Conteúdos
Este roteiro de estudos de língua espanhola aborda de forma objetiva a vida e o legado de Rodrigo Diaz de Vivar, conhecido como “El Cid”, que significa “o senhor”, um termo por sua vez derivado do árabe. El Cid é considerado um herói na era medieval, principalmente na Espanha.
Objetivos
- A trajetória de Rodrigo Diaz de Vivar;
- Importância de seu papel na Era Medieval; e
- Proposta de fixação.
Conteúdos / Objetos do conhecimento:
- A vida de Rodrigo Diaz de Vivar;
- Legados: cultura e história – El Cid; e
- Propostas para fixação do conteúdo.
Palavras-chave:
Língua espanhola. Literatura. História. El Cid.
Proposta de estudos:
Este roteiro de estudos busca fornecer aos alunos conhecimento sólido sobre a trajetória de vida de Rodrigo Diaz de Vivar.
1ª Etapa: A trajetória de Rodrigo Diaz de Vivar
Primeiros anos
Rodrigo Diaz de Vivar, conhecido como El Cid (1043-1099), foi um cavaleiro espanhol do Reino de Castela, na Idade Média, que ficou conhecido como um herói por se dedicar aos reis cristãos. Nasceu no norte da província de Burgos, capital do Reino de Castela, na Espanha, por volta de 1043. Seu pai, Diego Laínez, era soldado e ajudou a conquistar terras da região vizinha de Navarra, além de ser neto de Rodrigo Álvares, membro da alta nobreza castelhana.
O jovem Rodrigo aprendeu habilidades como: cavalgar, manejar o escudo, a lança, a espada e o arco e flecha. Lembrado por seu senso de justiça e pela facilidade ao manusear as armas, foi uma figura muito respeitada pelos nobres.
Século XI – Contexto histórico da Península Ibérica
As terras da Península Ibérica, no século XI, eram divididas por reinos e estavam constantemente em guerra entre os cristãos e os muçulmanos. A maior parte dos habitantes era de agricultores e artesãos que haviam perdido suas terras e já não tinham mais esperança de reavê-las. Nesse cenário de muitos conflitos, surge essa figura emblemática, El Cid, um cavaleiro com habilidades militares pronto para guerrear pelo rei, mostrando sua lealdade e astúcia na política.
Título de El Cid
Aos 20 anos, Rodrigo teve sua primeira batalha, lutando ao lado de Sancho e das forças de Castela. Graus, que está localizada nas montanhas de Pirineus, era controlada por um aliado do rei Fernando I, o mouro Al-Muqtadin, governante de Zaragoza, e cobiçada pelo reino de Aragão e de Navarra. Nessa batalha, Rodrigo matou o famoso cavaleiro Jimeno Garcés, de Navarro. Jimeno foi conhecido por lutar contra guerreiros mais experientes daquela época e sempre saía como vitorioso. Por tais conquistas, foi nomeado de “Campeador” (vencedor de batalhas).
Em 1065, o rei Fernando I morreu e seu reino foi dividido entre seus filhos: Castela ficou para Sancho, Leão ficou para Afonso, e a Galícia, para Garcia. Sancho iniciou seu reinado como Sanches II de Castela. O novo monarca nomeou Rodrigo Díaz o alferes real.
Em 1081, El Cid foi exilado por Alfonso VI, o que o levou a buscar serviço junto aos governantes muçulmanos do Al-Andalus.
Foi nesse período que Rodrigo Díaz de Vivar ganhou o título de “El Cid”, derivado do árabe “al-Sayyid”, que significa “o senhor”. O respeito e a admiração que conquistou entre cristãos e muçulmanos foram notáveis, tendo a sua fama se espalhado por toda a Península Ibérica, como guerreiro imbatível.
Legado na cultura e na História – El Cid
Afonso VI fez as pazes com El Cid em 1086. Como presente de boas-vindas, Afonso VI deu a ele dois palácios e outros bens. Em 1089, El Cid foi convocado para defender as terras de Afonso VI contra a invasão dos muçulmanos, mas ele não apareceu, deixando Afonso VI transtornado. Por conta disso, ele confiscou os bens de El Cid e prendeu sua família.
Sem dinheiro e sem bens, El Cid partiu para conquistar Valência e logo se tornou senhor de grande parte do leste da atual Espanha. Conquistou a cidade de Riga, que era controlada por Afonso VI, o que usou para fazer um acordo para resgatar sua família. Em 1094, entrou em Valência, aposentou suas armas e garantiu à sua família um lugar junto à nobreza Ibérica.
El Cid faleceu em 1099, mas isso não impediu que sua história continuasse a ser propagada nos séculos seguintes. Foi o protagonista principal da peça “Cantar de mio Cid”, uma das obras literárias mais importantes da Espanha medieval, que narra suas aventuras e virtudes como modelo de cavaleiro cristão. A influência dele é representada em filmes, livros e obras de arte.
El Cid foi um cavaleiro que conseguiu algo muito difícil: ser respeitado pelos seus amigos e por seus inimigos. Isso porque ele tinha liderança em tempos de guerra, grande capacidade de percorrer as complexas alianças e as rivalidades da época. Além disso, sua participação na política da Península Ibérica manteve seu legado até os dias atuais.
2ª Etapa: Propostas para fixação do conteúdo
Nesta seção, a proposta de fixação de conteúdo é comparar a obra “El Cid” com a obra literária brasileira “O Uraguai”, de Basílio da Gama. O objetivo é verificar como retratam essas figuras históricas como heróis.
Referências:
- Obra literária brasileira “O Uraguai” – Wikisource
Acesso em: 01 de março de 2025. - El Cid: A Lenda Imortal que Moldou a História da Península Ibérica – Eduvem
Acesso em: 01 de março de 2025. - El Cid – Cavaleiro espanhol – eBiografia
Acesso em: 01 de março de 2025.
Roteiro de estudos elaborado pela Professora Tayna Rosa.
Coordenação Pedagógica: Prof.ª Dr.ª Aline Bitencourt Monge.
Revisão textual: Professora Daniela Leite Nunes.
Crédito da imagem: Nastasic – Getty Images