Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 21 de junho de 1839. Foi autor de obras de diferentes gêneros. Porém, tanto na poesia, como no romance, no conto e no teatro, transmite uma visão de mundo crítica e reflexiva.

Considerado o principal escritor brasileiro, seus textos são abrangentes e bastante atuais, sobretudo pela ironia que utiliza para apresentar um ponto de vista amargo sobre uma sociedade em que as instituições estão baseadas na hipocrisia.

É o que se observa em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, obra que inaugura o Realismo no Brasil, lançada em 1881. Nesse e em outros livros do período, o fato em si não tem grande importância, mas, sim, a reflexão que é proposta sobre esse determinado fato.

Esse podcast é um convite para que você permaneça de livro e ouvidos bem abertos e conheça melhor um dos mais cínicos personagens da história da literatura brasileira. Abaixo, um trecho da obra que pode ser conferido no áudio. É a abertura do livro, em que Brás Cubas se apresenta ao leitor:

“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”

Links:
Livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (domínio público)
Audiobook “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Universidade Falada)
Vídeo sobre “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Fanzine, da TV Cultura – 1993)