“Ai que prazer

e não o fazer!” 

(Liberdade – Fernando Pessoa) 

 

A educação ocidental é voltada, geralmente, para um tempo dedicado às tarefas produtivas. Quando o indivíduo se vê diante da possibilidade de um momento para si, ele não sabe o que fazer e nem como desfrutar desse ócio. A reflexão é do professor José Clerton Martins, coordenador do Laboratório de Estudos sobre o Ócio, Trabalho e Tempo Livre (Otium) do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor).

 

 

No áudio, o especialista aponta que há mais relação entre trabalho e ócio, educação e tempo livre do que imaginamos. A escola e as empresas deveriam estar atentas ao emprego do tempo que permita momentos de ludicidade e liberdade. Tempo para se conhecer, criar e experimentar são elementos fundamentais para uma ação empreendedora de si.

 

Clerton fala sobre a educação ocidental, originada da paideia grega, onde havia o tempo para conhecer a si e ao outro, no caminho da ética, da formação do cidadão. Essa condição foi perdida, não se forma mais pelo caráter, mas para a produção.
 

Esse modelo está em cheque e novas propostas propõem o resgate do tempo e do espaço para aprender. A educação para o ócio dá ênfase a aspectos subjetivos, à qualidade de vida e promove a reflexão sobre valores para o desenvolvimento de atitudes, habilidades e conhecimentos. 

 

– Conheça o Otium 

– Reflita com a “Música de Trabalho”, do Legião Urbana

 

Créditos: as músicas utilizadas no áudio, por ordem de entrada, são: “Devastador” (Marcelo Abud e Reynaldo Bessa), com Reynaldo Bessa e Rita Ribeiro; “Diversão” (Nando Reis e Sérgio Britto), com Titãs; “Música de Trabalho” (Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá), com Legião Urbana; “Uma Coisa de Cada Vez”, Titãs; “Bola de Meia, Bola de Gude” (Milton Nascimento e Fernando Brant), com 14 Bis.