Nem sempre palavras são necessárias para se contar uma boa história. A sequência de imagens e ilustrações transmite mensagens, impulsiona a imaginação e possibilita que crianças e jovens sejam ativos na construção da narrativa. Pais e professores podem, ainda, estimulá-los a refletir sobre aspectos visuais da obra, a analisar as expressões dos personagens e a comentar a forma como as cenas se apresentam. Conheça, a seguir, uma seleção de livros de imagens.
O Amigo da Bruxinha, Eva Furnari
Moderna, 2002
Esqueça o estereótipo de bruxa malvada e insensível. A bruxinha criada pela autora Eva Furnari é simpática, esperta, brincalhona e bastante atrapalhada quando decide transformar objetos com a sua varinha mágica. O livro narra diversas aventuras da personagem ao lado do seu gato, um fiel companheiro de estripulias. A publicação t0065m 32 páginas e é indicada para crianças de seis e sete anos.
Antes, Depois, Anne-Margot Ramstein e Matthias Arregui
Livros da Raposa Vermelha, 2015
O título oferece algumas pistas sobre o principal tema do livro: a fluidez do tempo. Eventos, lugares, personagens e situações são apresentados no mesmo formato: o “antes” no lado esquerdo e o “depois” no lado direito. Há desde a noite que vira dia e o botão que se transforma em flor até mudanças mais complexas, que estimulam o imaginário dos pequenos e jovens leitores. Estes, aliás, são os verdadeiros “autores” do livro, criando ativamente as histórias por meio de sua imaginação.
Aranha por um Fio, Laurent Cardon
Editora Biruta, 2011
Um filhote de aranha começa a ter aulas com a sua mãe sobre como tecer a sua teia. Contudo, a pequena aranha se surpreende quando descobre que o objetivo da criação é, na verdade, capturar alimentos. A partir de então, ela se vê frente aos desafios de reinventar seu comportamento natural e aprender novas habilidades.
Traquinagens e Estripulias, Eva Furnari
Global Editora, 1997
Um grupo de amigos se envolve em histórias engraçadas e atrapalhadas. No primeiro conto, o inocente passeio de patins de um menino se transforma em um desastroso atropelamento, com direito até a um caramujo entre os acidentados. Em outra história, três amigos tentam caçar um coelho bastante serelepe. Mais uma obra antológica de Eva Furnari, precursora da literatura sem palavras no Brasil.
O Pinguim de Geladeira, A Preguiça e a Energia, Sergio Merli
Melhoramentos, 2014
O pinguim e a preguiça são os personagens principais desta fábula que tem como pano de fundo o consumo consciente da energia. Os dois animais são vizinhos e têm suas histórias apresentadas lado a lado. Isso destaca as diferenças na forma como ambos utilizam a energia elétrica em seu dia a dia. É indicado para crianças de cinco a oito anos.
Ed. Abacatte, 2010
Um artesão descobre um tronco de árvore caído no chão. Com a ajuda de seu cavalo, ele leva a madeira para a casa e cria um violão. Ao final da história – que é permeada por lirismo e realismo mágico – o leitor descobre mais sobre o ofício do lutier, nome do profissional que fabrica instrumentos a partir de madeira e corda. O livro é assinado por Walter Lara, premiado artista plástico que faz sua estreia como autor. Indicado para crianças a partir de três anos.
WMF Editora, 2013
Mark Pett é escritor e ilustrador estadunidense. Seu livro narra a história de um menino e seu avião de brinquedo apostando em um formato lúdico e com traços delicados. Um segundo menino e uma árvore são os outros personagens da obra.
Zoom, Istvan Banya
Brinque-Book, 1995
Uma cena, quando ampliada, pode conter informações não percebidas anteriormente. Este é o princípio filosófico de “Zoom”, livro que comemora mais de duas décadas provocando leitores de todas as idades. Como se o autor tivesse uma câmera na mão, ele investiga o micro e o macro. A sequência de cenas é interligada visando transformar as concepções sobre tudo o que é visto.
Cosac Naify, 2007
O livro funciona como um jogo, onde os espaços são utilizados para atiçar a curiosidade do leitor, que é estimulado a questionar a sua própria realidade. Todos os cantos do livro podem ser explorados, incluindo capa, verso da orelha e contracapa. Dependendo do ponto de vista, a mesma situação pode provocar infinitas percepções. Uma espiadela na página anterior, inclusive, ajuda a decifrar algum elemento que passou despercebido durante a leitura.
A Pequena Marionete, Gabrielle Vincent
Editora 34, 2009
Os criativos traços a lápis da artista belga Gabrielle Vincent (1928-2000) contam a história de um menino, uma boneca de pano, um velho homem de teatro e um manipulador de fantoches que encena seu espetáculo em um teatrinho de rua.