A Coordenação de Desenvolvimento de Pesquisas do Cenpec apresentou recentemente os principais achados e conclusões do estudo “Educação em territórios de alta vulnerabilidade na metrópole” aos integrantes do Fórum de órgãos públicos e organizações da sociedade civil do Jardim Helena, na zona leste de São Paulo (Acesse aqui a apresentação).
A atividade integrou a programação do Seminário Educação como desenvolvimento local, promovido pelo Fórum. “Nossa intenção é disseminar o conteúdo e propor uma reflexão em torno das questões abordadas na pesquisa. A ideia é que esses dados sejam levados e debatidos nos territórios”, afirma o coordenador Antonio Batista.
Na ocasião, foi distribuído um livreto, que sintetiza de forma simples a metodologia, os conceitos e as principais conclusões da pesquisa, facilitando sua compreensão e o compartilhamento de seu conteúdo (Clique aqui para fazer o download do material em versão pdf).
O que é a pesquisa?
A pesquisa “Educação em territórios de alta vulnerabilidade social na metrópole”, uma iniciativa da Fundação Tide Setubal em parceria com a Fundação Itaú Social e o Unicef e com a coordenação do Cenpec, constatou que quanto maior a vulnerabilidade social do território, menor o nível da qualidade de ensino ofertado e menor a aprendizagem dos alunos.
Clique aqui para acessar a versão integral da pesquisa
A pesquisa teve como objetivo apreender se e como desigualdades nos níveis de vulnerabilidade social presentes no território impactam a escola nele situada, restringindo a oferta educacional e as possibilidades de aprendizagem dos estudantes. Com a investigação, pretendeu-se reunir elementos para subsidiar políticas e programas que ampliem as oportunidades educativas da população que vive em regiões de alta vulnerabilidade social nas metrópoles.
Segundo o coordenador de pesquisa do Cenpec, Antonio Batista, as metrópoles foram escolhidas como foco de investigação sobre territórios vulneráveis e sua relação com as oportunidades educativas por apresentarem baixos níveis de qualidade, a despeito de sua riqueza econômica e da forte concentração nelas existente de instituições culturais e educacionais.
“Esse aparente paradoxo é decorrente, segundo as investigações existentes sobre o tema, da forte segregação espacial que marca as áreas metropolitanas e que tende a isolar parcelas expressivas da população de oportunidades sociais, educacionais e culturais”, explicou, em entrevista ao Portal Cenpec na ocasião do lançamento da pesquisa, em julho de 2011.
Nesse sentido, a pesquisa se apresenta como uma tentativa de modificar esse quadro e reduzir os efeitos da "guetificação" das cidades, pois “isso só é possível conhecendo esses fenômenos e compreendendo os processos e mecanismos sociais que os produzem", conclui Batista.
Para saber mais, assista aqui à entrevista concedida por um dos autores do estudo, Maurício Érnica, a UnivespTV, na qual ele detalha as principais conclusões da pesquisa.