Transtornos psiquiátricos como estresse, crise de pânico e síndrome de burnout dominam os diagnósticos que levam ao afastamento médico de professores no Brasil.
Resultados de pesquisas publicadas pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança do Trabalho (Fundacentro), órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que as questões mentais e comportamentais acometem mais os professores que as questões físicas.
Nesta entrevista, o doutor em psicologia escolar e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Rinaldo Voltolini explica que a falta de autonomia e de reconhecimento, bem como o excesso de trabalho, estão entre os estressores ligados ao adoecimento dos professores.
Segundo o especialista, a solução passa tanto por soluções individuais, como as psicoterapias, quanto coletivas, que devolvam a autoridade ao educador na sala de aula. “Tudo que a escola puder fazer que ajude o professor a resgatar a autoridade e a dignidade de seu trabalho vai contribuir para combater os fatores de impacto na saúde mental”, diz ele.