Os problemas oculares podem ocorrer em todas as faixas etárias na infância. Contudo, é a partir do ensino fundamental que eles geralmente se tornam mais evidentes. “Este período é marcado por uma exigência crescente, nas tarefas escolares, da visão de longe e de perto”, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, Galton Vasconcelos.
 
 
A maior parte das deficiências visuais que dão as caras na infância pode ser tratada com o uso de óculos e lentes de contato. São os chamados erros refrativos: a miopia (perda de nitidez à distância), o astigmatismo (quando a córnea não é esférica, acarretando em imagens distorcidas) e a hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto).
 
“Quando não identificados e corrigidos, esses problemas geram dificuldades para o aluno acompanhar as atividades propostas na lousa, nas atividades de leitura e escrita e a velocidade de leitura fica diminuída”, lembra o médico.
 
Outras patologias oculares importantes que causam deficiência visual na infância são a catarata congênita (quando a área do olho chamada de cristalino fica opaca, provocando baixa visão) a toxoplasmose ocular (doença causada por micro-organismos presentes nas fezes de animais que provocam inflamação interna) e o glaucoma congênito (quando a pressão do olho é maior do que a pressão do corpo).
 
De olho nos sintomas
Os professores podem ajudar a identificar problemas oculares em seus alunos ficando atento a alguns sintomas. Crianças míopes, por exemplo, costumam apertar as pálpebras para tentar enxergar melhor e ter o hábito de aproximar os objetos dos olhos. Elas também podem preferir atividades como leitura e pintura do que brincadeiras ao ar livre, que envolvem distâncias.
 
Já alunos portadores de hipermetropia e astigmatas geralmente apresentam dores de cabeça, tonturas, cansaço visual e olhos vermelhos. “Crianças com problemas oculares também costumam adotar posições compensatórias da cabeça, na tentativa de fixação, e pode ocorrer perda do interesse na aula, pelas dificuldades visuais”, assinala Vasconcelos.
 
Pais e professores podem, ainda, submeter à criança ao teste da Tabela de Snellen,  elaborada para medir a visão (veja no Manual da Comunidade Escolar – Saúde Ocular). Crianças que apresentarem problemas na identificação das figuras durante o exercício devem ser encaminhadas para exame oftalmológico.
 
“Nesse caso, os pais devem procurar o posto de saúde do SUS mais próximo de sua comunidade e informar ao médico generalista das queixas visuais de seu filho. O profissional fará o encaminhamento ao centro de maior complexidade, onde será feito o exame pelo oftalmologista”, orienta o médico. 
 
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