de entrevistas com filósofos e sociológicos, conforme os links de “Fronteiras do Pensamento”. Assista os dois com a turma e peça para que eles criem a relação entre um trecho da fala de um dos pensadores e alguma passagem do filme.

 

Em um dos filmes você encontrará um trecho sobre a importância de um trabalho significativo e escolhidos. No outro, uma reflexão sobre a morte. Ambos podem ser utilizados para ilustrar passagens do personagem do filme quando ele constrói sua casa ou quando lamenta a memória.

 

Este trabalho pode servir como parte de seu processo avaliativo ou como o estímulo para dar continuidade aos estudos da filosofia existencialista.

 

4ª Etapa: Para início de conversa

O curta de animação “La Maison em Petits Cubes”, oferece uma interessante experiência sentimental que permite o estímulo à compreensão do sentido da vida e o questionamento do trabalho e das relações familiares. A lúgubre história do idoso que reconstrói uma morada cada vez menor a cada momento que a água sobe faz a audiência refletir sobre como a vida é fugaz e como a memória acaba por se tornar uma morada sentimental.

 

Por conta desta reflexão, relacionar o filme com uma introdução ao existencialismo pode ser uma estratégia rica em aprendizado. O presente Plano de Aula oferece esta possibilidade, incluindo o estudante em um debate sobre a função própria da filosofia quando trabalha com a noção de existência e vida plena.

 

5ª Etapa: Apresentação do filme

Tratando-se de um curta-metragem, o filme poderá ser visto rapidamente, em sala de aula. Para tanto, é importante que a escola possua os materiais e meios necessários para tal fim.

 

Peça a seus alunos para buscarem no filme os sentidos mais ‘profundos’ da vida. Se for necessário, antecipe o filme de um relaxamento de uns 5 minutos, com silêncio e concentração. O filme se desdobra em uma perspectiva um pouco lenta, mas a imersão no universo sentimental do personagem pode ser muito proveitosa.

 

Também peça aos alunos para pensarem em sentidos metafóricos para coisas como a água, a casa, os utensílios domésticos, a roupa de escafandrista etc.

 

Ao final do filme, você deve explorar as reflexões realizadas pelos alunos, buscando dar um sentido para cada experiência pessoal.

 

Você pode estimular a reflexão com os seguintes pontos:

 

O escafandro como uma forma de ‘entrar em si mesmo’

 

A vida como a evolução de uma torrente de água, uma contínua inundação da qual não podemos escapar.

 

A necessidade de trabalhar e ‘levantar a casa’ a cada novo aumento da maré.

 

A memória como um conjunto de imagens e fragmentos da vida e a vida como um uso constante destas imagens e fragmentos

 

O sentido da vida, embora seja necessário continuar vivendo.

 

A liberdade frente ao momento e a nossa condição frente ao contexto em que vivemos.

 

Materiais Relacionados

Veja antecipadamente o filme

 
Veja antecipadamente os vídeos de Luc Ferry e Tzvetan Todorov para o site “Fronteiras do Pensamento”  
 
Consulte os resumos sobre o existencialismo 
 
Para maior envolvimento com os temas, trabalhe leia o texto sobre a filosofia de Simone de Beauvoir 
 
 
SOBRE  O FILME
 
O curta de animação “La Maison em Petits Cubes” conta a lúgubre história do idoso que reconstrói uma morada cada vez menor a cada momento que a água sobe e inunda a região em que vive.  
 
Título Original: “Tsumiki no ie” – Le Maison en Petits Cubes (título original japonês e título internacional em francês) Gênero. Curta metragem de animação – Drama País e ano de produção: Japão, 2008.  Duração: 12 minutos (aprox.) Direção: Kunio Kato Vencedor de 15 prêmios internacionais, incluindo Oscar de melhor curta de animação em 2009.
 

Arquivos anexados

  1. A Casa em Pequenos Cubos (curta-metragem)

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